Simplicidade, esta é a chave que procura!
Atualizado dia 14/10/2015 11:54:31 em Espiritualidadepor Nadya Prado
A vida atual, como sabemos e ninguém mais duvida, é muito corrida e atribulada. Estamos assumindo um enorme fardo para carregar, em detrimento da qualidade de vida. Há um excesso de estímulos em todos os níveis.
Os nossos cinco sentidos estão esgotados, nosso corpo e nosso espírito perderam a conexão. A mente está lotada de informações inúteis que nos confundem e nos tiram a capacidade de discernimento.
Não cabe mais nada dentro da xícara, está transbordando...
O dia é pequeno para acomodar tudo o que se tem para fazer. Estamos presos numa rotina estressante. E ainda pior, acabamos sucumbindo aos compromissos que nos amarram a uma vida, da qual já perdemos totalmente o controle. Em meio às contas para pagar: supermercado, planos de saúde, seguro de casa e do carro, escola, roupas, presentes, impostos etc..
De repente, você pára e percebe que nem sabe mais quem é você e se está feliz com a vida que está levando.
Nesse estado de desordem interior nos deixamos absorver como num rodamoinho que nos tira o prumo. E para encarar a realidade é preciso de grande coragem e amor próprio.
Alguns se preocupam com o que há no espaço, além do nosso planeta, esquecendo-se de cuidar primeiro de sua casa íntima. Buscando lá fora o que tem que encontrar do lado de dentro.
Tudo o que há no macrocosmo também há no microcosmo e para entendermos o macro basta olharmos para o micro.
Podemos observar a nós mesmos como um universo sob nosso comando.
Primeiro, temos que desbravar o nosso universo interior, olhando-nos sem máscaras ou maquiagem. Retirando os empecilhos que nós mesmos criamos e que nos dificultam a caminhada.
Tirar os sapatos, pisar no chão e sentir cada pedrinha que nos caleja a alma em evolução. Este é um processo difícil e que causa alguma dor. Toda vez que a dor surgir, você saberá reconhecer que tem uma pedrinha no caminho e que precisa ser retirada.
A gente tem que aprender a lidar com a realidade, sem subterfúgios. Não adianta negar a dor, ou pior ainda, ficar sofrendo sem fazer nada. E de lá de dentro, do nosso universo íntimo, compreenderemos o Todo.
É tão simples que o ego não pode notar.
É necessário jogar fora todo o acúmulo. O excesso de apego e de repulsa, que lhe causam o sofrimento e que fizeram do seu microcosmo algo parecido aos noticiários, cheio de violência, ódio e carência de amor.
Orbita ao redor de nosso campo energético uma infinidade de “lixo” que insistimos em manter como nossos pertences, tanto quanto neste planeta, o ser humano tem jogado seu lixo nos mares, nos rios, na mata. Poluindo o seu próprio mundo!
Muitos escolhem se esconder na ilusão, seja em inocentes panaceias anunciadas e vendidas como elixir da felicidade ou na esperança de que um heroi intergaláctico salvará o planeta da falência.
A fuga é uma reação que, estrategicamente, o ego utiliza para nos desviar a atenção e perpetuar nossa alienação mental e consequentemente nosso sofrimento.
A simplicidade está presente na sabedoria que emerge da natureza a qual pertencemos e também na essência espiritual que nos torna manifestos. Porém, somos assediados pelos desejos, pela insatisfação do ego e pelo vicioso embate entre dor e prazer.
Eva e Adão, expulsos do paraíso, trazem à tona em sua simplicidade contextual o alerta contra as tentações do ego. Temos tudo o que precisamos, mas sempre queremos mais...
O desejo implícito em nossa animalidade, que nos serve como combustível motivacional, também, em dose elevada nos envenena. O remédio que cura, também, pode matar...
Não é preciso deixar tudo e enclausurar-se. Não, a vida não é um acaso que mereça ser desprezado. Você pode desejar, sem fazer disso uma obsessão. E pode fazer suas escolhas, sem repulsa que cresce no ódio.
Você já percebeu, o quanto valorizamos as coisas difíceis e desprezamos o que vem sem sofrimento?
Vou lhe dar um exemplo:
Tenho em meu jardim uma árvore nativa que chamamos vulgarmente de “Vassourinha do Campo”. Confesso que a mantive porque senti seu aroma e me encantei com sua rústica beleza. Porém, ao olhar dos vizinhos e de outras pessoas, a planta é tida como “mato invasor”.
Coincidentemente ou não, ouvindo a palestra de um colega, descobri que a árvore é utilizada para limpeza energética e que é bastante eficiente nos trabalhos de cura espiritual e eu agora uso em meus atendimentos. Estrategicamente, tenho duas, uma em um canto do terreno, onde a energia normalmente fica estagnada e outra na entrada da garagem. Será acaso?
Além disto, a planta, até pouco tempo considerada invasora, contém importantes compostos químicos em sua resina, para o combate ao câncer, diabetes e osteoporose. Esta é uma recente descoberta japonesa, junto aos apicultores brasileiros, que notaram a presença da resina da planta na própolis verde, produzida pelas abelhas europeias ou africanizadas – Revista Globo Rural.
