Paixões além da vida
Atualizado dia 11/27/2010 9:50:40 PM em Espiritualidadepor Bernardino Nilton Nascimento
Para mim, foi uma revirada total de perspectivas, quase uma conversão. Mas permaneço ainda extremamente sensível à espécie humana, iluminada pelo amor terreno, com todas as suas dimensões e leis que regem o tempo.
Cabe a mim uma tarefa de religiosidade que absorve o todo. Uma exploração apaixonante pelas culturas liberais do ser humano, com todas as suas humildades e com todas as suas arrogâncias, tomou parte nas minhas viagens. Dentro de cada um mora uma centelha de amor, independente de suas crenças. Existe em cada um de nós uma chama viva da luz Cristã.
Como religioso, pergunto-me se não devo renunciar aos prazeres terrenos, mas meus anjos, meus guias, meus mestres espirituais me acalmam, dizendo-me que Deus não espera de mim uma santidade, mas um desenvolvimento natural do meu ser. Informam que este problema não deve me preocupar durante minha vida terrena. O ser humano sempre vai necessitar de clareza em sua vida, pois o combate sempre é angustiante. É necessário termos a convicção de que é possível chegar muito mais além do que se imagina.
Dar um testemunho sobre o esforço que faço para manter esse firme propósito na vida, para unir os dois grandes amores da minha vida, e a descoberta de que esses dois amores podem se alimentar e se fortificar mutuamente, tal a sua grande aventura material e espiritual, é o que eu considero uma vocação pessoal.
Mesmo tendo consciência de me encontrar nesta situação excepcional, unindo a vida religiosa convicta, mística e refletida a uma participação ativa nas mais prazerosas emoções terrenas, sei que não comprometo minha escalada espiritual se eu conseguir curar o meu EU interior, buscando viver sempre em equilíbrio sentimental e emocional, fazendo emergir do fundo do meu coração o "Amor pela própria vida em conjunto com a vida do próximo", independente de qualquer crença.
Assim, como posso dar importância aos meus negócios e às minhas ocupações terrenas, posso também alimentar meu espírito de prazer, oferecendo uma vida regada de bondade, compaixão, gratidão, caridade e amor. Minha existência na Terra diminui a cada momento que me desapego das coisas materiais, sem deixar de amá-las.
Não podemos ser Cristãos se não soubermos integrar, em nossa existência, os grandes valores que são: Deus e a Terra. Somente um Cristianismo íntegro pode despertar a harmonia interior, a alegria, o equilíbrio e a liberdade.
Este princípio é o primeiro artigo do nosso símbolo: Deus Pai é o Criador do Céu e da Terra. A Terra é, pois, fundamentalmente boa. "Deus viu que isso era bom". A Terra é o dom, e seus prazeres são tarefas de confiança dadas por Deus. Os encantos da Terra são um dom do Pai. O trabalho dos seres humanos na Terra é uma tarefa de crescimento, um fenômeno oferecido pelo Pai. Esse princípio de fé se torna realidade viva no reconhecimento para com os dons de Deus, e a "boa intenção" do nosso trabalho é mostrar o nosso amor pela vida, pela Terra, pela morte e pelo Céu.
BNN
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 106
"Não seja um investigador de defeitos, seja um descobridor de virtudes"./ "Quando a ansiedade assume a frente, as soluções vão para o final da fila"./ "Quando os ventos do Universo resolve soprar a favor, até os erros dão certo". BNN E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |