Senhores do destino
Atualizado dia 12/09/2015 12:11:04 em Espiritualidadepor Leandro José Severgnini
Os primeiros são a maioria, infelizmente! Estes vivem como autômatos, de forma mecanizada, às vezes se colocam abaixo do reino animal, pois que exploram a natureza a seu bel prazer para satisfação de seus interesses.
O segundo grupo, em número ínfimo, já está despertando para uma realidade transcendental. Estes não têm medo de pensar sobre a vida e a morte. Sabem que um dia partirão e que nada levarão além de sua bagagem moral. Vivem para a satisfação das necessidades básicas do corpo e devotam parte de seu tempo na busca do seu EU. Raramente têm inimigos, pois a compaixão e a igualdade já falam mais alto que o seu ego. Estes conseguem amar a natureza e sentem uma dor atroz ao ver a queda de uma única árvore ou animais sendo maltratados, pois têm consciência de que tudo o que vive é seu semelhante.
Os primeiros sequer têm noção de que para cada ação existe uma reação, logo, são controlados pela força natural das coisas e, quando a reação ocorre, dizem que estão sendo castigados pelo destino ou pelo seu Deus vingativo.
Já o segundo grupo procura viver uma relação de perfeito equilíbrio e harmonia com o Todo, incluindo outros humanos, animais, plantas e claro, o seu próprio EU! Estes não temem nenhum Deus que controla tudo de fora, pois sabem que a única Divindade que existe está vivendo em potencial dentro de si e tudo o que precisa fazer é despertá-la. Quando situações desagradáveis ocorrem, procuram manter a serenidade e observar o que podem aprender com isso, pois têm plena consciência de que esta pode ser a colheita de algo que ele mesmo plantou, portanto, não existe outro responsável. Ele cuida do que come, do que bebe, do que pensa e do que sente, pois sabe que se entrar em desequilíbrio o único prejudicado será ele mesmo.
Este segundo grupo, apesar de ser absoluta minoria, tende a crescer, pois a Lei da Evolução não falha e tudo o que hoje é inconsciência tende a transformar-se em consciência. Gandhi dizia que “quando um único homem chega à plenitude do amor, ele neutraliza o ódio de milhões”. Da mesma forma, entendo que quando um único ser expande a sua consciência, ele tem a capacidade de influenciar positivamente a consciência dos demais seres que o cercam.
Estes indivíduos são fiéis discípulos de Jesus, de Buda, de Krishna, Lao-Tsé e outros. Não são devotos no sentido de esperar que os mestres o concedam o milagre gratuitamente, mas são fiéis seguidores no sentido de seguir e praticar tudo o que seus mestres o ensinaram. Estes estão próximos do Divino, pois na verdade, estão próximos de si mesmo. Regem suas vidas com consciência e procuram manter a harmonia com o Todo, por isso, são senhores do seu próprio destino.
Texto Revisado
Avaliação: 5 | Votos: 6
Palestrante espiritualista e escritor. Autor dos livros intitulados "Dias de Luta, Dias de Glória", "Liberdade - Nada Menos Que Tudo" e "Em busca do infinito". E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |