Sobre a morte...
Autor Leandro José Severgnini
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 25/02/2015 14:08:57
No último carnaval, tive a oportunidade de conhecer uma senhora muito simpática. Ela se chama Magda e, entre tantas atividades, foi dançarina da Globo há algumas décadas. Apesar da aparente idade avançada, ela mostrava-se alegre e jovial o tempo todo. Na primeira oportunidade que tive, não resisti e fui pedir a sua idade - deselegante de minha parte, eu sei, mas mesmo assim perguntei. Com seu característico sorriso ela respondeu: "Estou com 75 anos. Estou quase batendo à porta de saída. Que bom né?".
Confesso que fiquei estarrecido com a naturalidade com que essa senhora encara o advento da morte. A morte normalmente é assunto que evitamos. Por mais que tenhamos certeza que um dia chegará a nossa vez, nunca nos encontramos preparados para tal. Para a maioria de nós, a morte é um mistério e, para alguns, um fim definitivo. Mas sinceramente não vejo que seja dessa forma. A ciência, por ser de cunho materialista, não pode nos oferecer explicações sobre o metafísico. E as religiões apresentam visões controversas e ultrapassadas que já não se sustentam com um exame lógico. Apenas recentemente alguns cientistas tem procurado encarar os fenômenos espirituais sob a ótica da ciência moderna; destaco, entre eles, os brasileiros Laércio Fonseca e Sérgio Felipe de Oliveira, além dos estrangeiros Amit Goswami, Stuart Hameroff e Roger Penrose.
Cito os indivíduos acima, apenas com o intuito de trazer nomes que procuram unir os fenômenos espirituais ao que existe de mais avançado na ciência moderna. Mas hoje compreendo que para aqueles que buscam com sinceridade, estes sabem em seu íntimo que as doutrinas espiritualistas estão corretas em suas afirmações e nenhum cientista é necessário para provar algo que já é dito há milênios pelos grandes mestres espirituais. Há quem diga que “ninguém voltou de lá para contar”. Mas esta afirmação é equivocada, pois, sim!, muitos já voltaram para contar, basta procurar no lugar certo.
Óbvio que não estou me mostrando insensível aos que perderam entes queridos. Somente quem enfrenta tal situação é que pode saber a dor que sente. Mas gostaria de instigá-lo a pensar de um modo diferente: será que, de fato, podemos dizer que "perdemos" aqueles que partiram? Como podemos perder algo ou alguém que nunca foi propriedade nossa? E, com todo o respeito àqueles que discordam, mas estou convencido de que a morte é uma mentira. Ninguém morre! Ninguém nunca morreu! O que ocorre é que as pessoas desocupam seus corpos para viver em níveis vibratórios mais sutis onde o corpo não é mais é necessário.
Quanto àquela senhora mencionada anteriormente, creio que ela seja um grande exemplo de alguém que usou sua vida com sabedoria e foi em busca das respostas que a maioria evita. Mas óbvio, quem vai se dispor a pesquisar sobre a morte se tudo o que aprendemos é que após ela conheceremos o inferno eterno ou aquele céu chato e sem graça? Não, as coisas não são assim. A vida é um fenômeno que não se extingue, apenas se transforma dando novas oportunidades de evolução e aprendizados à consciência. Eis o que precisamos saber!
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Palestrante espiritualista e escritor. Autor dos livros intitulados "Dias de Luta, Dias de Glória", "Liberdade - Nada Menos Que Tudo" e "Em busca do infinito". E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
