Todo começo é dificil
Atualizado dia 05/09/2009 06:39:11 em Espiritualidadepor Bernardino Nilton Nascimento
Se você deseja ver um pouco de luz nas manhãs de sua vida, é natural lembrar-se dos seus tempos de infância e recordar cada começo, da alegria pura de enxergar alguns raios de luz no fundo do seu ser para guardá-los como garantia de esperança.
Quando parecia impossível, lá estava você engatinhando e, o mais difícil, andando; o som do primeiro choro e, logo depois, o som da primeira gargalhada e da sua primeira palavra dita. Não pense que você nada pensava: tudo você programava. Quantos “nãos” você escutou e nem quis saber? Saía rapidamente do choro à alegria. Onde anda este poder incrível de virar o jogo em instantes?
Todo dia é um novo começo e sempre haverá uma dificuldade a ser superada. Agora, por que hoje, com mais conhecimentos e experiências, você tem vários medos que o deixam atordoado?
Há começos que se tornam, às vezes, tão longos que as forças se desgastam, e fraquejamos. As nossas ansiedades, lutas, escravidões, medos, as injustiças que sofremos, os golpes que nos ferem, em minha opinião, são como grandes feridas na alma, mas que podem ser cicatrizadas. Não há uma só miséria que não atinja o outro. Todo começo deve trazer a esperança como transporte da alma.
Nem tudo deve ser motivo para caírmos infelizes. O essencial é tirarmos proveito desses momentos infelizes para elevar o nosso espírito. Eles podem fortificar-nos. Não tenha medo de começar de novo, não tenha medo de adquirir uma nova profissão, uma nova paixão, um novo amor, uma nova missão, um novo lugar, uma nova casa, uma escola, novos amigos, uma nova religião, uma novo projeto de vida. Renascemos a todo instante e estamos sempre recomeçando.
Os caminhos que levam às alturas são quase sempre obscuros no princípio. Os declives suaves são para aqueles que descem; os caminhos rochosos, os morros a pino, são para os que sobem. O passado, pela velocidade adquirida, vai facilmente; é um personagem de muito valor. Mas ele roda para o fim como os mortos para o cemitério. O futuro, ao contrário, marcha hoje, devagar, a pé ou de joelhos. Mas o importante é que estamos subindo, e cada degrau é um novo começo carregado de esperança, uma das vitaminas da vida.
A força, a luz, a justiça, a bondade, o progresso, tudo isso também brota do sofrimento. São poucos os bons trabalhadores que não se abrutalharam pelos anos de aprendizagem. Quando contam suas histórias ficam surpresos por terem suportado tantas palavras duras, golpes, acidentes, fome. Porém, todas essas coisas que desencorajam alguns, os estimularam e esclareceram. É a golpes de martelo e talhadeira que se desbasta o bloco de pedra que faz uma estátua. Também são poucos os que se aperfeiçoaram de outro modo. Se o fruto é bom, ninguém vai lastimar as pancadas recebidas e as lascas que voaram. Há males que vêm para o bem.
Antigamente, o operário era muito mais maltratado e, mesmo sem instrução, não houve obra em que sua presença não fosse de grande importância. Muitos, cujo começo foi de ajudante, passaram a grandes mestres, se tornaram grandes supervisores de obras importantes, que poucos engenheiros saberiam moldar.
Muitos deles aprenderam chorando o valor das palavras. De bom grado eles repetem: “Sofri muito para aprender tudo o que sei. Todo dia era uma coisa diferente. Hoje me esforço para que outros não sofram".
Então, preste atenção aos começos e seus detalhes, pois ele terá um valor incalculável para a sua história.
BNN.
Texto revisado
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