Temos que Abandonar Tudo
Atualizado dia 2/13/2013 8:50:02 AM em Espiritualidadepor Marcos Spagnuolo Souza
As palavras do mestre Lahiri nos indica que a humanidade está inserida em um universo totalmente virtualizado e que todos os nossos apegos se originam de uma mente esquizofrênica. A doença é tão grave que passamos a considerar o transtorno psíquico como sendo uma normalidade, assim sendo, o primeiro passo é nos curar.
A cura está na percepção que não somos donos de ninguém e não podemos continuar sendo dominados por outras pessoas ou por organizações, somos livres, independentes e autônomos. A autonomia se resume em que possuímos o livre-arbítrio para negar o mundo devido sua caoticidade, virtualidade, perenidade e, principalmente, por ser uma manifestação que não está inserida na natureza original. A negação da realidade do mundo leva-nos a destruição de todo desejo de apego e posse pelas coisas que existem no espaço/tempo.
Todo e qualquer tipo de apego está relacionado ao psicossomático, ao corpo e ao ego, sendo que o ego é impulsionado unicamente por visualização, percepções e imaginações ligadas ao domínio, à posse e ao medo de perder tudo que possui. A morte é o aspecto altamente negativo para o ego representando ausência do que foi cultivado durante milênios.
A morte é o desaparecimento do corpo físico que representa o principal instrumento do ego para realizar os seus desejos e vontades. Sem o corpo físico, o ego sente-se totalmente desnorteado e desorientado se introjetando ou se colocando dentro do primeiro espermatozóide disponível para poder utilizar um novo corpo o mais rápido possível.
Devemos refletir, ainda em vida, que a qualquer momento podemos perder o corpo físico e vivenciarmos uma enorme caoticidade psíquica se jogando no interior do sêmen de animais inferiores regredindo milhares de anos. Assim sendo, o maior objetivo dessa vida é transcendermos as concepções mundanas indo na direção oposta ao centro do ego, rumo à flor de ouro.
Ensinamentos de Hirdayananda das Goswami Srila Acharyadeva: “O ponto não é se você vai ou não morrer, mas como vai morrer se terá uma morte gloriosa que simplesmente serve como ponto de partida para uma vida superior ou se terá de morrer como cães e gatos, apavorados, ignorantes e arrastados pela força. Nosso verdadeiro lar está muito além do mundo material, ponto tão difícil de entender devido à influência desta era de Kali (desavenças ou egótica)”.
Texto revisado
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