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Será a adversidade uma bênção em nossa vida?

Atualizado dia 12/11/2009 11:52:49 em Espiritualidade
por Mirtes Carneiro


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Observamos, em nosso dia-a-dia, a busca das pessoas pela felicidade, bem-estar, qualidade de vida, sucesso, enfim, a busca pelo prazer. Imaginemos que esta busca seja simbolizada por um caminho, uma estrada, onde nós mesmos é que iremos traçar a rota para chegar ao objetivo final.
Se cabe a nós construir o próprio caminho, cabe a nós decidir o que vamos colocar nele, não é mesmo?
Não é assim quando decoramos nossa casa? Não escolhemos os móveis e objetos que nos atraem e nos agradam para colocar em nosso lar? Ou será que colocaríamos em nossa casa algo que não gostamos ou que não nos atrai?
Vamos refletir um pouco sobre isso.
Inúmeros livros de autoajuda sobre sucesso podem ser encontrados diariamente nas mais diversas livrarias, muito deles, a maioria deles, trazem apenas as estratégias favoráveis ao objetivo pretendido.
E alguns deles, estes eu considero mais completos, incluem também as pedras que podem e fatalmente vão aparecer ao longo do caminho.
Você colocaria pedras em seu caminho? Se sim, por que sim... e se não por que não?
Vamos começar a pensar a respeito das pedras, que podem ser o símbolo das adversidades que encontramos ao longo de nossa jornada.
O que são as pedras para você? Como você lida com as adversidades?
Podemos ilustrar com o poema abaixo algumas das formas de se usar a pedra em nossas vidas.

A PEDRA

O distraído nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a construiu,
o campônio, cansado da lida.
Dela fez assento,
para os meninos foi brinquedo,
Drummond a poetizou,
Davi matou Golias...
Por fim;
o artista concebeu a mais bela escultura.
Em todos os casos,
a diferença não era a pedra
mas o homem.

Autoria: Antonio Pereira (Apon)

Você acredita que a adversidade pode ser uma bênção?
Se você acredita, parabéns, pois você pode ser incluído em uma pequena parcela de pessoas que sabem tirar proveito da própria desgraça, do próprio fracasso, da própria queda, das pedras que aparecerem em seu caminho.
As pedras aparecerão, com certeza, a questão é: o que fazer com elas?

Blasfemar, culpar alguém por tê-las colocado ali, afastá-las, aproveitá-las para seu objetivo, enfim, são muitas as possibilidades...Aqui podemos conhecer nosso padrão de pensamento e comportamento frente as dificuldades da vida.
É claro que não vamos colocar móveis que não gostamos em nossa casa e pedras em nosso caminho para nos atrapalhar, se pudermos escolher, certo?

Mas e se não tivermos desenvolvido a noção de escolha, como vai ser isto? Posso escolher ou não?
Deliberada e conscientemente não vamos procurar pelas adversidades, mas podemos fazer este movimento de forma inconsciente. Talvez uma culpa nos leve a nos punirmos sem percebermos, e aí sim, nós mesmos vamos colocar pedras em nosso caminho de forma inconsciente.
Mas ainda assim, se temos a noção de escolha, vamos escolher o que fazer com a pedra.

Na década de 50, Abraham Maslow , psicólogo americano, estudou a auto-realização do ser humano através da análise dos valores e atitudes das pessoas consideradas saudáveis e criativas. "A auto-realização não é somente um estado final, mas também um processo de realização das próprias potencialidades em qualquer momento e em qualquer grau".
As pessoas que reagem bem às frustrações são mais autônomas; auto-suficientes; buscam a saúde; são pró-ativas; resolvem os conflitos de forma mais interiorizada e individual, buscam seu centro como ajuda.
Já as pessoas que não convivem bem com as adversidades se mostram menos motivadas, menos auto-realizadas, parece que essas pessoas possuem um "vazio" a ser preenchido, reagem de forma passiva ao ambiente, são vulneráveis ao fracasso e aos erros, evitam a doença, enfim, utilizam mecanismos de defesa para tentar evitar as adversidades.

Nos anos 70, nasce a Programação Neurolinguística (PNL), com o objetivo de explicitar a forma, a maneira que as pessoas se comportam, quais são as suas crenças, como elas encaram a vida, etc. Este é o trabalho da PNL: estudar e compreender as estratégias, o padrão de comportamento dos seres humanos em diferentes situações de suas vidas. Uma vez explicitada a estratégia, a pessoa pode usar de forma consciente, ferramentas que possam ajudá-la a mudar o que não está bom e incrementar o uso daquilo que ela já faz bem.

Napoleon Hill, escritor americano, entrevistou pessoas de sucesso durante 20 anos e a partir daí lançou vários livros, entre eles o best seller A Lei do Triunfo, um manual do sucesso com mais de 700 páginas. Sua fala passa pela premissa de que toda adversidade contém em si a semente de um benefício igual ou maior. O autor afirma que a adversidade é um tônico, não uma barreira.

Joshua David Stone, Ph.D. em Psicologia Transpessoal, reconhecido como uma das principais autoridades no campo da Ascenção espiritual, escreve em seu livro Psicologia da Alma, que os erros são positivos, enquanto oportunidades para o aprendizado. Diz ele: "todo erro é uma bênção disfarçada, pois sempre existe nele uma pepita de sabedoria para assimilar". E acrescenta que o processo de aprendizagem envolve o erro e depois os ajustes.

Podemos perceber que existem muitos estudos sobre o sucesso humano disponíveis e acessíveis a todos nós. Mas, a pergunta permanece, insistente: se todos nós somos capazes de atingir o sucesso, por que poucas pessoas o atingem?

A resposta é simples: porque exige consciência, dedicação, empenho, envolvimento, atitude, motivação, planejamento, persistência e capacidade de lidar com as adversidades que surgem ao longo do processo.

Assim, a grande sacada é: o que fazer frente a adversidades.

Para mim, após todas estas leituras citadas, especialmente Napoleon Hill e Joshua David Stone e com as experiências da vida, acredito e busco colocar em prática as premissas de que dentro de uma grande dificuldade, adversidade, sofrimento, dor, frustração está a semente de alguma experiência muito boa, que precisamos construir nessa vida, mas, que por vários motivos, estamos nos afastando. É como se fosse um alerta, para que possamos voltar ao nosso caminho, único, especial, individual, e por isso mesmo, só aquele indivíduo pode fazer. Nossa missão de vida está permeando nossa existência e afastar-se dela é o fator que gera sofrimento.
Pensando assim, o sofrimento e o fracasso podem ser vistos como bênção e graça, pois possuem o objetivo de nos fazer retornar ao propósito maior de nossa existência, que com certeza conduz para o mais elevado bem.

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Conteúdo desenvolvido por: Mirtes Carneiro   
Mirtes Carneiro CRP06/111130 Psicóloga e Psicanalista Atendimento on line Tel 11 9 8108-5021
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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