Que os Bons Ventos ajudem a dispersar as nuvens de tristeza que encobrem o Sol Maior
Atualizado dia 28/04/2020 21:19:40 em Espiritualidadepor Íris Regina Fernandes Poffo
Nuvens de pânico encobriram o Sol Maior!
Notícias verdadeiras, com apelo sensacionalista e informações falsas, com apelo apocalíptico, multiplicaram-se assustadoramente, na mesma velocidade e abrangência que o COVID 19. Todos com medo de adoecer ou com medo de morrer? Só de pensar, já começavam a somatizar, a tossir e a chorar. E assim, milhares de hospitais ficaram cada vez mais lotados: pacientes assustados, familiares desesperados, equipes médicas estafadas.
Governantes despreparados, desarticulados e desacreditados concluem que devemos ficar em casa: o lar seria o abrigo mais seguro. Parques fechados, praias interditadas, academias paradas, pessoas estressadas.
Nuvens de revolta encobriram o Sol Maior!
Quanto mais contrariadas, mais assustadas com as notícias e com as desinformações que circulavam, mais amarguras ficaram as pessoas no “Lar Doce Lar”. Filhos, pais e mães se estranharam no próprio ninho: muitos querendo mandar, poucos querendo obedecer, e outros só querendo se isolar e meditar. Animais de estimação estranhavam todos juntos em casa, por tanto tempo!
Como resgatar um respeito perdido? Poucas eram as casas onde reinavam a alegria, a amizade, a fé, o bom humor. O convívio poderia ser melhor aproveitado, se a harmonia tivesse sido semeada e regada com afeto e respeito mútuo, anteriormente. Junte a isso, conflitos pessoais, egos feridos, indecisões profissionais, as contas mensais.
Pressões econômicas, políticas e sociais cresciam verticalmente. Mentes contaminadas com o vírus da arrogância discursavam em favor do mundo que girava apenas ao seu redor, sem se importarem com o caos social, apenas com seu próprio capital.
Nuvens de luto encobriram o Sol Maior.
Indiferente a tudo e a todos, a Terra continuava girando em torno de si mesma e em torno do Sol. As estações do ano seguiam seu fluxo, mas desta vez, as chuvas de março não fecharam o verão.
Rios de lágrimas transbordavam pela dor do óbito dos entes queridos. Abraços vazios pela falta de despedidas! Animais de estimação deprimidos pela ausência súbita dos seus tutores queridos. Corações partidos! Solidão! Olhares parados, perdidos no vazio, e a pergunta que não se calava: por quê?
Seriam estes enfermos a reencarnação de espíritos ignorantes que outrora, desde antes da era cristã, dizimaram centenas de milhares de aldeais e cidades “inimigas” na Ásia e na Europa, de tribos das terras africanas, das tribos indígenas das Américas?
Aqueles que espalharam os vírus das gripes, rubéolas, tifos e varíolas, entre outras doenças, disseminados propositadamente para extingui-los? Quem sabe seria uma oportunidade de colher o mal que semearam? Liberdade!
Corajosas e destemidas infantarias do Setor Saúde, até então, tão menosprezado pelos governantes, trabalham intensamente para salvar pacientes, e encontrar meios eficazes de enfrentar este gigante em miniatura. E serão vitoriosas, assim como Davi venceu Golias.
Bons ventos dispersam nuvens de melancolia e o Sol Maior volta a brilhar!
No meio da tempestade das más notícias, ondas de solidariedade começaram a emergir de todos os países, e a fluir em todas as direções do globo, levando mensagens de conforto, de esperança e de auxílio mútuo.
Pães são multiplicados! Vemos centenas de pessoas ajudando ao próximo, distribuindo alimentos e medicamentos a quem mais precisa. Será que este vírus redondinho potencializou os elos do ideal de fraternidade entre nós?
Quanto maior a união, maior a comunhão, menor a solidão! Quanto mais compaixão, maior a expansão da consciência universal, maior a compreensão que o “meu deus” não é melhor que o “seu deus”, pois o verdadeiro Deus está no meio de nós! O Sol Maior.
Sinais de cura despontam no horizonte, como estrelas brilhantes no céu da noite escura. Aumentam as notícias do número dos sobreviventes. Animais de estimação estão ainda mais contentes, com o retorno dos tutores para o lar, ou encontrando novos lares.
