Quem Sou Eu



Autor Regina Ramos
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 9/6/2011 11:34:32 AM
Eu sou o que vem a mim.
Tudo o que me acontece é o reflexo do que mando para o universo.
Um dos caminhos para o autoconhecimento é justamente esse: prestar atenção ao que o universo está nos dando. O que nos vêm, reflete quem somos. Portanto, se você quiser a resposta para “Quem sou eu?”, basta olhar em torno: o universo está sempre enviando a resposta.
“Tudo em sua vida tem a frequência específica de quem você é.” (Ramtha)
Eu sou os amigos que tenho, a profissão que exerço, os ambientes que frequento, os livros que leio, as roupas que uso, os lazeres que cultivo, as atitudes que tenho frente às situações da vida, eu sou o que dou e o que recebo, eu sou as minhas escolhas.
O Budismo nos ensina: “Não há inseparabilidade entre o ser e seu ambiente.” Tudo o que compõe o ambiente de uma pessoa reflete quem ela é. Simples assim. Às vezes me pergunto como nos deixamos enganar por alguém. Hoje sei que o engano vem da nossa falta de atenção, pois os indícios sempre estão lá, em evidência!
Em se tratando do amor romântico, dizemos que ele é cego porque justamente vem envolto numa névoa que turva nossa atenção. Na verdade, quando o outro nos decepciona, não deveríamos acusá-lo por nos ter enganado, pois a falta foi nossa! Falhamos em não ler alguns indícios, ou em não ter valorizado esses sinais.
A máxima é antiga, contudo não há outra mais moderna para expressar uma verdade atemporal: “Cada um colhe o que planta.” Somente volta para mim o que eu mesma plantei. E é esse retorno que me ensina quem sou. Se o que estou colhendo não me faz feliz, tenho que mudar o plantio. Todavia, é preciso humildade e autoconhecimento para fazer essa leitura. Aí está para muitos o entrave. Ao invés de se autoanalisar, a pessoa se coloca como vítima. A vítima não consegue fazer relação entre suas atitudes, seu modo de ser e de viver, com o que lhe acontece de ruim. No entanto, se for algo bom que lhe suceda, ela logo afirma: “Eu mereço!”
Dona Beatriz, uma senhora de setenta e cinco agrega pessoas à sua volta, sempre. Os filhos, noras, netos, sobrinhos, amigos, enfim todos a procuram em busca de conselhos, de sua sabedoria de pessoa mais velha. Ela é querida e respeitada. Desconhece a solidão, pois ou está em companhia desses entes queridos, ou está em companhia de seus livros e de seus afazeres que lhe preenchem o tempo prazerosamente. Não é procurada apenas como conselheira; é procurada também por contar histórias de seu tempo, porém mantém-se bem informada em relação ao agora. Conversar com ela é agradável, divertido e proveitoso porque ela nos transmite aquela confiança própria de quem já viveu mais e assim nos incentiva a avançar sem medo. Ela diz que a vida é soberana, que somente poderá nos acontecer o que tiver no nosso destino.
Dona Katarina, setenta e dois anos, ao contrário, vive só. Literalmente só. Até os mais próximos evitam-na. Estar com ela é ouvir lamúrias de toda sorte. Preconceituosa, rabugenta, mal-humorada e vivendo do passado, ela segue infeliz maldizendo a vida que a maltrata, que é injusta! Não soube viver, então não sabe envelhecer.
Cada uma recebe de volta o que deu para o universo. Beatriz cultivou amor e continua cultivando, então o amor volta para ela em muitas formas. Katarina não ficou rabugenta por causa da idade, sempre foi. A idade apenas aguça as nossas virtudes e nossas fraquezas, ou deficiências morais. O universo lhe devolve em solidão toda a rabugice e atitudes preconceituosas que ela carregou a vida toda.
Quem sou eu?
A resposta quem dá é a vida. Ela diz a todo instante quem somos, ou como estamos, por meio do que estamos colhendo.
Assim como é dentro, é fora. Sempre. De dentro para fora, jamais de fora para dentro. O fora é o reflexo do que é criado no interior de cada um.









Professora de Português, Francês, História da Educação e Filosofia da Educação. Orientadora Educacional e Consultora Pedagógica. Palestrante. Taróloga. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |