O terror e o amor
Atualizado dia 18/11/2015 15:02:17 em Espiritualidadepor Maria Cristina Tanajura
Como, em pleno século XXI, depois de termos vivido tantas guerras terríveis, quando o sangue de irmãos encharcou os solos de tantos países, ainda não aprendemos a viver de forma mais compassiva, menos cheia de ódio e rancor?
Que sentimento enorme de tristeza me preenche o ser, embora eu tenha a certeza de que nada do que acontece é por acaso e deixa de estar sendo monitorado pela Ordem Cósmica.
Por que será que tantos irmãos nossos chegaram a adoecer e a se desequilibrar dessa forma? Onde erramos, nós que procuramos amar e perdoar, buscando viver de acordo com o ensinamento de um Mestre como Jesus? Sim, porque somos todos responsáveis pelo que está nos acontecendo.
Acredito que fizemos por merecer este comportamento equivocado de tantos, que chegam a se suicidar, para matar mais pessoas que nem conhecem.
Não é atitude incentivada por uma religião, pois embora as diferentes crenças sejam um tanto diferentes umas das outras, todas pregam o amor, o perdão e a caridade, acima de tudo.
Por que jovens morando em países onde a vida é mais tranquila, assim mesmo se alistam em movimentos terroristas? O que estarão buscando, quando fazem tal escolha? De onde vem este ódio que os leva a deixar muitas vezes suas famílias e procurar fazer parte de um grupo de seres em desequilíbrio, totalmente desviados do caminho do Bem e de si próprios?
Acredito na lei do retorno e na reencarnação e na minha mente surgem os relatos dos horrores praticados pelos cristãos, na época das Cruzadas, que partiam de países europeus e combatiam os chamados infiéis, no Oriente Médio. Também não dá para esquecer os horrores sofridos, quem sabe se até por nós mesmos que agora já estamos em outro degrau de evolução, durante a Inquisição, que durante séculos fez milhares sofrerem...
Tudo isso me ocorre para que eu não apenas condene o mal que está se mostrando de forma tão dura e selvagem, mas procure orar por todos os envolvidos nos atuais acontecimentos, com a certeza de que ninguém está participando deles sem uma razão muito séria.
Como acredito que somos todos um, esta doença é nossa também, na medida em que não conseguimos ajudar esses seres tão revoltados a se transformarem.
Como humanidade, precisamos parar de bombardear quem nos ataca, pois isso certamente só aumentará o ódio que os que já estão desequilibrados sentirão por todos nós.
Nós, que nos dizemos seguidores do Cristo, que veio nos ensinar a amar e perdoar, poderemos nos sentir melhores que aqueles que nos atacam, se ainda usamos a lei de talião, anterior à chegada dele a este nosso planeta para resolver os nossos problemas?
Moisés ditava – dente por dente, olho por olho – quando éramos muito menos evoluídos. Um bom tempo se passou, desde então, e continuamos agindo assim, não só em momentos como este, de combate ao terrorismo, mas em menores proporções, em nossas vidas particulares, quando nos negamos a procurar o entendimento de alguém que não nos trata bem, mesmo em se tratando de nossos próprios familiares...
Acho que o momento pede muita reflexão por parte de cada um de nós. Estamos todos sofrendo tanto, independente de onde moramos, de nossa raça, de que religião professamos...
Sabemos que é tempo de mudança. Como realizá-la? Onde?
Certamente, começando por nós mesmos. Aprendendo a amar.
Será que um jovem realmente amado deixaria sua família e se alistaria, longe de casa, num grupo terrorista, para espalhar o ódio e a vingança? Para matar, se matando?
Sinto mais uma vez que amando, a gente trabalha na cura, sempre. Também acredito que se vingando, batendo, maltratando, nada resolvemos. Só aumentamos a doença do outro e crescemos a nossa lista de dívidas.
O que fazer, agora que a situação terrível já existe instalada em nosso planeta?
Somos energia e sendo assim, temos livre acesso a qualquer local onde quisermos estar, acionando o poder de nossa vontade. Vamos vibrar incessantemente a energia curadora do Amor, principalmente para os que estão tão desequilibrados e se muitos de nós fizermos isso, tenho a impressão de que poderemos ajudar a mudar esta situação tenebrosa que se instalou entre nós.
O antídoto contra o terror é sem dúvida o amor. Se for perigoso demais chegar perto do irmão que nos quer prejudicar, nossa energia pode, de longe mesmo, o atingir.
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Socióloga, terapeuta transpessoal. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |