REESTUDANDO O EVANGELHO



Autor Dante Bolivar Rigon
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 19/06/2012 18:06:50
1 REESTUDANDO O EVANGELHO
Os amigos que têm apreciado nosso trabalho no STUM devem ter notado que apesar de perseguirmos assuntos subjetivos, espirituais e de aplicação necessária para o nosso aperfeiçoamento, não lançamos mão de enunciados religiosos sejam quais forem a não ser informações oriundas do plano espiritual sobre a mecânica da Vida e sua potencialidade. Nossa tendência didática é o caminho da humanidade em sua evolução rumo ao futuro, a Natureza, a Vida. Certamente apoiamo-nos em informações oriundas do plano espiritual, mas não vemos isso como religião porque as assimilamos da mesma forma que foram assimilados os ensinamentos técnicos e curriculares e continuamos a assimilar os conhecimentos modernos seja eles sobre quaisquer assuntos que nos chame a atenção, pois acreditamos na evolução do espírito na jornada humana aprendendo e evoluindo.
Um dos ensinamentos que mais nos tem chamado a atenção são os trazidos pelo imortal filósofo da antiguidade, Sócrates, retocados por Jesus de Nazaré quinhentos anos depois, e posteriormente, no século dezenove, na arrancada da industrialização em massa atualizada pelo Espírito da Verdade através de Allan Kardec e sua equipe de médiuns internacionais.
E justamente sobre esses ensinamentos gostaríamos de raciocinar junto com nossos leitores as propostas trazidas por essas mentes luzeiras.
Vamos iniciar nosso estudo a partir de Jesus, analisando inicialmente um confronto com a autoridade máxima de Roma em Jerusalém, onde notaremos a desinformação que vivia aquele povo, inclusive nas classes mais abastadas e dominantes.
MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO
Pilatos tornando a entrar no palácio e tendo feito vir Jesus, lhe disse:
- Sois o Rei dos Judeus?
Jesus lhe respondeu:
- Meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, minhas gentes teriam combatido para me impedir de cair nas mãos dos judeus; mas meu reino não é daqui.
Pilatos então lhe disse:
- Sois pois rei?
Jesus lhe replicou:
- Vós o dissestes; eu sou rei mas não nasci nem vim a este mundo senão para testemunhar a verdade. Qualquer um que busca a verdade escuta minha voz.
- Pilatos fez essa pergunta a Jesus porque ele estava sendo acusado pelos principais sacerdotes judeus de revolucionário com pretensões de provocar um levante popular, tomar o trono de Israel e expulsar os invasores romanos.
Naquela semana que Jesus veio a Jerusalém, Barrabás havia sido detido por incitar um levante popular e tentar atacar o palácio governamental, sendo vencidos pelo batalhão romano encarregado da segurança do governo local. Os judeus estavam em pé de guerra e os sacerdotes temerosos de represálias aproveitaram a oportunidade para entregar Jesus como líder dessa revolta, pois havia sido comentado que mais de uma vez Barrabás tentara contatar com ele afim de convencê-lo a assumir a liderança revolucionária pois via-o um líder nato que dominava as multidões, e sua palavra seria o suficiente para que muitos se armassem e aderissem ao movimento. A revolução estava estruturada de tal ordem, que até os apóstolos de Jesus andavam com suas espadas escondidas nas vestes. A sua resposta confirmando ser rei mas seu reino não pertencer a este mundo pois se assim fosse suas gentes impediriam que caísse nas mãos dos judeus foi clara e objetiva, demonstrando inequivocamente que nada tinha a ver com Barrabás e sua total despreocupação com os assuntos materiais, embora tivesse à sua disposição, se quisesse, poderes para tal.
Tanto ao povo como aos governantes era difícil, mesmo impossível entender a proposta dele em toda a profundidade, pois Jesus veio à Terra com a missão de trazer as normas traçadas para a continuidade do programa curricular do espírito-aluno aqui domiciliado. Suas idéias eram modernas, renovadoras e arejadas, pois uma etapa importante estava sendo vencida na evolução dos terráqueos o que determinou a oferta de material curricular mais complexo ao espírito infantil que crescia e se capacitava a novos avanços.
A preocupação inicial de Jesus foi transmitir aos alunos da Vida a idéia de serem espíritos imortais, gerados por Deus, simples e ignorantes, mas submissos a um planejamento sideral que gradualmente proporcionaria novos e contínuos avanços de acordo com o aproveitamento individual nas diversas experiências propostas. Na sequência, a maneira com que os alunos deveriam desenvolver e aplicar os ensinamentos recebidos, pois dependeria de cada um assimilá-los e praticá-los a fim de chegar mais rapidamente ao término do curso ora implantado para esse novo estágio evolutivo.
Ainda desconhecedores dessa nova premissa os alunos não tinham idéia de como seria o currículo tão pouco o período de tempo que levaria para concluí-lo.
O verdadeiro reino de Jesus é justamente o escolar para o qual conta com milhares de professores nos mais variados graus do conhecimento subornados à sua liderança. Jesus "abriu" milhares de escolas primárias em todo o planeta, permitindo que o espírito-aluno ingresse nos cursos curriculares de acordo com a sua capacitação individual.
Como tudo na vida, o espírito-aluno cresce e capacita-se para novos valores. Comparando a grosso modo a vida curricular do espírito-aluno com a do menino-aluno, a maioria cresce e cursa todos os anos letivos primários, capacitando-se para adentrar o secundário. O que está acontecendo é a adaptação desse novo período curricular nas diversas escolas do espírito que conseguiram com êxito aprovar seus alunos. Estão se adaptando para o estágio seguinte, ou seja, o curso secundário espiritual.
A partir de agora a humanidade sentirá o Evangelho com melhor discernimento, exercitando sua aplicação cada vez com mais maturidade, progredindo magistralmente até ao final do período previsto. Centenas de espíritos professores cientistas, filósofos, sociólogos, políticos, administradores, etc., chegam à Terra maciçamente em substituição a outros que continuarão a desenvolver suas aptidões em outras orbes planetárias.
Observação: Não podemos nos expandir mais devido ao número de caracteres permitido.
Continua na próxima semana com o capítulo "Eu não vim destruir a Lei"









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