PAZ, CONFLITO E FRATERNIDADE



Autor Amigos da Teosofia
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 16/11/2012 18:21:04
-- Para a Filosofia Esotérica, Não Há Religião Mais Elevada Que a Verdade --
Autor: Carlos Cardoso Aveline
"Tem sido sempre assim. Aqueles que vêm zelando pela humanidade através dos séculos, neste ciclo, têm visto os detalhes desta luta mortal entre a Verdade e o Erro repetirem-se constantemente. Alguns de vocês, teosofistas, são atingidos apenas em sua ‘honra ou em seus bolsos, mas os que erguiam a fonte de luz nas gerações anteriores pagavam com suas vidas pelo seu conhecimento. Coragem, pois, todos vocês, que querem ser guerreiros da Verdade una e divina; alimentem sua força moral, não a desperdicem com futilidades, mas usem-na em grande ocasiões..."
[Um Mahatma dos Himalaias, em "Cartas dos
Mahatmas", Ed. Teosófica, Brasília, Carta 130, p. 287.]
Alguns membros do movimento teosófico, mal informados sobre o caminho espiritual, acreditam que a caminhada em busca da verdade pode ser trilhada sem conflito algum. Para alcançar este objetivo, eles começam deixando de lado o lema do movimento filosófico criado por Helena P. Blavatsky em 1875:
"Não Há Religião Mais Elevada Que a Verdade".
Em seguida, fazem todo o possível para esquecer e ocultar os graves erros de líderes pseudo-teosóficos do século 20.
Não contentes com isso, em muitos casos acusam de "anti-fraterno" a quem quer que insista em confiar na Verdade, ou em pensar por si próprio.
Em alguns casos, terminam promovendo a perseguição dos "hereges", fato de que temos vários exemplos históricos documentados no Brasil, pelo menos desde o início dos anos 1970.
A premissa segundo a qual o movimento teosófico pode existir sem conflitos, e deve portanto ocultar a qualquer preço os erros dos seus dirigentes, queimando a Sinceridade como incenso no altar da Falsa Harmonia, é apenas uma fantasia e uma ilusão.
O movimento teosófico é um campo de testes, um campo probatório. Não existe provação nem progresso sem conflito entre verdade e ilusão. Anestesiar as pessoas, vender-lhes a ideia de que o caminho não é íngreme, estreito e difícil, é uma das marcas registradas do pseudo-esoterismo moderno.
A credulidade é perigosa e deve ser eliminada pelo debate franco. Por isso, e prevendo o surgimento da pseudo-teosofia, um Mestre escreveu na Carta de 1900:
"Credulidade gera credulidade e termina em hipocrisia."
Na verdade, uma harmonia que depende de todos pensarem igual e ocultarem medrosamente os erros absurdos do período de 1894 a 1934 - cujos resultados estão de pé até hoje - não pode ser verdadeira harmonia.
Desde que surgiu, em torno de 1900, a estrutura papal de poder da ST de Adyar é disfuncional. Trata-se de um conjunto anacrônico e que não corresponde à proposta original. O projeto autêntico do movimento nada tem a ver com ritualismos nem com igreja cristã messiânica, como na experiência infeliz com Jiddu Krishnamurti, apresentado ao mundo em torno de 1910 como alguém que deveria fazer o papel de Avatar, enquanto era pressionado e manipulado por falsos bispos "católicos teosóficos". Basta ler, a respeito, os livros de Mary Lutyens.
A sra. Lutyens foi amiga pessoal não só de Jiddu Krishnamurti, mas da atual presidente internacional da Sociedade Teosófica de Adyar, sra. Radha Burnier. Seu livro "Vida e Morte de Krishnamurti" (Ed. Teosófica, Brasília, 1996) revela fatos diante dos quais só se pode concluir que a Sociedade Teosófica de Adyar perdeu o contato não só com os Mestres, mas com o bom senso e o equilíbrio mais básicos.
Um desses fatos, narrado às pp. 85-88 da edição brasileira de "Vida e Morte de Krishnamurti", é o anúncio feito por Annie Besant de que ela própria, C. W. Leadbeater, C. Jinarajadasa e outros quatro teosofistas haviam alcançado nada menos que o Nirvana e o Adeptado, e eram, portanto, Mahatmas. Esse era o momento solene em que Jiddu Krishnamurti deveria transformar-se em "Jesus Cristo". Até hoje, nenhum dirigente da ST de Adyar fez uma autocrítica pelas falsidades promovidas publicamente e aceitas pelos seus seguidores, todos iludidos em sua boa fé.
Por outro lado, a proposta autêntica de movimento teosófico gira em torno da ética, da filosofia e do respeito pela verdade, com bom senso.
Nesta primeira parte do século 21, os setores do movimento que permanecem leais aos Mestres e à Causa são uma antecipação prática e luminosa da sociedade humana da era de Aquário, cujos cidadãos combinarão Solidariedade com Independência, e Responsabilidade Individual com Devoção a um Ideal; mas que não se deixarão arrastar a crenças cegas ou dogmas e rituais autoritários.
A Harmonia autêntica não se separa da Verdade.
Ela não se apega à Uniformidade de Pensamento. Ela não suprime o contraste nem a diversidade em nome de alguma "Fraternidade" imposta de cima para baixo.
A autêntica Fraternidade é universal, é incondicional, e não depende de todos pensarem do mesmo modo. Ela cresce com a "biodiversidade cultural" e a "biodiversidade espiritual", e sabe aprender com seus erros.
Por isso é de se esperar que, em vários países, um número cada vez maior de teosofistas sinceros, tendo acesso a uma visão mais realista do movimento, passem a pensar por si próprios, comparando os fatos com os discursos e optando pela verdade.
A História mostra que a estrada inicialmente larga e cômoda da crença cega leva apenas à ilusão e à decepção - ; mas existe também um caminho estreito que leva à Verdade e à paz interior. Aqueles que têm boa vontade encontram o Caminho mais cedo ou mais tarde.
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