Sem medo de ser feliz
Autor Aurora de Luz
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 1/28/2011 9:50:24 AM
O corpo físico filtra, e muito, as nossas emoções, sentimentos e até mesmo nossa capacidade de expressar a nossa inteligência. Em suma o corpo físico filtra e retém demais as reais dimensões das expressões de nosso espírito. Tenho conseguido perceber, e bem, isso.
O mais engraçado disso é que todas as pessoas desse mundo agem e pensam como se a verdadeira vida não fosse a vida espiritual, mas sim fosse a vida carnal. Como se o ápice das emoções da alma fossem encontradas dentro do invólucro da carne. Qual o quê! Estão tão enganados como uma criança ingênua.
Sei muito bem que argumentariam que não tem como saber que há muito mais nos recônditos de nossa alma que nossa vã consciência imagina. Há muito mais vida fora da vida que dentro dela, já diziam os nossos benfeitores espirituais na aurora do Espiritismo.
O afã da humanidade por gozar a vida, experimentar grandes emoções, supostos grandes amores que não passam de distúrbio psicológico de uma alma sedenta de si mesma, de descobrir-se. Buscam no exterior aquilo que não ousam buscar dentro de si, respostas. Respostas essas que jamais acharão no mundo externo, pois elas se encontram no interior de sua alma, de si, lá no fundo debaixo da casca mundana que cobre o espírito.
Casca essa que foi acumulada ano após ano de erros e culpas que impede que encontremos a nós mesmos e a verdadeira vida, o verdadeiro amor, as emoções realmente fortes, o viver e gozar a vida realmente.
Sem medo de ser feliz, sem medo de errar até acertar. Sem medo de viver as fortes emoções sem o filtro que o corpo naturalmente nos impõe, que nossa casca de erros seculares nos impõe e nos obriga a encaramos para que possamos chegar até nós. Para enfim, depois de nos vermos livres dos erros seculares podemos encarar frente a frente nós mesmos, olharmos para frente, para o infinito e ir além, sem medo.
Sem medo de deixar o corpo à noite descansando e sair pelo espaço. Alguém por acaso tem idéia do que seja a sensação da consciência livre vagando na velocidade do pensamento pelo espaço afora, livre para contemplar as belezas naturais do Universo? A sensação que é chegar perto das grandes almas cheias de luz? De sentir o amor verdadeiro? Impossível descrever tais sensações.
Mas eu me pergunto. Quando foi que passamos a valorizar mais a casca e ao suposto gozar da vida terrena em detrimento disso tudo? Em que ponto foi que esquecemos nossas raízes espirituais? Em que esquecemos de nós mesmos para vivermos na superfície do nosso eu?
Eu digo que é possível sim, viver uma agitada vida dita "normal" nos padrões da atualidade e ainda libertar o espírito para as verdadeiras emoções da vida, apenas se aprofundando no interior de si mesmo e trabalhando para se livrar da grossa camada de erros a que todos estamos sujeitos. E aí sim, estaremos livres para gozar de verdade a vida, a verdadeira vida, a vida espiritual, mesmo estando ainda na carne.
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