Se o futuro não existe qual o objectivo de consultar o tarot?
Autor Maria Zenit - Caminhando Caminho
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 11/08/2017 13:37:42
Existe uma grande discussão entre esotérios, ocultistas, oraculistas, tarólogos, hermetistas, e toda a equipe da espiritualidade sobre a velha questão «é possível prever o futuro?» Por um lado encontramos uns senhores da razão que afirmam não só que ocultistas, hermetistas e verdadeiros esotéricos sabem que o futuro não existe e que por isso é impossível prevê-lo e que não se ficam por aqui, apelidam todos os que dizem ler o futuro de desonestos, incompetentes, ignorantes e pouco evoluídos. Por outro lado encontramos a experiência insofismável de cada um de nós: «eu fui aqui ou acolá e aconteceu exactamente o que a pessoa disse que iria acontecer». Não venham aqui os defensores da tese precedente afirmar que tudo foi condicionado pela leitura prévia ou pelo acaso. Pois o hermetista sabe que o acaso é só uma lei ainda não desvendada. Também temos os próprios profissionais honestos, estudiosos, dedicados e que sabem que sim, que disseram que ocorreria x ou y e aconteceu, e que têm experiências diárias neste sentido. Quem está certo? Ambos e nenhum. Todo o que desconsiderar o outro pela soberba estará profundamente errado. Ninguém pode aceder a altas vibrações se vibrar de forma densa. Em primeiro lugar não faz sentido dizer que é impossível prever futuro, que futuro não existe e na mesma consulta afirmar ao consulente: «esqueça esta relação, nunca vai dar certo; esqueça essa ideia de casamento pois é impossivel; o seu marido não vai voltar». Impossível, não vai dar certo, nunca, não vai voltar, são conceitos que se aplicam para futuro. Senão eu tenho de dizer hoje não é possível, hoje o seu marido não volta, hoje o seu casamento está em crise e é grave. Se há algo que devemos prezar é a coerência. Não adianta ser purista, repetindo certezas, e trabalhar com incongruência. Por outro lado, nunca acredite que lê o futuro, não desconsidere que nenhum livro da vida está escrito em todas as linhas e pormenores. Nunca desconsidere a essência humana do livro arbítrio, o seu, o do consulente e o dos envolvidos directa ou indirectamente na questão que coloca. E não desconsidere as energias, tudo está em evolução, o todo é mental este planeta vibra, tudo tem polaridades, vibração, intensidade, género e tudo obedece à lei da causa e efeito. Parece confuso? Há uma velha máxima de inteligência indiana que nos diz que quando se espreita o futuro ele muda. Que verdade residirá aqui? Existe um registo akáshico e nesse registo estão guardadas todas as informações do espírito, em todas as dimensões, em todas as eras e vidas e o registo do próprio dna. Informações essas que condicionam o continuum num tempo linear ou não. Como consultar um tarólogo se ele diz que o futuro não existe? O Tarot como qualquer oráculo lê as energias e potencialidades e obstáculos presentes. A grande riqueza do tarot consiste na orientação, é o conhecimento da sua vida, no mais visível e no mais oculto de si próprio, naquela dimensão a que não consegue aceder. Mergulhando na sua sabedoria descobre as chaves para abrir as portas com que se confronta, pois tarot é só vida à espera que a encontre. Ao procurar o Tarot podemos vir com uma urgência de futuro, mas o que fazemos é perceber o momento presente, perceber o porquê do momento presente. E sim, o Tarot mostra claramente qual a tendência de futuro. Mas afinal o futuro lê-se ou não? Lê-se a consequência lógica do momento presente, sempre sem esquecer que não se pode controlar todas as energias ou o livre arbítrio do outro e do próprio consulente. Tarot não é leitura de catástrofe futura, não é vaticínio, não é leitura de livro de destino. Tarot é compreender o seu momento presente, mergulhar na linguagem dos arquétipos e sabendo o arquétipo