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OBAMA... SINAIS DOS TEMPOS

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Autor João Carvalho Neto

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 20/01/2009 15:41:32


Provavelmente não há neste nosso mundo globalizado quem não saiba da posse, no dia de hoje em que escrevo estas linhas, 20 de janeiro de 2009, do novo presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama. Não posso deixar de reconhecer a emoção que me tomou conta quando da sua vitória nas eleições, ano passado. Como Psicanalista, acho que todos ainda continuamos esperando salvadores super-heróis, que nos venham resolver todos os problemas e aliviar nossos infortúnios.
Mas o fato realmente é notável: o primeiro presidente americano negro e a vitória do Partido Democrata, depois de muitos anos em que prevaleceu a ideologia bélica dos Republicanos.
Como tenho dito, e todos os que me acompanham lendo meus textos já o sabem, sou um otimista por convicção. Acredito que o progresso é uma lei cósmica inexorável, que todos estamos submetidos a ela, e que nossa humanidade, apesar de às vezes não parecer, avança para a resolução de seus graves problemas sociais, econômicos, afetivos, etc.
Claro que ao valorizarmos o acontecimento dessa posse, todos estamos reconhecendo o óbvio: a hegemonia norte-americana na condução das políticas econômicas e ideológicas em nosso planeta. Foi então inevitável que os princípios capitalistas de lucro e competição, associados às estratégias de dominação econômica e bélica, espalhassem por largos horizontes as injustiças sociais, mantendo considerável parte da população mundial sob o guante da miséria.
Não é difícil perceber que uma tendência ideológica dessa natureza só poderia semear lutas, violência e sofrimento entre os povos que a ela se viram submetidos.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo. O filósofo Peter Russel, em seu livro “O Despertar da Terra” estima um pouco mais do que isso. Não haveria mais nenhuma criança ou adulto passando fome e sem futuro, em nenhum canto do planeta. Neste exato momento, em que me dedico a estas reflexões, dezenas de pessoas já morreram de fome. É uma a cada cinco segundos. Isso mesmo, morre uma pessoa de fome a casa cinco segundos. Mas dizem que 40 bilhões de dólares ou mais resolveriam este problema. Possivelmente “pequeno”, devem pensar as autoridades mundiais, mergulhadas em suas mordomias. Mas digamos que seja muito mais, talvez 100 ou 200 bilhões de dólares para fazermos um mundo mais justo. Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse essas autoridades. Não houve documentário, ongs, lobby ou pressão que resolvesse. Mas, pasmem, em uma semana essas mesmas autoridades tiraram da cartola 2,2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA e 1,5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia, os banqueiros internacionais.
Pois é, foi o que assistimos no final do ano passado, naquilo que estamos chamando de crise, mas que não é nada comparada à crise da fome.
Mas Barack Obama está assumindo, e realmente esperamos que nossas ideologias humanitárias possam prevalecer sobre as ideologias econômicas e sobre as bombas que dilaceram corpos e aniquilam vidas nos campos de batalha, que são as cidades onde pessoas tinham vida, família, amores, esperanças...
Não posso deixar de repetir uma frase que escrevi em um texto antigo: caramba! Que mundo é esse?
Não sei se tenho raiva deles – as autoridades inconseqüentes – ou de nós mesmos, o povo omisso que aceita calado algumas migalhas para silenciar sobre a dor de seu irmão em humanidade que agoniza bem perto de fome.
Mas Barack Obama está assumindo, e eu acredito em um mundo melhor. Acredito que estamos despertando para uma realidade mais grandiosa de vida, mais equânime, onde não falte a ninguém o direito de ser feliz. Onde políticos corruptos deixarão de tirar o leite das criancinhas, o hospital dos enfermos e a educação dos jovens apenas para acumularem um pouco mais de fortuna. Onde os homens não precisarão mais empunhar armas para que a sociedade lhes dê o que de direito deveria lhes pertencer: saúde, alimentação, moradia, educação, salário, lazer, paz e felicidade.
Mas não nos iludamos. Se o tempo mostra sinais de transformações, que não fiquemos parados aguardando que elas venham dos céus. “A cada um de acordo com suas obras”, já salientou o Nazareno e a cada um de nós caberá fazer a parte que nos cabe para a construção de um mundo melhor, desde o âmbito de nossos pensamentos, nossos comportamentos e desejos, até as relações que estabelecemos com nossos pares, na família, no trabalho, na vizinhança, na sociedade.
E que Deus nos ajude nessa empreitada.
João Carvalho Neto, Psicanalista
Autor dos livros “Psicanálise da alma”
e “Casos de um divã transpessoal”
www.joaocarvalho.com.br

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor João Carvalho Neto   
Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Astrólogo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal"
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