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Ter tudo e não ter nada

Atualizado dia 5/20/2010 12:09:26 PM em Espiritualidade
por Flávio Bastos


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"A riqueza não se mede pelos bens que se possui, mas sim pelo bem que se faz". (Miguel de Cervantes)

A riqueza material, que significa viver com fartura ou abundância, é uma situação de vida que contempla uma minoria da população mundial. No entanto, sob a ótica das Leis do Amor, ser rico não é o problema. O problema é como o indivíduo torna-se rico e como ele usa a sua riqueza.

Se a riqueza foi construída na base da força do trabalho honesto de uma pessoa, de uma família ou de gerações da mesma família, o mérito é reconhecido pelas Leis do Amor. Mas se a riqueza foi adquirida por intermédio de ações ou transações desonestas que prejudicaram pessoas, a situação fica sujeita às interpretações das Leis da Reencarnação.

A diferença está na forma como nos tornamos pessoas ricas, e na forma como usamos essa riqueza. Se a abundância significa ostentação, culto às aparências, egoísmo, entre outros... tal sintonia nos fixa em níveis inferiores de consciência. Se a fartura representa gestos de caridade com o próximo, simplicidade e atitudes humanitárias, tal sintonia eleva-nos à níveis superiores de consciência.

Muitos de nós temos tudo e não temos nada, ou seja, temos o capital que compra o objeto de nosso desejo, mas não temos a felicidade no coração. E para adquirirmos a felicidade possível a cada um, precisamos desenvolver valores espirituais em detrimento ao excesso de valores materialistas.

O culto às aparências é um exemplo do vazio de valores que pode tornar-se a vida, quando o que mais importa são as disputas que ocorrem nos bastidores da sociedade, que aponta "quem é o mais rico dos ricos". Situação que promove a inconsciência a um patamar de risco para quem se dedica aos jogos da futilidade e da alienação.

"Doutor, tenho tudo, mas ao mesmo tempo, sinto que não tenho nada". Com essa frase de desabafo, uma mulher nos seus 35 anos de idade, iniciou uma série de sessões de Psicoterapia Interdimensional.

Marta encaixava-se no perfil da mulher rica, bonita, solteira, inteligente, mas infeliz: "Tenho o que quero. Tenho os homens aos meus pés. Mas não sei o que é ser feliz!"
O indivíduo encarnado alterna entre níveis de pobreza material e níveis de riqueza material. Nesse âmbito de oscilações, nada acontece por acaso, porque um dia o pobre foi rico e o rico, pobre. Na dimensão física, experenciamos situações conforme o nosso perfil espiritual em consonância com as Leis da Reencarnação e com as combinações pré-reencarnatórias realizadas no plano espiritual superior. Tudo tem a sua lógica e coerência...

No entanto, em sua trajetória vital, por desconhecimento ou pelo livre arbítrio, o homem se abstém daquilo que mais lhe faz falta: a riqueza de valores espirituais.

Na busca de valores que cultuam as aparências, paixões ou que disseminam a competitividade baseada "no quem tem mais", perdemos precioso tempo e fechamos os olhos para o despertar de nossas consciências na busca da felicidade possível...

Diz o dito popular: "Dinheiro não traz felicidade". E não traz mesmo quando fechamos os olhos e ouvidos para as Leis do Amor. Quando somos materialmente ricos e felizes, é porque conseguimos com os nossos aprendizados, harmonizar a riqueza material com a riqueza espiritual.

A riqueza material e a pobreza material existem pela mesma lógica que existem as pessoas saudáveis e as pessoas doentes, as pessoas que sofrem e as pessoas que sofrem menos ou que gozam de relativa paz interior e se sentem felizes e de bem com a vida...

São as Leis da Reencarnação sendo aplicadas conforme nosso currículo baseado em escolhas e ações pretéritas. Nesse sentido, a riqueza material não é um privilégio concedido a um "ser especial", mas um grande e dífícil teste para o espírito. Difícil, porque estarão em jogo todas as tentações que costumam jogar o homem em armadilhas de difícil saída, como a prepotência, a ganância, o orgulho e o egoísmo.

Portanto, considerando-se a multimilenar experiência do homem sobre o planeta Terra, os extremos do materialismo, que são a riqueza e a pobreza,  passam-nos uma importante mensagem: a de que, tanto na experiência da pobreza quanto na experiência da riqueza, o mais importante é cultivarmos valores espirituais, que por serem imperecíveis, acrescentam qualidade em nossos "currículos".

Podemos concluir que a felicidade é independente da situação econômica do indivíduo. E que somente é feliz aquele que expressa em poucas palavras o que sente por dentro. "Tenho tudo" talvez seja a síntese que melhor traduza o aprendizado de muitas vidas do espírito,  tanto na riqueza quanto na pobreza.

Psicoterapeuta Interdimensional.

flaviobastos  

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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