O céu está mais limpo do lado de fora da janela! Menos veículos nas ruas, menor produção industrial, menor contaminação ambiental. Será possível reinventar uma nova maneira de progredir sem tanto poluir?
Caminhantes da luz!
Segundo a cosmologia inca, haverá uma época na qual a humanidade deverá curar suas feridas emocionais, incluindo os danos causados à sua história familiar, e ancestral, limpando os resíduos de encarnações passadas, para poder evoluir.
Em quéchua, no idioma falado pelos Incas, seria o tempo de PachaKutéc ou Pachacuti (pacha: mundo, Terra e Kutéc: reformar, transformar, transmutar), seria o "transmutador da Terra". Esta época seria sinalizada por grandes mudanças no clima do planeta, por desequilíbrios das forças da natureza, que refletem a desarmonia interior da humanidade.
Ensinam que o medo, os conflitos, a violência, o empobrecimento espiritual, e a falsa crença que somos seres separados da natureza, nos impedem de progredir.
Orientam a encontrar um ponto de equilíbrio nas nossas vidas: entre o corpo, a mente e o espírito.
O despertar da semente divina, que está adormecida na maioria das pessoas, pode ocorrer: por meio de orações e cerimônias que nos conectem ao Sagrado; do estudo, para absorver os ensinamentos sagrados transmitidos pelos mais sábios; do trabalho e do uso do conhecimento de forma altruísta; e da prática de ajudar-se mutuamente ou da reciprocidade (Ayni).
Bem disse São Francisco de Assis: “é morrendo que se vive para a vida eterna”! Enterremos nosso “eugoísta”, materialista, cheio de apegos e apelos egocêntricos!
Que possamos limpar as mágoas e impurezas, banhando-nos nos rios despoluídos pelo altruísmo.
Quem consegue tocar a terra, com os pés firmes, balança com a ventania, mas não cai! Sabe que depois da tempestade vem a bonança, pois, sempre foi assim!
Quanto maior a firmeza no propósito da bem aventurança, maior a conexão com o bem universal! Quanto mais altruísmo, menos egoísmo, menos pobreza de espírito, maior compaixão!
Quanto maior a fraternidade, maior a igualdade e a solidariedade! Quanto mais incorporadas as virtudes da humildade e da benevolência, maior a imunidade!
Quem consegue orar e se elevar, consegue respirar melhor! Quem consegue relaxar e se interiorizar, consegue se apaziguar.
Quem consegue se apaziguar tem mais compreensão! Quem tem mais compreensão, sofre menos, pois, aprende a ressignificar toda a situação!
Menor a revolta, maior a resignação! Que toda esta pandemia possibilite uma transformação para o bem-estar das pessoas e do planeta.
Para tanto, é fundamental desenvolver uma consciência ambiental. Entender que existe uma ligação em tudo.
Compreender que, por exemplo: antes da água sair pela torneira, ela brotou em uma nascente; antes dos vegetais chegarem ao nosso prato, eles foram plantados no campo; antes dos hambúrgueres chegarem aos sanduíches, eles eram bois e vacas que pastavam onde antes, existia uma floresta, que foi derrubada e/ou queimada, e que alguém ganhou muito dinheiro com isso.
Os mestres taoístas ensinam a viver a vida com mais clareza e consciência, acreditando naquilo que está vivendo, conforme seus princípios. Sendo sincero e verdadeiro consigo mesmo, com o destino (do qual não consegue escapar) e com o mundo em torno de si.
Enfim, que possamos aprender a respeitar aos seres do reino mineral, vegetal e animal como membros da grande família universal.
Aprender a valorizar, a agradecer e a cuidar da Mãe Terra, da Pachamama, que de graça, nos dá o essencial para viver, com seu amor incondicional.
Iris R. Fernandes Poffo (bióloga e terapeuta).
Texto inspirado pela Irmandade do Planeta Terra. Um grupo de espíritos iluminados representando, entre outros, celtas, essênios, franciscanos, hindus, taoístas, indígenas das américas, e aos Guardiões dos Andes.
SP. 22 de abril de 2020 – Dia do Planeta Terra.
Texto Revisado
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Conteúdo desenvolvido por: Íris Regina Fernandes Poffo Bióloga, espiritualista, terapeuta holística e escritora. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |