Onde Começou Nosso Desempoderamento?
![Facebook](https://www.somostodosum.com.br/apoio/rede-sociais/face2.png)
![E-mail](https://www.somostodosum.com.br/apoio/rede-sociais/mail2.png)
![Whatsapp](https://www.somostodosum.com.br/apoio/rede-sociais/zapp2.png)
Autor Marleni Lazareth dy Carvalho
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 9/14/2022 11:12:02 PM
Nos idos dias dos anos 70, no frescor de minha juventude, decidi me engajar nas lutas por justiça social, pela reforma agrária e democracia - estávamos vivendo no regime ditatorial militar. No campo os latifundiários tocavam o terror e a carnificina contra camponeses e indígenas.
Eu, atuante em grupos de jovens católicos, decidi me tornar freira missionária como forma de ser coerente com o Evangelho de Jesus Cristo.
Em 1983, como freira franciscana, fui transferida para a Paraíba, onde cursei teologia e atuei intensamente na educação popular e nas lutas sociais.
Entendia que a fé em Jesus e no Reino de Deus pede o engajamento na luta pelos pobres e excluídos da sociedade.
Foram dias de uma espiritualidade muito rica e de grande aprendizado! Como educadores no “meio dos pobres e oprimidos” trabalhávamos pelo empoderamento daquelas pessoas, para que elas se reconhecessem como cidadãos e cidadãs, com direitos à dignidade expressa em acesso à justiça, à educação formal, ao emprego com remuneração justa, à realização material e à manifestação cultural e política.
Por onde passei me classificaram como persona non grata. E chegou um momento em que minha congregação religiosa me trouxe de volta para o convento. Uma contradição se estabeleceu: eu trabalhando a construção da consciência do sujeito histórico no meio popular e eu mesma não estava podendo ser o sujeito da minha história. Foi quando decidi deixar a vida religiosa. Mas sempre me mantive fiel ao Evangelho e à construção do Reino de Deus na Terra.
Já no Nordeste comecei fazer uma crítica à Igreja e seus dogmas. Quando a Teologia da Libertação foi banida e a Igreja na América Latina sofreu perdas e retrocedeu nas práticas libertadoras comecei a me distanciar dela.
Deixei a vida religiosa, mas não o cuidado com minha espiritualidade e determinação de coerência com seus valores.
Deixei a vida religiosa em 1992, mas a reflexão sobre Deus e seu Reino se mantiveram em constante atividade. E agora, 27 anos depois, eu reformulo para mim minha compreensão sobre Deus, um modelo de compreensão da Realidade.
Sistematizei um modelo que “cabe no meu coração”. E alguém pode me indagar sobre sua veracidade. A questão não é “se corresponde a verdade ou não”. Não existe verdade absoluta. O que existe é uma aproximação possível. A questão é se o meu modelo responde às minhas indagações. A outra questão é se essa postura me leva a respeitar a verdade do outro – verdade dele para ele.
Hoje vejo tudo conectado numa grande e complexa rede cósmica. A Terra já passou por algumas extinções em massa e, por tabela, possivelmente, passará por outras. As estrelas nascem e morrem e seus restos nos alimentam e fornecem elementos para tudo que fazemos na Terra – os elementos de nossa Tabela Periódica. O Universo e tudo o mais é cíclico. Parece que a morte é um componente inevitável para a reciclagem, desenvolvimento e perpetuação da Vida. Quando estudei História tive a plena convicção de que fazemos Cultura e História porque morremos.
Aqui é uma escola onde a gente põe o uniforme, assume um corpo físico, para se experimentar na matéria, se desenvolve, cresce em sabedoria ou não... Acho que foi o astrofísico Carl Sagan que disse que o nosso sistema nervoso é a estrutura através da qual o Universo toma consciência de si. E isso é lindo! Somos seres espirituais nos manifestando em frequências mais densas, a matéria; somos Deus se experimentando em seu Universo criado.
Minha busca para compreender Deus no contexto de uma História heterodoxa que fala de nossa origem extraterrestre, bem como de sua atuação na manipulação genética que nos conferiu um salto evolucionário, me trouxe muitos conflitos internos. Afinal, meu sistema de crenças estava assentado na teologia cristã católica. A duras penas consegui paz interior reformulando para mim o alicerce de minha sustentação teológica.
Toda realidade é energia, vibração. Tudo o que existe é a Vibração! Deus é o Sopro que possibilita e sustenta a Vibração. Tudo o que existe é o Sopro, que se manifesta na Vibração, cria a vibração, insufla a vibração. Aos nossos pais criadores, seja essa realidade que denominamos Deus, os criadores de nossa alma ou nossos pais biológicos merecem nossa gratidão, a maior expressão de amor. Mas não se identificam com a Fonte, o Sopro, que traz tudo a existência. Somos Deus, mas não a Fonte, o Sopro! Somos Deus e é da nossa natureza divina criar o mundo. Tudo que fazemos se insere nessa pulsão de vida.
O Deus nos apresentado pela Bíblia Sagrada (nos dada pelos Anunnakis/ extraterrestres, nossos pais criadores?) foi aceito por nós devido à nossa natureza divina, que anseia por transcender a imanência de nossa natureza biológica, física, que nos encerra em nós mesmos e nos aprisiona – nascer, crescer e fenecer. Nossa natureza divina nos predispõe a acreditar porque ansiamos pelo contato com o Transcendente, o Divino, que sendo em nós não conseguimos acessar, apenas intuir.
