REESTUDANDO O EVANGELHO 2



Autor Dante Bolivar Rigon
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 26/06/2012 18:20:29
EU NÃO VIM DESTRUIR A LEI
Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; eu não vim destruí-los mas dar-lhes cumprimento; porque eu vos digo em verdade que o Céu e a Terra não passarão antes que tudo o que está na lei seja cumprido perfeitamente, até um único jota e um só ponto.
Como já foi comentado anteriormente, Jesus foi um marco importante no destino da humanidade pois levantou o véu e trouxe à luz parte das verdades condizentes com o aprendizado do homem nessa nova fase que se inaugurava. As idéias antagônicas e diametralmente opostas às pregadas pela religião hebraica punham os judeus em dúvida se Jesus era ou não o messias esperado, pois seria inconcebível que após quatro milênios um filho de Israel contestasse não só os valores religiosos tão bem guardados como o próprio deus adorado e temido por tantas gerações.
Ele foi radical e contundente quando ao expor suas idéias era admoestado pelos seguidores da doutrina hebraica, principalmente os fariseus. Ao olho por olho, dente por dente, Jesus contradizia: perdoar sempre, nunca revidar. Quando Jeová mandava guardar o sábado, Jesus trabalhava mais nesse dia. Ao comando religioso de lavar as mãos para comer, Jesus retrucava que não era o que entrava pela boca que contaminava o homem mas o que saía dela. Os próprios mandamentos, aliás uma bela carta constituinte, não deixou de ser particular e privativa, embora seja aceita até hoje por muitos povos cristãos.
Basta analisarmos os mandamentos judaicos para vermos se sua procedência é do Deus eterno, onipotente, onipresente, perfeito, imutável e gestor de todo o Universo, ou de um deus menor, parcial e preocupado apenas com seu povo. Senão vejamos: o primeiro mandamento reza: Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis outros deuses estrangeiros. Não fareis imagem talhada, nem nenhuma figura de tudo o que está no alto no Céu e embaixo na Terra, nem de tudo o que está nas águas sob a terra. Não os adorareis, nem lhes rendereis culto soberano. Em seguida fala: não tomeis em vão o meu nome. A terceira ordem foi: santificai o sábado como dia consagrado a mim.
Os outros mandamentos estão de uma ou outra forma embutidos em todos os códigos civis jurídicos e religiosos dos povos anteriores ou posteriores a Moisés, especialmente da antiga Índia, Babilônia e Egito, culturas essas assimiladas por ele.
Jesus não veio destruir as leis que regem a vida do homem na terra em toda a sua extensão. É importante entendermos que as propostas de Jesus estão permanentemente sendo executadas e aperfeiçoadas de acordo com o amadurecimento dos povos, seja no campo científico, jurídico, social, político ou mesmo religioso. As falanges espirituais responsáveis executam essas medidas, inclusive promovendo encarnações de mentes superiores para estimular, corrigir, coordenar e aperfeiçoar todos os segmentos da Vida no planeta. É aí que Jesus está fazendo seu trabalho. As revelações espirituais religiosas ou proféticas são estímulos necessários para que o indivíduo não esqueça a parcela de responsabilidade que lhe cabe, sugerindo mesmo que se porte dentro dessas diretivas a fim de continuar sua evolução sem a necessidade de sofrimentos desnecessários infringidos por si mesmo pelo não cumprimento das normas estabelecidas pela Vida. Há um programa a ser cumprido pela humanidade o qual será concluído em sua totalidade independendo da vontade do aluno em exercício ou do tempo necessário para a conclusão.
Quando Jesus nasceu, as leis inclusive as religiões, com raríssimas exceções, eram voltadas para o período que se extinguia, ou como explicam os espíritos, ao jardim da infância espiritual. Nessa comparação o espírito havia nascido, isto é, conquistado o livre-arbítrio, dado os primeiros passos, conhecido seus familiares, aprendido a falar, vivido coletivamente, e agora estava capacitado para adentrar o curso primário. Portanto, já havia palmilhado diversos programas evolutivos e estava apto para esse novo aprendizado. Por isso todas as religiões do planeta haviam predito o nascimento de Jesus com tanta antecedência, pois previam esse novo estágio. Os tibetanos diziam: Será o deus-homem, viverá entre os homens mas não será conhecido. Na Índia seu nascimento foi anotado mais ou menos onde ocorreu. Na Pérsia, os sacerdotes e magos foram avisados: Quando virdes a estrela, tomai-a por guia e ela vos conduzirá até onde o Redentor nasceu. Em Alexandria, no Egito, havia templos herméticos cujo altar era um monólito brilhante. Esses templos eram dedicados ao Deus desconhecido, e aguardavam o enviado dele pesquisando os céus em busca da estrela indicativa. O mesmo aconteceu também na Caldéia. Também no Egito, nos templos de Óris e Osíris era anunciada a vinda de Osíris, que nasceria de uma virgem. Na Grécia Platão anotou: Virtuoso até a morte, Ele passará por injusto e perverso, e como tal será flagelado, atormentado, e por fim posto na cruz. A sibila Prisca profetizou: Vejo o Filho de Deus vindo do Olimpo entre os braços de uma virgem hebréia que lhe oferece o seio puro.
As profecias sempre existiram em todas as fases da humanidade. Esta que estamos vivendo a qual encerra a primeira parte do programa em curso, foi prevista a muitos séculos de antecedência. O que acontece agora é uma espécie de adaptação do aluno-espírito aos novos valores curriculares. O período ora em transição, na verdade iniciou-se no século dezenove com a tomada do desenvolvimento científico e tecnológico e a apresentação das Leis gerais de comportamento trazidas pelos espíritos e codificadas por Kardec. Se analisarmos a evolução humana nestes últimos dois mil anos, veremos ser lenta e contínua, desaguando numa espécie de ebulição descontrolada no século dezenove. Hoje, no início do século vinte e um, podemos sentir o avanço espetacular nesse período, não apenas no tocante à ciência, mas também à moral, ao respeito, e à integração dos povos. De agora em diante, justamente devido à globalização não será mais possível à população mundial continuar sua caminhada sem inteirar-se dos ensinamentos ditados por Sócrates, aperfeiçoados por Jesus e complementados pelos espíritos. Esses ensinamentos não são só necessários para o homem moderno, mas imprescindíveis para a manutenção da estabilidade social do planeta. Ao afirmar que toda a Lei e os profetas serão cumpridas integralmente, é bem provável que nada aconteça de fantástico por agora a não ser a continuidade das comoções sociais previstas, pois ainda não foram concluídas as determinações previstas para este estágio e o espírito-aluno está apenas adaptando-se pela força das circunstâncias à nova fase iniciada, a mais importante deste ciclo evolutivo.
Continua na próxima semana como o próximo capítulo.
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