REESTUDANDO O EVANGELHO 19



Autor Dante Bolivar Rigon
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 30/10/2012 19:51:00
DAI DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBESTES
1) Restituí a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai de graça o que de graça recebestes.
Outra vez a dificuldade de situarmos Jesus quando pronunciou essa sentença. Possivelmente deve ter falado aos seus seguidores que levariam a mensagem evangélica após a sua morte. Como sabemos, sendo bastante brutalizados, seus discípulos na verdade não entenderam a grande proposta do Mestre, e por isso seria necessário que recebessem assistência espiritual permanente. A primeira experiência aconteceu logo após a sua morte quando se reuniram em assembléia e praticamente todos eles foram mediunizados, e ao que parece pelo processo conhecido nos meios espíritas como possessão ou incorporação total aos moldes dos usados nas casas de magia mediúnicas. As entidades além de conhecerem com profundidade as leis que deveriam desenvolver, comunicavam-se em todas as línguas conhecidas. Esta primeira experiência foi denominada pelos cristãos de Pentecostes. A advertência de Jesus foi a de seus seguidores terem ciência de que não eram eles que praticavam os atos denominados na época de milagrosos, mas as entidades mágicas que os incorporavam e esclareciam o povo sobre os evangelhos e repetiam seus feitos transcendentais. Essa advertência venceu os tempos, e ainda é tão importante hoje como na época, pois hoje, em muito mais quantidade que antes, os médiuns estão aptos a continuar o trabalho iniciado por ele.
De acordo com o que foi estudado no capítulo anterior há muito mais médiuns desenvolvendo suas atividades medianímicas comercialmente que os seguidores das advertências de Jesus. São irmãozinhos totalmente distanciados das verdades da Vida e mancomunados com entidades também despreparadas. Dificilmente esses médiuns adentrariam programas de altos valores sociais como curar, encaminhar espíritos e esclarecer pessoas levando-lhes o Evangelho consolador, a palavra amiga, o conforto espiritual, pois simplesmente desconhecem as realizações nobres e edificantes que os beneficiariam não momentânea e ilusoriamente, mas em caráter duradouro e para todo o sempre.
2) Ele disse em seguida aos seus discípulos, na presença de todo o povo que o escutava: Guardai-vos dos escribas que ostentam passeando com longas túnicas, que gostam de ser saudados nas praças públicas, de ocupar as primeiras cadeiras nas sinagogas e os primeiros lugares nas festas; que, sob pretexto de longas preces, devoram as casas das viúvas. Essas pessoas receberão por isso uma condenação mais rigorosa.
Aí está outra colocação, pois Jesus sempre condenou as preces pagas e a ostentação dos que usam a religião para proveito próprio. Hoje, muito mais que na época da barbárie e da ignorância em que viveu Jesus existem milhares de pessoas que se autointitulam seus emissários e enganam-se e ao o povo despreparado com arengas e discursos de toda ordem, e sob pretexto de longas preces devoram, não só as casas das viúvas, mas de todos os que de uma ou outra sorte lhes caiem nas mãos desatentas. Basta prestar a atenção, analisar os ensinamentos evangélicos disponíveis e compará-los com tais argumentações para ver a insensatez desses irmãozinhos desinformados que na loucura de angariarem lucros fáceis usando o nome do próprio Deus, solapam suas vítimas desvirtuando os ensinamentos de Jesus, fazendo que famílias e sociedades se desestruturem irremediavelmente provocando o caos social em que hoje vivemos mergulhados. Não fossem os maus políticos e os maus religiosos, não haveria tantos crimes, tantos jovens delinquentes, tanto vício, tanta desgraça. E esses filhos das ilusões, inconscientes de seus desatinos contra a humanidade continuam livres a berrarem de seus púlpitos as mais inconsequentes promessas em troca de contribuições financeiras para seus bolsos já recheados. Pobres infelizes que quando menos esperaram estarão no plano espiritual ante o tribunal de suas consciências ultrajadas a chorarem seus feitos malsãos.
Jesus anota condenação mais rigorosa a esses religiosos pela responsabilidade assumida. Ao se colocarem disponíveis para falar em nome de Deus, como se isso fosse possível, arregimentam espíritos infantis necessitados de arrimo, compreensão e apoio, incutindo-lhes inverdades ao invés de conduzi-los seguramente de acordo com os ensinamentos emanados pela Vida e confirmados por Jesus. Ainda dócil e confiante, o espírito aluno encarnado deixa-se conduzir gravando indelevelmente em sua mente aberta como verdade incontestável toda e qualquer proposição que lhes façam, principalmente se em nome de Deus, Ente máximo que foge mesmo de seu entendimento. Muito caro já pagam os detratores de ontem ao habitarem hoje os bolsões de miséria por si diligentemente construídos, assim como pagarão cada desserviço à moderna sociedade os que ainda teimam em desfocar tão delicado farol com o fito de angariar facilidades materiais.
Continua na próxima semana
Para rever as páginas anteriores acessar
https://www.somostodosum.com.br/clube/artigosl.asp?id=2752002









Conteúdo desenvolvido pelo Autor Dante Bolivar Rigon Visite o Site do autor e leia mais artigos.. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |