O outro lado do Carnaval
Atualizado dia 2/7/2023 7:18:51 PM em Espiritualidadepor Wilson Francisco
Assim fiz com o carnaval. Assisti ensaios da bateria da Gaviões e fui ver o desfile no Sambódromo.
Tive uma surpresa agradável, neste carnaval de 2014.
A festa da carne, repudiada pela Igreja Católica, não me pareceu tão mórbida ao ponto de anestesiar as consciências, como disse Emanuel.
Ou como afirmou André Luiz no livro Conduta Espírita, psicografado por Waldo Vieira.
"O espírita deve afastar-se de festas como o carnaval, que é regido pelos excessos de vícios morais e manifestação de espíritos inferiores".
Essa festa chegou no Brasil, trazida pelos portugueses entre os séculos XVI e XVII.
Teve como primeira prática o entrudo.
Era uma brincadeira e fixou-se primeiramente no Rio de Janeiro.
Era realizada dias antes do início da Quaresma.
Pessoas saíam pelas ruas e jogavam ovos, baldes de água, limões de cheiro, ovos, tangerinas, luvas cheias de areia, nos transeuntes e golpeavam-se com vassouras e colheres de pau e se sujavam com farinha, gesso, etc.
A palavra “carnaval” deriva do latim “carnis levale”, que significa “retirar a carne”.
O mote era a ideia de subversão da ordem, na qual as coisas deixam de ser como são, para, temporariamente, assumirem seu inverso.
Conta-se, que após amigos do Chico Xavier insistirem muito, Emmanuel, seu guia espiritual, falou para Chico ir, para conhecer e agradar os amigos.
O médium, então foi pescar com seus amigos.
Todos conseguiam pegar peixes, menos o Chico. Os companheiros ficaram desconfiados e o questionaram.
Aí, Chico disse que tirou o anzol da vara, porque não queria pegar nenhum peixe e que queria estar ali apenas para acompanhar a turma de amigos
pescadores, em uma boa diversão.
Hoje, o Carnaval além de ser uma festividade muito alegre e relaxante, se transformou num fator turístico expressivo para a economia brasileira e uma oportunidade de trabalho a milhões de brasileiros.
Há excessos, até vandalismo? Sim. E onde não há?
Na minha ida ao Sambódromo e à sede da Gaviões fui muito bem recebido. Num ambiente familiar e festivo.
Este é o "outro lado" do Carnaval, essa brilhante festa essencialmente brasileira.
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