Eu poderia escolher tirá-la e colocar em seu lugar uma outra espécie, que valorizasse a imagem de meu jardim perante aos olhos alheios. Exigindo muitos cuidados para se adaptar ao meu solo, porque foi importada. Teria que gastar tempo e dinheiro para realizar o meu desejo... E mesmo com todos os cuidados, ela poderia morrer.
Então, por que complicar e desprezar as manifestações Divinas que se apresentam aos nossos sentidos gratuitamente, ofertadas pelas mãos do Criador? Porque o ego é assim, ele gosta de arrumar encrencas e das grandes!
Como aceitar e valorizar algo simples e tão fácil?
O vicio do sofrimento não permite que o espírito perceba além de seu próprio mundo infeliz. O ego lhe tomou as rédeas da vida e o deixou cego e surdo.
Se a resposta é fácil, o ego não dá valor...
Uma pessoa querida a quem amo e muito me ensinou, quando doente, em um hospital, disse-me que nunca havia olhado da janela daquele quarto para a vida lá fora com aquele olhar. Como nunca antes, percebeu a bênção da vida, daqueles lá embaixo, lá fora... Ela só queria naquele momento estar lá na rua, simplesmente vivendo, sentindo o sol, caminhando saudável pela vida.
Precisamos perceber o valor que as coisas simples têm e que deixamos escapar na vaidade do ego, nos desejos sem fim, nas preocupações com o controle, nos ressentimentos com o passado.
Jesus em suas parábolas, responde com simplicidade e sabedoria, como encontrar a paz, a felicidade, a cura: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo!”
Entretanto, o ego não pode aceitar esta resposta sem continuar questionando sobre sua veracidade, suas interpretações, seu significado.
E assim, o ser humano continua em sua luta interior refletida por todo o planeta. Guerras religiosas, idealistas, partidárias, sem sentido...
Cada um de nós é responsável por escolher o exagero e a dificuldade ou a simplicidade contida na naturalidade presente em cada momento da vida.
As respostas para os nossos problemas, estão como placas luminosas, por todos os cantos da nossa vida. E, preferimos “fingir” que não vemos.
Escolhemos o mais difícil porque não podemos aceitar que nosso sofrimento seja tão efêmero e sem significância. É um insulto, para muitos, admitir que seu problema seja apenas uma invenção particular. E o orgulho, como fica?
Ora, o que eu tenho a ver com isso?
Esta é a contrapartida do ego para tudo que não seja do modo que ele deseja.
Constantemente me escrevem pedindo ajuda, reclamando de seu sofrimento, solicitando meu apoio. Alguns dizem que já procuraram várias terapias e terapeutas e não obtiveram resposta.
Mas, como não encontraram resposta?
Será que a resposta que desejam é diferente da resposta que necessitam?
Provavelmente sim. É o vício e a valorização do sofrimento, que sustentam o egoísmo e a ignorância.
Não faltam orientações terapêuticas em meus artigos e de meus colegas para encaminhá-los em sua busca. Sobram técnicas para o mesmo fim: a cura.
A simplicidade pode fazer toda a diferença.
Se você está buscando a cura, esteja pronto a aceitá-la.
Eu posso inventar um nome diferente para a minha terapia, dizer que lhe ensinarei o “segredo”... Posso dizer que é muito difícil, oneroso etc.
Veja, não estou dizendo que não haja necessidade de esforço próprio! Não adianta ficar sentado aí, esperando que tudo caia em seu colo. Existe um fluxo que o levará ao que precisa aprender. Dê o primeiro passo para que essa viagem aconteça. E a ajuda terapêutica de um facilitador pode ser fundamental, mas a mudança é sua.
Compreenda que os exageros e os extremos nos levam exatamente para aquilo que mais evitamos:
Se você é muito controlador, perderá o controle querendo segurar tudo;
Se você é orgulhoso sempre se sentirá ofendido, por sua falta de humildade;
Se você é vaidoso, será cada vez mais exigente com sua aparência e se tornará um exagerado inexpressivo, uma aberração de sua vaidade;
Se você é ambicioso, jamais saciará a sede de seus desejos.
A simplicidade nos coloca em sintonia com os ciclos naturais da vida, harmonizando nossa saúde integral. Ela nos reconecta ao Todo, porque deixamos de ser invadidos pelo egoísmo que nos separa.
A simplicidade nos ensina o amor que não é razão, é simplesmente coração que bate feliz.
Estar aqui e agora, abençoando a vida.
Segue pelo caminho do meio, passo a passo e olhe atentamente a paisagem que lhe convida a gratidão!
Deixe o julgamento, a culpa, o medo, o remorso, o controle, o complicado! Abandone esse exagero de inutilidades. Você não precisa ler mil livros ou ir a mil lugares diferentes.
Você não precisa nomear o inominável, apenas sinta sua leveza e simplicidade explícita em cada manifestação.
Seja Amor!
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Psicoterapeuta Transpessoal Técnica Naturopata, com extensão em Psicopatologias Psicanalíticas e Psicossomática Contemporânea., estudiosa dos estados alterados da consciência e transtornos psicológicos, inclusive mediunidade transreligiosa. Atendimentos online no skype Informações e agendamento envie email para [email protected] E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |