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Reflexões Fundamentais

Atualizado dia 24/04/2013 10:56:51 em Espiritualidade
por Marcos Spagnuolo Souza


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Primeira Reflexão: houve uma queda ou saída do reino divino pelas consciências que se maravilharam com suas próprias criações elaborando o reino do espaço/tempo/forma. Essas consciências passaram a vivenciar o produto de suas elaborações que é justamente todo o universo material. Consciências criadas pelo Supremo que abandonaram a estrutura da singularidade criando os seus mundos e nesse ato de criação transmitiram inconscientemente para as formas o “nous” que é a centelha divina no interior de toda matéria inserida no espaço/tempo.

Segunda Reflexão: nas criações materiais elaboradas pelos demiurgos (anjos caídos) desenvolveram o ego que é um núcleo genético que acumula todas as informações do processo material contribuindo para as constantes manifestações do mundo finito.

Terceira Reflexão: em todo ser; macrocosmo, mesocosmo e microcosmo; existe a partícula divina (nous) em potência e o ego em atividade. O ego é representado pela água e “nous” pelo fogo. O ego é o gene do mundo material e o “nous” do mundo espiritual.

Quarta Reflexão: a morte do corpo físico provoca a transmigração do ego para as mais variadas formas materiais e quanto maior o regresso do ego ao mundo das formas grosseiras maior é o seu nublamento, mergulhando cada vez mais na negritude do mundo caótico da matéria.

Quinta Reflexão: devido às constantes transmigrações do ego buscando desesperadamente uma forma corporal para se manifestar no mundo, maior é a profundidade do abismo que penetra impossibilitando definitivamente o emergir do “nous” ocasionando o aniquilamento ou morte do “nous” pelo Supremo. Esta morte do “nous” também pode ser considerada a absorção do “nous” pela luminosidade divina, onde o nous perde sua consciência em potência, submergindo na luz divina, deixa de ser consciência para ser luz do campo luminoso de Deus.

Sexta Reflexão: no mundo material o ego desenvolve ações no modo da bondade, da paixão e da ignorância. Todas as três atividades são egóticas e restritas ao mundo material, assim sendo, as ações no modo da bondade também levam a constante transmigração do ego. Não podemos confundir atividade no nível da bondade com espiritualidade.

Sétima Reflexão: quando o ego, através da sua racionalidade desenvolvida e utilizando a lógica dedutiva/indutiva compreende que sua estrutura é totalmente antinatural busca o niilismo através do “kaniKase” espiritual onde podemos traduzir como sendo o “transformar-se em vento para voltar-se a sua origem” ou seja ao demiurgo (kami significa deus e Kaze significa vento).

Oitava Reflexão: a total passividade do ego possibilita a germinação da semente divina e transmutação do corpo grosseiro em corpo de luz e consequentemente o nascimento do Sagrado Anjo Guardião, que é denominado Filho do Homem para distinguir dos Filhos de Deus que sempre estiveram no universo da singularidade em amor plena por Bhagavan. O Sagrado Anjo Guardião nasce no interior do corpo humano que lhe serve de matriz, ou germina nas cinzas do ego.

Nona Reflexão: o “nous” é constituído de uma energia imaterial de extrema suavidade podendo ser dispersa por qualquer movimento no nível da materialidade, assim sendo, é indispensável o afastamento completo do mundo e recolhimento ao universo divino. A sinergia existente entre “nous” e a luz eterna provoca no “nous” o deleite e a doçura da paz profunda.

Décima Reflexão: os Sagrados Anjos Guardiões não penetram no universo da singularidade, pois não possuem acesso às vibrações de extrema sutileza do referido campo. As “portas” do universo da singularidade são fechadas para os filhos dos homens.

Décima Primeira Reflexão: A confraria dos Sagrados Anjos Guardiães forma a Cidade Celeste que é um campo de força (fogo) responsável pela ativação dos “nous” que estão em potencia na materialidade. A cidade celeste e os Sagrados Anjos Guardiães estão situados em um plano marginal, isto é, em um plano entre o mundo da singularidade e o mundo material, participando do mundo material e transmutando energias específicas do reino divino para o reino das trevas.

Décima Segunda Reflexão: O universo material não é natural e por não ser natural não possui uma duração infinita, sendo decomposto pela energia eterna do plano da singularidade. Todo o universo material dura um período específico, as galáxias são destruídas em tempos menores, os sistemas solares possuem permanência de alguns milhares de anos e os corpos dos seres vivos existem apenas por alguns breves momentos.

Décima Terceira Reflexão: depois da destruição total do plano material inicia o aniquilamento dos planos: etéreo, astral e mental. Apesar do aniquilamento total da materialidade os demiurgos o recria novamente iniciando novamente o girar da roda.

Décima Quarta Reflexão: a cruz pode girar da direita para a esquerda recriando o mundo material gerando a bondade, paixão e ignorância ou a cruz pode girar da esquerda para direita significando o afastamento do mundo resultando o renascimento do Sagrado Anjo Guardião, desenvolvendo o prema (amor infinito) por Deus.

Texto revisado
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