Menu

O poder da competição

Atualizado dia 9/19/2010 10:32:58 AM em Espiritualidade
por Bernardino Nilton Nascimento


Facebook   E-mail   Whatsapp

A nossa cultura vigente opõe-se violentamente, em muitos aspectos, ao verdadeiro sentido da vida. Mesmo diante de governos democráticos, acabamos desenvolvendo novos tipos de autoritarismo. Infelizmente, o mundo moderno favorece mais as críticas do que as virtudes.

A perpetuação das lutas pelo poder político e a fácil suposição de que a melhoria dos padrões materiais da vida é a principal coisa a ser desejada, pois resolveria todos os problemas, geram uma atmosfera de impaciência e ressentimento nas pessoas. É uma cultura de adoração do poder, da manipulação de todos os aspectos da existência, do poder sobre a justiça, sobre o caráter. Um dos melhores antídotos para o fácil otimismo a respeito das soluções dos problemas da saúde política é nunca nos esquecermos da nossa liberdade, que possui uma força extremamente poderosa.

A nossa cultura exalta a ambição, a luta e a competição injusta, objetivando o fracasso ou derrota do outro. Não estou querendo dizer que a competição é algo ruim, até acho que deva ser incentivada, mas de forma saudável. Essa má competição estimula o medo do fracasso, tratando os seus colegas como verdadeiros inimigos. Ela glorifica a autoafirmação duvidosa, a dureza, quando, na verdade, deveria colaborar para o bem comum.

A política, hoje, esquece a diferença entre fluir espontaneamente a energia, numa saudável mente não ansiosa, e o ímpeto forçado a que a pessoa se obriga em face da insegurança que abala as suas energias. As neuroses políticas, numa escala mundial e as neuroses das religiões e dos indivíduos doentes e sofredores não são mais do que os pólos opostos do mesmo problema básico: as ramificações do medo da própria vida.

Ao afirmar que é necessária uma revolução no nosso interior, não estou falando em termos de novas ideias. A história está repleta de exemplos de novas ideologias, propondo-se como finalidade fornecer um céu na Terra para toda a humanidade; quer se trate de ideologias religiosas que almejam a conversão das multidões, ou de ideologias políticas que progridem através da revolução das palavras. Todas chegam a um ponto onde os líderes caem, vítimas de uma ânsia de poder. O novo movimento deixa de fornecer paz e segurança para a humanidade, convertendo-se, então, num culto ao poder cuja finalidade é a eliminação das ideologias rivais.

Sem dúvida, a insegurança política diante dos perigos e das ambições nos ocasiona temores materiais e primários a respeito da nossa existência física. Nos tempos de grande insegurança e perigos, não é aceitável que os seres humanos gozem de um estado mental particularmente saudável. As dúvidas nos conduzem à insegurança, e o medo de mudar nos causa inquietação e nos proporciona um mal-estar.

Mas a paz e a prosperidade do povo não estão somente nas atitudes dos políticos. O incremento dos prazeres e a multiplicação das oportunidades para o seu uso, a par da crescente procura dos luxos da vida pela ambição materialista, estão visivelmente levando a uma perspectiva negativa, no tocante aos pais e a vida familiar, que estará preparada para gerar tudo, menos filhos emocionalmente estáveis.

Quer na insegurança ou na prosperidade, a civilização moderna está longe de promover uma vida equilibrada. Se isso assim não fosse, não haveria motivo para que tivéssemos de considerar a assustadora incidência das perturbações mentais na vida moderna. A revolução cultural que precisamos é, fundamentalmente, aquela que reveja a nossa escala de valores. Precisamos acreditar que somos energias capazes de iluminar aqueles que procuram, com mentiras, construir o céu na Terra em tão pouco tempo.

Gostaria de citar algumas palavras de uma elocução proferida do meu EU: a "a atmosfera da igualdade", no seio da comunidade, é a completa aceitação de toda e qualquer nacionalidade, raça, classe, opiniões políticas, liberdade religiosa, liberdade pessoal e oportunidade para todos. Uma mudança pessoal no seu interior depende só da sua vontade. Mas mudar o mundo ainda depende da atitude de todos nós juntos.

BNN

Texto revisado
Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 33


estamos online   Facebook   E-mail   Whatsapp

foto-autor
Conteúdo desenvolvido por: Bernardino Nilton Nascimento   
"Não seja um investigador de defeitos, seja um descobridor de virtudes"./ "Quando a ansiedade assume a frente, as soluções vão para o final da fila"./ "Quando os ventos do Universo resolve soprar a favor, até os erros dão certo". BNN
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui.
Deixe seus comentários:



Veja também
© Copyright - Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução dos textos aqui contidos sem a prévia autorização dos autores.


Siga-nos:
                 




publicidade










Receba o SomosTodosUM
em primeira mão!
 
 
Ao se cadastrar, você receberá sempre em primeira mão, o mais variado conteúdo de Autoconhecimento, Astrologia, Numerologia, Horóscopo, e muito mais...


 


Siga-nos:
                 


© Copyright 2000-2024 SomosTodosUM - O SEU SITE DE AUTOCONHECIMENTO. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade - Site Parceiro do UOL Universa