Para falar da morte, quero falar da vida
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Autor Adriana Garibaldi
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 28/10/2014 17:00:47
Quero falar a respeito da morte, ou melhor, da continuidade da vida que vence a morte e prossegue além, num continuo despertar de experiências renovadoras e eternas. Dia de finados é um momento propicio à reflexão, porque de uma forma ou de outra, todos estamos adentrando nestes dias numa energia que acaba povoando nosso coração de nostalgia e de saudade daqueles que partiram.
Uma data duplamente significativa para minha vida, porque num quatro de novembro, exatamente a quatro anos, desencarnava aquele que foi meu companheiro durante uma grande parte da minha vida.
Acredito que este relato possa ajudar a todos os que já passaram, ou passam, pela experiência da morte daqueles que amam.
Foram vários e dolorosos anos de luta contra uma doença terrível, devastadora, cruel. Os últimos dias no hospital pareciam intermináveis e muito penosos.
O medico deliberou que a única forma de acabar com aquele sofrimento era colocá-lo em coma induzido. Um recurso que, no estado terminal em que se encontrava, era um procedimento irreversível, a partir do qual somente restava-nos esperar algumas horas ou poucos dias até que o desencarne ocorresse.
A espera foi somente de uma noite, uma longa noite, onde, vencida pelo cansaço, acabei adormecendo ao lado do seu leito.
Eram cinco horas da manhã quando fui surpreendida por uma legião de médicos e enfermeiras que adentraram no quarto repentinamente. O monitor da sala de enfermagem tinha detectado a parada cardíaca e a ocorrência prevista.
Apos registrarem a hora exata do óbito, todos se retiraram para permitir que me despedisse dele. O quarto encontrava-se em penumbra e dirigi-me até a janela para afastar as cortinas.
O sol despontava no horizonte iluminando de ouro e rubi a paisagem que se avistava desde o quarto.
O recinto todo inundou-se de uma maravilhosa cor vermelha dourada anunciando o alvorecer de um novo dia, de uma nova jornada.
Acerquei-me do leito e, enquanto acariciava sua fronte, murmurei :
- Olha meu amor que belo amanhecer, olha que luz maravilhosa. Você esta livre agora, seu sofrimento acabou.
Profunda tristeza tomou conta de meu coração, apesar de saber que ele estaria melhor a partir desse momento, sem as dores.
Livre ao final.
Era um ciclo, uma historia que se encerrava para dar inicio a uma outra, tanto para ele quanto para mim.
Mas, como falei no inicio, não queiro falar aqui de tristeza, nem tampouco de morte, mais da vida que prossegue, deixando meu testemunho de fé, com a esperança de transmitir a certeza na vida futura a todos os que estão lendo este relato.
Seis meses se passaram apos o desencarne e uma amiga me convidou a visitar a casa de uma senhora que tinha poderoso dom mediúnico. Uma casa simples onde funcionava um pequeno centro.
A senhora recebeu-me cordialmente e perguntou do que precisava.
Apos falar a respeito de alguns problemas de ordem financeira que tinha para resolver, contei-lhe que meu esposo tinha falecido seis meses atrás.
- Ele esta em pé aqui de seu lado, - disse, enquanto indicava o lugar exato onde o via.
Fiquei quieta entre perplexa e desconfiada, porque, apesar de sempre ter acreditado na continuidade da vida, costumo ficar com um pé atrás ante revelações que não possam ter uma clara comprovação .
Contudo, o mais surpreendente aconteceu a seguir.
Após descrever a aparência de meu esposo, exatamente como era quando na vida física, falou duas coisas que me deixaram profundamente emocionada.
- "Ele está perguntando se você continua lendo o livro que lia para ele.
Está falando para lhe dizer que gostava muito de ouvir você ler esse livro".
Todo o tempo em que meu marido ficou internado, eu fazia questão de ler algumas paginas do livro da autora americana Eileen Caddy. "Deus falou comigo", um livro com mensagens excelentes que lhe infundiam muita força e esperança em Deus.
Queria transmitir-lhe de todas as formas possíveis a esperança na vida e a fé no futuro, sabendo, no entanto, que sua vida estava se exaurindo dia apos dia.
- "Ele está me mostrando uma imagem, mas não entendo o significado -continuou ela- a imagem de um quadro onde está retratado um campo de rosas vermelhas e o sol despontando no fundo, de cor avermelhada. Não sei do que se trata. Você conhece este quadro"?
- Não, não sei de nenhum quadro com esse tema, respondi.
Nesse instante veio à minha mente a imagem da janela do hospital e do sol dourado no horizonte. Percebi que aquilo a que ela se referia não era um quadro mas a paisagem iluminada pelo sol daquele amanhecer de novembro e o que parecia a moldura de um quadro era, em realidade, a esquadria da janela.
Contudo, algo ainda me intrigava, o campo de rosas vermelhas.
Então lembrei de uma outra coisa, do ramalhete de rosas vermelhas que fiz questão de deixar sobre o tumulo, como a representar a energia do coração, a energia do amor. Percebi então a veracidade de tudo aquilo, da presença viva de alguém que imaginava ter partido, mais que em realidade continuava o mesmo, trazendo uma mensagem para dizer que a vida continua, que tinha registrado as palavras que murmurei ao seu ouvido e lembrava ainda do livro de mensagens.
A médium desencarnou alguns meses depois, mais seu incrível dom foi por demais eloquente e verídico.
A consciência da nossa eternidade e da vida que se descortina além do túmulo é capaz de nos consolar e nos fortalecer nos momentos da dor e da perda, sabendo que a vida permanece para sempre, vencendo a morte.
Somos viajores do tempo sempre a esperar numa estação o trem que nos conduzirá para nosso próximo destino de novas e múltiplas experiências, no ir e vir da morte e do renascimento, no ir e vir das encarnações.
Aqui um trecho de uma musica que adoro:
"Encontros e despedidas" de Milton Nascimento
O trem que chega .
É o mesmo trem da partida,
A hora do encontro e também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida...
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okss
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