Por que sofremos tanto?
Atualizado dia 11/06/2013 23:43:55 em Espiritualidadepor Clau Mendes
Eu gostaria tanto de ter as palavras certas nesta hora...
Poder explicar o passo a passo de como eliminar todo e qualquer sofrimento...
Ter o poder de extirpar de vez os males que nos afligem...
Quem um dia não sonhou em ser um grande herói, um gênio, podendo eliminar dores, doenças, tristezas, evitar tragédias...
Mas não está em nossas mãos falíveis este poder, mesmo a nosso contragosto.
O poder de “dar as cartas” no Universo, não nos pertence. Tampouco fazemos idéia exata do que se passa.
Mas por que tanto sofrimento?
Para onde olhamos, vemos as marcas da dor.
Mesmo tentando fugir, escondendo-nos dentro de nós mesmos, ei-la ali, firme, resoluta.
O que fazer então? Para onde ir? Como agir?
Como curar este mal ou pelo menos aliviá-lo?
A dor é uma lei de equilíbrio e educação.
É a repercussão das violações da Lei Divina cometidas por nós.
Como bem disse Carlos Drummond de Andrade: a dor é inevitável; o sofrimento é opcional.
Transgredindo as Leis do Universo, somos chamados à correção, contudo, a forma como encaramos essa situação depende de cada um.
A mesma situação pode levar uma pessoa à morte e outra à transformação.
Observa onde coloca o teu pensamento.
Se diante da dificuldade eleva a cabeça e olha os céus, ampliando a tua visão, ou baixa a cabeça amolecendo ante o peso da desdita, observando somente a própria dor.
Existe a dor que corrige.
A dor que liberta.
A dor que cura.
Assim também como a dor que enclausura.
A dor que abandona.
A dor que maltrata e fere.
Mas a dor não é um ser, não tem forma humana, como pode nos atingir?
Isso acontece porque a dor é uma forma extrema da sensação.
Dor e prazer são dois extremos, por onde oscilamos.
São inseparáveis em princípio e ambos necessários à nossa educação.
Em sua evolução, o ser humano precisa experienciar os dois extremos, para adquirir discernimento.
Na admirável obra "O problema do ser, do destino e da dor", de Leon Denis, encontramos a seguinte definição:
“Para que serve a dor? Respondo: para polir a pedra, esculpir o mármore, fundir o vidro, martelar o ferro. Serve para edificar e ornar o templo magnífico, cheio de raios, de vibrações, de hinos, de perfumes, onde se combinam todas as artes para exprimirem o divino, prepararem a apoteose do pensamento consciente, celebrarem a libertação do Espírito!”
A dor física é, na maioria das vezes, um aviso da Natureza, para que possamos ter equilíbrio. É um freio aos nossos excessos.
Por quanto tempo ainda teremos de sofrer? Por quanto tempo ainda nos manteremos ignorantes das leis superiores, precisando da dor para nos transformar?
Vivemos em tempo de crises. Nunca a Humanidade esteve tão perdida.
Tantos problemas e, ao mesmo tempo, tantas opções que acabam confundindo a mente, entre o certo e o errado.
É necessário aprender a sofrer. Acolher a dor como uma amiga. Não lhe aumentar o sofrimento com nossas queixas e lamentações. Procurarmos o equilíbrio.
Não espere que os outros despertem.
Faça a tua parte agora.
Busque conhecimento, para que não sejais colhido pelo sofrimento que a ignorância traz.
Uma grande ferramenta, uma grande aliada para estes momentos de angústia, sem dúvidas é a prece.
A prece nos acalma, fortalece, protege. Liga-nos às forças superiores do Universo.
Somente quando nos reconectarmos ao Universo, não somente de lábios, mas com a alma, é que as dores e sofrimentos começarão a dar espaço para o amor.
No dizer de Jesus, registrado em Mateus:
“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo”. (Mateus, 11:28 a 30)
Podemos estar desalentados, desorientados, sobrecarregados. Podemos não entender bem o que se passa conosco. Mas ao toque sutil do amor tudo se transforma.
Busquemos o amor.
Texto revisado
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