A Boa Nova do Evangelho de Jesus o Cristo consiste em nos libertar do Deus do Antigo Testamento, um senhor nibiruano, e nos dizer que somos a manifestação do Criador Primordial, que carregamos em nós seus atributos, que nossa relação com Ele é como a relação de um pai para com seu filho, isto é, de amor, de cuidado, de nutrição, de confiança ... O papai, o paizinho! A Boa Nova do Evangelho de Jesus foi e é nos colocar voltados para nós mesmos para que possamos VER o nosso Criador Primordial, ficar face-a-face com ele, o Pai, o Sopro, a Fonte, o Grande Mistério.
A outra mensagem da Boa Nova de Jesus é o ensinamento do Amor. “Ame ao próximo como a ti mesmo.” “Se lhe derem uma bofetada numa face dê a outra.” Jesus não está dizendo para darmos literalmente a outra face. Ele está dizendo do poder da empatia. Pelo amor e respeito a nós mesmos vamos reagir, mas nos colocando no lugar do outro para termos a medida certa da reação.
O Deus do Antigo Testamento é cruel e “nacionalista”. Ao seu povo tudo e aos outros povos a morte. Aos seus submissos e obedientes tudo, aos rebeldes e desobedientes o castigo, a punição.
O contato com Ele sempre através de algum eleito, como Moisés, por exemplo. O desdobramento disso foi o desempoderamento.
Depois de submetidos a um Deus tirano, a submissão a qualquer hierarquia fica implícita e aceita como normal.
Jesus veio nos dizer que somos filhos, criados a Sua semelhança. Que poderíamos fazer as mesmas coisas que ele, Jesus, fazia. Mas a gente não acreditou, porque ainda é o Deus do Antigo Testamento que subliminarmente nos norteia – somos movidos pelo MEDO.
Uma vez perguntaram para ao Ken Wilber por que Deus encarna. E ele respondeu: “Porque é muito sem graça jantar sozinho!” Somos Deus que se esqueceu quem é para se experimentar em sua criação. Nossa jornada do espírito é reconhecer quem somos e reintegrar Tudo. O outro é meu outro EU. Por isso dar a outra face, isto é, se colocar no lugar do outro para compreender o comportamento. Corrigir com rigor, mas amorosamente. Esse é o nosso aprendizado.
O desdobramento dessa concepção é o reempoderamento, mas não podemos sair matando esse Deus da religião. O sentido da vida em suas agruras é suportado pela fé em Deus; a fé em Deus funciona como catalizador do próprio poder, para realizar os pequenos milagres pessoais de nossa existência.
A religião está alinhada com um estágio específico cultural e de consciência. O grande problema é que crescemos, frequentamos a Escola Formal, mas, do ponto de vista espiritual, continuamos com aquele conhecimento infantil do catecismo, da escola bíblica. Crescemos, nos tornamos adultos cônscios de seu lugar no mundo, letrados ou não, mas conhecedores da ciência do viver e do relacionar-se. Então nos distanciamos da espiritualidade e, ou vivemos uma vida espiritual morna dentro da prática religiosa, ou abandonamos a religião e tocamos a nossa vida à revelia de sabermos quem somos de fato e de direito. Muitas vezes uma vida sem sentido, depressiva, sem poesia. Nossas inteligências racional e emocional ficam capengas por falta da inteligência espiritual que tem a função de integrar a duas anteriores. (Livro Inteligência Espiritual – Danah Zohar)
Com este artigo faço a introdução ao curso online e gratuito “Autonomia Espiritual e Evolução Humano Divina”.
O curso, organizado em 10 módulos, está disponível no site Marleni Lazareth Dy Carvalho https://www.somostodosum.com.br/f.asp?i=16362&s=1, na área “Artigos”. No decorrer do curso se encontram exercícios vibracionais gravados em áudios enviados por e-mail. Tais exercícios contam com a facilitadora ação de uma Egrégora de Luz que me orientaram na realização desse trabalho.
Boa jornada! Marleni
Texto Revisado
![star](https://www.somostodosum.com.br/clube/stars.png)
![star](https://www.somostodosum.com.br/clube/stars.png)
![star](https://www.somostodosum.com.br/clube/stars.png)
![star](https://www.somostodosum.com.br/clube/stars.png)
![star](https://www.somostodosum.com.br/clube/stars.png)
![estamos online](https://www.somostodosum.com.br/testes/icones/consulta-profissional-tarot.gif)
![Facebook](https://www.somostodosum.com.br/apoio/rede-sociais/face2.png)
![E-mail](https://www.somostodosum.com.br/apoio/rede-sociais/mail2.png)
![Whatsapp](https://www.somostodosum.com.br/apoio/rede-sociais/zapp2.png)
Conteúdo desenvolvido pelo Autor Marleni Lazareth dy Carvalho Marleni Lazareth dy Carvalho é terapeuta bioenergética certificada pelo Three In One Concepts - Burbank, California - USA e instrutora em diversos cursos de formação terapêutica e humano-espiritual. Atende em consultório e online com Cinesiologia Cérebro-Celular e à distância com a Terapia Psirradiônica. Agende uma conversa (31) 99238-0018/ e-mail. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |