Solidariedade - Prêmio Nobel da Paz
Atualizado dia 10/14/2009 4:54:51 PM em Espiritualidadepor Maria Cristina Tanajura
Isto me fez pensar e me veio uma idéia que não deixa de ser meio sonhadora, mas que -como todo sonho- é inspirador e por isto decidi partilhar com vocês.
Se cada um de nós fizesse bem àquele que está mais próximo, doando-se e ajudando no que fosse possível, certamente não ficaria ninguém neste mundo, tão sofredor, tão desamparado. Mas seria preciso que TODOS fizessem isto. Mesmo o ser mais pobre que existir, pode dar uma mão ao que está mais perto de si. Dessa forma, não haveria necessidade de existirem as casas assistenciais, que ficam sempre precisando de doações para se manter.
Cada mãe que gerou um filho olharia por ele, da forma que fosse possível. Se a mãe morresse, haveria alguém mais próximo que olharia e educaria aquela criança. Enfim, nós nos humanizaríamos ao ponto de não deixar qualquer ser desamparado. Mas isto não seria a missão de alguns escolhidos – seria de cada pessoa, para com aquele que – sempre por uma razão maior, estivesse no seu caminho. Se alguém está do meu lado, neste momento, não é por acaso... Tenho responsabilidade sobre ele. Por que não ampará-lo de alguma forma? Essa pessoa pode ser até rica de bens materiais, mas pode estar terrivelmente pobre de atenção, de carinho, e isto eu me ponho a dar. O outro pode precisar de uma quantia para resolver algum problema seu, de forma responsável e eu posso lhe emprestar o que possa, contanto que ele continue a sua caminhada de forma mais fácil, com dignidade. Este movimento geraria uma cadeia de mãos estendidas. Mãos que abraçam e que alimentam o coração de mãos que também se estendem para socorrer quem estiver passando em seu caminho. Um pequeno gesto. Uma pequena quantia. Um caloroso sorriso. Um conselho dito na hora certa. Um olhar atento que toca a alma do outro e lhe aquece o coração. Enfim, a solidariedade precisa ser cultivada. Mas não apenas quando as catástrofes mais aparentes acontecem. Existem as tempestades da alma, os tsunamis emocionais, os furacões devastadores de corações, que ocorrem a todo instante, conosco e com nossos irmãos de vida – aqueles que nos compartilham os momentos do dia-a-dia. Um gesto solidário vai gerar um novo, assim por diante.
As forças do Bem estão trabalhando muito e com sabedoria! Obama foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz! O dirigente do país mais poderoso do planeta, o mais beligerante também, aquele que invade as nações alheias para lhes impor as idéias e quase sempre com segundas e pouco claras intenções tem, agora, a obrigação e a responsabilidade de promover a PAZ, acima de tudo, pois passou a carregar esta bandeira. Se já pregava a diminuição do uso da violência entre os países, precisa, de agora em diante, ser o embaixador da concórdia entre os povos. Embora tenha mostrado pouco, ainda, desta forma pacífica de resolver conflitos, está sendo incentivado, pelas nações do mundo, a ser a liderança maior a lutar por um mundo mais solidário, mais fraterno. Para mim foi uma grande surpresa, quando ligando a televisão, ouvi esta notícia. Percebi que tinha sido, também, para os próprios jornalistas que a comunicavam. Mas para o Senhor da Vida, não. Uma manobra de Mestre!
O tempo está passando rápido demais e precisamos nos posicionar. Pelo amor, pela solidariedade, fazendo o pouco que pudermos, com o coração, transformando um ato singelo e aparentemente simples, num chamado para que o outro também seja solidário e, assim, criando uma procissão de mãos estendidas, levantando os caídos, auxiliando os carentes materiais e espirituais, vencendo a inércia, a acomodação, acendendo a luz em nossos seres e nos que estão próximos.
Belo sonho! Mas pra ser uma realidade, é preciso apenas que comecemos a andar nesta direção.
Texto revisado por: Cris
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Socióloga, terapeuta transpessoal. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |