O que um dia foi, um dia será!
Atualizado dia 03/01/2010 23:45:39 em Espiritualidadepor Flávio Bastos
Somos seres espirituais de uma mesma origem, mas de trajetórias distintas. Habitantes do planeta Terra, aprendemos a medir o tempo e as distâncias conforme aperfeiçoamos o nosso conhecimento. No entanto, ao estabelecermos uma medida para o tempo: dias, meses, anos... geramos uma angústia que nos acompanha a partir da maturidade: a angústia do envelhecimento.
Quando experenciamos a dor da perda de um ente querido, a sensação de separação igualmente nos provoca angústia ou desespero. Somos seres movidos por sentimentos considerados bons ou ruins que encontram-se intimamente relacionados a certos momentos de nossas vidas, ou seja, ao tempo.
Contudo, sabemos por intermédio do conhecimento espiritualista - Budismo e Espiritismo - que a referência de tempo a qual estamos associados, é uma mera ilusão, porque na dimensão espiritual o que importa são os nossos sentimentos que independem da ação do tempo, que é o resultado de aprendizados conforme as nossas experiências encarnatórias.
A praticidade do cotidiano da vida moderna força-nos a nos tornar prisioneiros do tempo, e dependentes de uma ilusão, não percebemos que a sensação de perda afetiva não encontra-se associada, exclusivamente, à dimensão física, mas também à dimensão espiritual cuja natureza é extra-física, portanto, não palpável, não mensurável... mas real.
Portadores de uma visão de vida relacionada à percepção dos cinco sentidos, também não percebemos que o amor é uma energia que independe do tempo, pois é uma chama que jamais extingue... e uma sintonia que se reestabelece conforme se reencontram dois ou mais indivíduos que sempre se amaram...
O imediatismo da realidade física, baseada no cultivo de valores excessivamente materialista, é o responsável pela cegueira que experenciamos quando estamos encarnados... e que impede o acesso à níveis mais altos de consciência. Quando isso ocorre, através dos mecanismos da espiritualização, partimos ao encontro de nossa natureza humana e espiritual, onde são esclarecidas muitas dúvidas a respeito do significado da vida e do amor na sua forma mais pura.
Em síntese, podemos afirmar que na percepção física a sensação de perda afetiva é a seguinte: desconhecimento + imediatismo = angústia = desespero. Enquanto que na percepção de natureza espiritual: conhecimento + mediatismo = conforto = certeza do reencontro.
Certeza que leva-nos à compreensão de que o amor é como uma flor na primavera que necessita de luz solar, água e nutrientes do solo para manter-se viva e irradiar beleza e alegria à sua volta. E que, independentemente da ação do tempo, o amor torna-se consciente quando renovamos atitudes em relação a ele. A começar por atitudes de compromisso com o ser amado, que necessita ser regado de afeto, atenção e carinho para que o amor em forma de flor mantenha-se belo, intenso e eterno...
Os aprendizados do amor acontecem quando nos tornamos receptivos em relação ao que precisamos conhecer. E como aprendizes de jardineiro, compreenderemos que os cuidados necessários com a terra e a planta, leva-nos à certeza de que teremos um jardim repleto de flores não somente na primavera, mas durante a eternidade, pois o que um dia foi, outro dia será...
Somos aprendizes no labirinto da vida... e o amor é a luz própria que guia o caminho. Caminho que deve ser dividido com aqueles que queremos bem... agora e sempre.
Psicoterapeuta Interdimensional.
flaviobastos
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 201
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |