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Simplesmente Mulher

Atualizado dia 3/8/2012 2:15:46 PM em Espiritualidade
por Ana Silvia


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...E, então, Deus viu que Adão se sentia só e resolveu dar-lhe uma companheira, e para isso, esperou até que Adão adormecesse, tirou-lhe um pedaço de sua costela torta e imperfeita, e assim fez a mulher...

Essa história todo mundo conhece, assim também como todas as outras de contos de fadas, só que infelizmente, ao longo do tempo, esta ainda não encontrou um final feliz.

O que muitos desconhecem é a primeira parte desse mito, quando Deus criou Adão e Lilith, ambos iguais, com os mesmos direitos, etc, etc, etc... Mas Adão, inconformado com a situação de disputa, reclamou junto a deus a submissão de sua companheira. Deus, como homem, tentou convencer Lilith a prestar obediência a seu marido, mas lógico, e tão lógico como deveria ser, ela não aceitou, sendo assim banida do paraíso, e acolhida nada mais, nada menos do que por Lúcifer, que a tranformou em rainha das trevas. Ou seja, soube valorizá-la de maneira adequada.

Deixemos a primeira parte do mito para lá, e nos voltemos ao Jardim do Éden, à pobre Eva destinada à obediência e ao seu resignado lugar ao lado de seu viril esposo.

Por mais que uma situação se apresente estável a uma mulher, se esta enxerga algo além, não vai, jamais se conformar sem que busque, crie novas possibilidades. E Eva, nossa mãe em essência, perde o paraíso, mas abre à humanidade um leque imenso de possibilidades e conhecimentos, e ainda assim, é tida como pecadora.

Fico a imaginar como seríamos sem que Eva tivesse abocanhado o fruto suculento e se fartado dele. Estaríamos nus, à deriva, numa vida de completa insignificância.

Bem, a atitude simbólica de uma Eva mitológica, salvou a criação de Deus. Tirou Adão da inércia da qual estava fadado até o fim de seus dias.

No meu entender, do ponto de vista lógico, Deus foi derrotado duas vezes, por duas mulheres: Lilith, que não submeteu-se às suas ordens, e por Eva, que resolveu dar um ponta pé inicial na razão humana.

Desde então, as mulheres têm sido tratadas como seres maléficos, simbolos da perdição, tidas como inferiores em essência, como seres contaminados, etc, o que gerou e gera toda sorte de preconceitos e desrespeito envolvendo a sua índole.

Por séculos e séculos, a imagem da mulher perfeita tem sido cultuada através de Maria. Longe de transgredir qualquer crença, ou de desvalorizar a posição por ela galgada, apenas não posso deixar de refletir sobre os abusos, de vários setores, inclusive impostos pela igreja católica, à posição feminina até então. Milhares de mulheres queimadas, julgadas injustamente, abusadas sexualmente, espancadas, aniquiladas em seus direitos no pensar, agir, sentir. E quando digo isso, não me remeto à Idade Média, ou antes disso, quando foi delegado a Maria Madalena o título de prostituta, mas volto-me aos dias de hoje, onde no íntimo, no fundinho do baú do inconsciente ainda paira sobre nós esse tipo pérfido de julgamento.

A nós foi imposta a felicidade através da sorte de nossos filhos e maridos. Mas saibam que temos vida, e esse parco papel de mãe, ao qual valorizo infinitamente, e o de esposa, não nos bastam de forma alguma. Nossa idealização vai além...

É absolutamente desnecessário exaltar aqui, a qualidade "polvo" da mulher, do quanto ela é capaz de suportar, criar e nutrir dentro dos diversos setores de sua existência.

Há bem pouco tempo, mulheres que permaneciam solteiras eram vistas com maus olhos, como se uma escolha não pudesse ser feita, como se não houvessem outros caminhos para a realização.

Infelizmente, esse preconceito todo é compartilhado pelo feminino; é doloroso dizer, mas as mulheres compactuam com o machismo, uma vez que buscam uma igualdade que nunca terão, pois não se pode comparar elementos diferentes. Homens são homens e mulheres são mulheres, e em cada qual há uma natureza intrínseca. Sendo assim bastaria que as mulheres resgatassem seus valores e imprimissem sua dignidade no altar da própria vida, resgatando também o culto a Grande Deusa, pois se temos um pai, óbviamente temos uma grande mãe. A lei da polaridade é universal.

Por todas as mulheres do mundo eu grito: não nos basta um dia, não nos bastam flores, basta apenas que nos deixem em paz, que nos deleguem respeito, que não sejamos julgadas ou santificadas pela nossa virgindade; que sejamos amadas e consideradas, nem por mais e nem por menos, mas que possamos de mãos dadas, lado a lado junto aos homens, sevirmos a humanidade de forma mais criativa e afetuosa, afinal, somos companheiros de jornada

Amo ser simplesmente mulher!

Paz, luz e prosperidade a todas as mulheres do mundo, e a todos os homens verdadeiramente do bem!

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Conteúdo desenvolvido por: Ana Silvia   
RADIESTESISTA GENÉTICA ACUPUNTURISTA CROMOPUNTURISTA TERAPEUTA FLORAL REIKIANA Escritira Tel. (11) 986830132
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