Os Templários guardaram o Santo Sudário por mais de um século
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Autor João José Baptista Neto
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 24/04/2009 15:32:43
Abaixo a tradução da matéria de Pablo J. Ginés originalmente publicada no "La Razón" em 07.04.09, e republicada no Noticiário da OSMTJ de Abril.
Os Templários esconderam o Santo Sudário por mais de um século
Um documento sobre uma iniciação em 1287 confirma que beijavam a imagem de um homem em "um longo pano de linho"
Arnaut Sabbatier, cavaleiro francês da Ordem do Templo, compareceu diante dos inquisidores e lhes explicou como foi sua cerimonia de ingresso nos templários em 1287: como qualquer irmão fez o voto de pobreza, de obediência e de castidade. A seguir, seus superiores o levaram a um lugar secreto, acessível só aos irmãos da Ordem, o mostraram um longo pano de linho que mostrava a imagem de um homem e o fizeram adora-lo, beijando-o tres vezes os pés. Os inquisidores anotaram a descrição e anos depois a encontrou a historiadora Barbara Frale, especialista em Ordem do Templo e que trabalha nos Arquivos do Vaticano. "Este testemunho provem dos documentos do processo contra os templários e é quase desconhecido pelos historiadores porque representa tão só uma gota no mar para quem deve estudar a intrincadíssima rede do grande complô iniciado em 1307 pelo rei da França, Felipe o Belo, escreve a Doutora Frale em LOsservatore Romano", o diário semi-oficial do Vaticano.
Para Frale, o documento confirma auma hipótese que formulou em 1978 o historiador de Oxford Ian Wilson: que os templários guardaram em segredo durante mais de um século o chamado Santo Sudário ou Sindone de Turim, um pano de grande comprimento em que se ve a imagem de um homem com ferimentos semelhantes aos descritos na Paixão de Cristo. A hipótese de Wilson era sugestiva: em 1204 a Quarta Cruzada saqueia Constantinopla, e centenas de relíquias desaparecem da corte e das igrejas bizantinas para irem aparecendo em seguida no Ocidente. Entre elas, o Santo Sudário que, segundo a tradição bizantina,
"A autora tem carinho pelos templários e em seu trabalho com as atas dos juízos demonstrou que eram inocentes das acusações de heresia"
tinha envolvido o corpo de Cristo no sepulcro. Em 1353 o Santo Sudário volta a aparecer: é em uma igreja francesa, em Lirey, exposta à veneração dos fiéis pela doação de uma família descendente do templário Geoffroy de Charney, queimado na fogueira junto com o Grão Mestre da Ordem, Jacques de Molay, em 18 de Março de 1314.
Onde esteve durante todo esse tempo? Wilson suspeitava dos templários, mas não tinha dados documentais. Agora Barbara Frale diz que o testemunho do cavaleiro Sabbatier achado no Arquivo do Vaticano seria uma prova nessa direção.
Porque a Ordem do Templo manteve oculta a relíquia? A historiadora lembra que o Papa castigou com a excomunhão todos os cruzados que participaram do ignominioso saque de Constantinopla e que o Quarto Concílio de Latrão em 1215 decretou a mesma pena àqueles que traficassem com relíquias. Não sabemos como os templários conseguiram o Sudário, mas era uma posse tão valiosa como comprometedora.
Barbara Frale aponta algumas idéias sobre seu valor em uma Ordem religiosa que, protegida do poder civil e episcopal com todo tipo de imunidades, resultava muito atrativa para pessoas heterodoxas, com tendência à heresia.
Cátaros e docetistas pregavam que Cristo não sofreu de verdade a Paixão, que seu corpo não era real, que não morreu nem ressuscitou.
Os cavaleiros beijavam os pés da imagem de Cristo, como o fez São Carlos Borromeo em 1578 quando o venerou em Turim, como beijam os pés da cruz hoje os os jovens nas orações de Taizé. Além disso, esfregavam as correias de seus hábitos no pano, convertendo-as assim em "relíquias de contato", proteções contra o mal físico e espiritual. Era algo muito comum na Idade Média: muitas relíquias da Santa Cruz, por exemplo, são na realidade madeiras fricionadas sobre o lenho de Jerusalém encontrado por Santa Elena no século IV: ao esfregar devotamente a relíquia sua "sacralidade" contagia o novo objeto.
Wilson sugeriu naquela época que o pano devia ser guardado em uma proteção de madeira mostrando somente o rosto barbado e que, assim, surgiu a acusação de que os templários adoravam um ídolo barbudo que beijavam. Barbara Frale, à luz do documento achado, cre que, pelo menos na cerimonia de iniciação se mostrava o corpo completo: "via-se tudo, a carne dos músculos tensos na rigidez que se segue às primeiras horas depois da morte, o rosto deformado por causa dos golpes, a pele solta pelos golpes do açoite com peças pontiagudas de metal". Escreve
"Barbara Frale aponta algumas idéias sobre seu valor em uma Ordem que, protegida do poder civil e episcopal com todo tipo de imunidades, era muito atrativa para pessoas heterodoxas, com tendencia à heresia. Cátaros e docetistas pregavam que Jesus não sofreu de verdade a Paixão, que seu corpo não era real, que não morreu nem ressuscitou. A Ordem se assegurava para que seus cavaleiros não cressem nessas heresias com a mais potente das provas: o Sudário com as marcas visíveis do sangue do Homem-Deus".
a autora italiana que "a humanidade de Cristo sobressaía da violência dos homens, a humanidade que os cátaros declaravam imaginária podia se ver, tocar, beijar; era algo que para o homem medieval não tinha preço". A autora tem um carinho pelos templários, e em seu trabalho com as atas dos juízos demonstrou que eram inocentes das acusações de heresia.
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