do momento é dedutível o momento subsequente. É uma fraude? Não. Mas como em todas as áreas há quem cometa muitos erros, quem seja muito irresponsável e quem esteja a fazer uma leitura para se ouvir falar a si próprio sobre os seus achismos. Afinal as pessoas adoram opinar sobre a vida dos outros. Só a vibração energética, o próprio poder imantado, e o todo mental podem justificar que numa leitura de Tarot saia uma lâmina e não outra numa leitura. E se o Tarot não for achismo, mas estiver de facto perante um tarólogo que estudou, que está com seriedade no momento, é a carta, o saber, o símbolo, os estudos e também a intuição mas já balizada no saber que determinam a leitura. Só assim não está perante a opinião do tarólogo. Aceitando a energia envolvida e sabendo ler, conhecemos o momento presente e logicamente, reafirmo, logicamente sabemos qual é a tendência para o momento futuro. É como uma estrada, se segue por ela naturalmente vai chegar ao ponto a que ela conduz, salvo imponderáveis dos outros, do universo ou seus. Quem lê futuro lê a lógica deste alfabeto de conhecimento. Se eu lhe der as letras agrupadas «carr» sabe que a letra seguinte é «o», certo? Mas será esta a riqueza do tarot? Se quero ir ao tarólogo saber se estou grávida, é melhor ir a uma farmácia fazer um teste. A grande força do tarot está em dizer-lhe que este caminho, salvo imponderáveis, conduz àquele desfecho. Mas se esse desfecho não é o resultado que pretende então só tem de fazer uma coisa: dentro do que lhe é possível, sem que seja necessário que ninguém lhe venda o milagre que pode fazer. Se vibra num arquétipo «x» e isso o conduz à consequência «y», se vibrando no arquétipo «a» quem interage consigo reage como arquétipo «b» é aqui que o Tarólogo o pode ajudar a abir a chave que pode mudar aquela tendência de resultado. Primeiro, se for um bom tarólogo vai identificar o arquétipo vibrante presente em cada área da sua vida convocada na consulta. E repare é uma pessoa no trabalho, uma pessoa com os seus filhos, uma pessoa com o seu companheiro, outra com desconhecidos. Assim como reagimos de modo diferente em cada área da nossa vida, assim vibramos também num arquétipo diferente. E a magia do Tarot não está no irracional colectivo, nos maluquinhos que agora acreditam em tudo. A magia do tarot está na inteligência da quantica. Se somar 1+3 vai obter 4. Se quiser obter 5 mas não puder mudar o 3 o que tem a fazer é substituir o 1 por um 2. Mais simples ainda: se a riqueza da vida é reconduzida a arquétipos, como demonstrou Jung, se identificamos o arquétipo (mais uma vez se não estivermos perante o tarólogo do achismo ou do algo baixou em mim) sabemos que conduz logicamente ao arquétipo consequência. Nunca poderá controlar todos os factores, mas pode ser aconselhado a comportar-se, a adoptar o comportamento, a viver o tarot sendo o arquétipo que logicamente o levará ao arquétipo consequência que pretende ou que lhe permitirá evitar uma determinada consequência. Tarot é também quântica, Tarot é sabedoria lógica e mágica nunca completamente desvendada. A mesma lógica, a mesma mágica e alquimia que lhe diz que se colocar água ao lume ela ferve e evapora. Todos os dias faz esta magia, esta alquimia, todos os dias manipula energias. Ainda acha que mago ou bruxo é só quem lê cartas ou que isso é coisa má? Então bem-vindo, desde o berço que pratica magia. Pois já aí com o objectivo de ser alimentado ou pegado ao colo usava toda a sua energia para chorar e atingir um objectivo. Maria Pode encontrar-me aqui link
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Maria Zenit - Caminhando Caminho Taróloga, ministra cursos (online e presenciais) em tarot, baralho cigano e workshops sobre vários temas de espiritualidade. Consultas online e presenciais de Tarot e atendimento à distância de mesa radiónica. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
