Um outro olhar
Atualizado dia 3/18/2016 12:47:47 PM em Espiritualidadepor Rodrigo Durante
Tenho observado nos atendimentos de Terapia Multidimensional, com certa frequência, bastante ajuda dos seres da luz para que despertemos para a verdade de que somos os únicos criadores de nossa realidade, principalmente nos ajudando a nos libertarmos de laços, contratos e grilhões com antigas realidades extremamente limitantes onde éramos totalmente subjugados pelo medo e assim dominados pelos governos e igrejas da época.
Esta experiência vivida por milênios permanece atuante no inconsciente coletivo como um “controle supremo” que nos diz o que podemos e o que não podemos, o que é bom e o que é ruim, o que é possível e o que é impossível e assim por diante, independente das aspirações e impulsos da alma de cada um. Para a maioria das pessoas, ainda existem forças capazes de privá-las de sua liberdade como os únicos criadores de suas próprias vidas, porém, isso só ocorre por inconsciência das mesmas. Para o ser, esta postura mental a que nos submetemos é mesmo desrespeitosa, descompromissada, egoísta e abusiva, mas é exatamente assim que temos nos tratado a todo momento, vida após vida.
Existem, no entanto, pessoas conscientes e corajosas que já se libertaram deste padrão e vivem hoje uma vida livre, feliz e satisfatória. Elas prosperam e se realizam independente do que se passa externamente, pois vivem a partir de outros paradigmas. Elas são saudáveis independente do que comem ou de suas atividades físicas, seus corpos já manifestam aquilo que elas sabem que são. Elas sempre estão no lugar certo e na hora certa pois são o centro de suas vidas, permitindo sem apegos e amarrações que o universo as coloque onde tem mais a ver com suas sintonias e vontades mais elevadas. A ajuda que estas pessoas prestam ao coletivo vai muito além do que estamos condicionados a entender como ajuda, elas nos espelham vibratoriamente tudo aquilo que já somos mas não sabemos ainda, deixando-nos disponíveis caminhos energéticos para que encontremos esta libertação em nossos corações também.
Reparem como todos temos um “juiz interno” nos assistindo atentamente, pronto para nos segurar, criticar, julgar, proibir e condenar, sempre baseado em crenças e opiniões que justifiquem suas posturas como sendo para “o nosso bem”, para nossa segurança ou proteção. É deste juiz também que vem a maioria das nossas autossabotagens e tragédias que acontecem em nossa vida, manifestadas através de mecanismos de resposta automática para eventuais acontecimentos que inconscientemente julgamos perigosos ou pecaminosos, indignos ou que vão nos desviar de nosso caminho. Existem pessoas tão inconscientes do que as motivam que não são capazes de perceber nem esta entidade psicológica ainda, simplesmente vivem suas limitações como se fossem coisas normais da vida, restritas a um pequeno universo de possibilidades com pouquíssimas chances de mudança.
Este “controle supremo” interno a quem demos deliberadamente o nosso poder, seja ele consciente ou não, é o que mantém seus representantes vibracionais em nossa realidade material na forma das igrejas manipulativas e dos governos tiranos que mandam e desmandam, prendem e ameaçam, sufocam os ímpetos criativos dos corações que anseiam por uma oportunidade de realização, tiram as oportunidades de crescimento pessoal, criam empecilhos e até punições para tudo o que aumenta as possibilidades das pessoas despertarem e se liberarem de seus esquemas e articulações. Em nosso caso, um governo que segura seu povo em níveis onde a sobrevivência ainda é a maior preocupação, garantindo que nossa consciência se mantenha no curto espaço entre nosso chakra básico e sexual. Trabalhamos para sustentar as questões do básico, festejamos para receber o alivio do sexual. Os poucos que se destacam chegaram até o plexo, porém ainda na mesma matriz de medo, preocupações com a segurança e com as possíveis faltas e dificuldades que a vida pode nos apresentar.
Dessa forma, pouco importam nossas demonstrações de revolta contra nossos governantes se internamente ainda nos submetemos à tirania de personagens fictícios que nós mesmos colocamos no topo da pirâmide desta matriz, deuses, entidades e instituições que julgamos serem capazes de decidir por nossas vidas em nosso lugar. Somos nós que decidimos nos limitar, nós manifestamos aqueles tiranos ali.
A obediência que historicamente as religiões e os donos do poder imprimiram em nossa consciência está em vias de ser rompida mundialmente e nós, os festeiros brasileiros, encaramos agora a responsabilidade que assumimos antes mesmo de encarnar. Infelizmente, como já tenho dito há algum tempo, o caminho do ser inconsciente é sempre através das frustrações. Só mesmo chegando no limite do sofrimento é que damos o braço a torcer e admitimos que um novo olhar sobre nós mesmos e a vida se faz necessário, abrindo-nos com humildade para pontos de vista mais iluminados. Até lá continuamos torcendo esperançosamente que algo “lá em cima” faça nossos planos darem certo e nos conformando com o circo e migalhas que nos oferecem e aceitamos como suborno para manter o silêncio de nossa alma.
Aprender a olhar para si mesmo como um Criador e assumir a responsabilidade pela própria vida envolve também saber que cada um vive sob o governo que merece. O que vibramos, apesar dos diferentes conceitos sobre como a vida deveria ser que cada um sugere, pode nos revelar que somos mais parecidos uns com os outros do que gostaríamos de ser. As crenças coletivas que atraem espíritos afins para uma mesma região e desafios similares ainda predominam no inconsciente de todos aqui.
Neste ponto, também não aprendemos ainda que somos todos um, ainda acreditamos na separação que criamos entre nós através de críticas, julgamentos, medos e falsas proteções. Achamos que “se eu resolver o meu problema, então, está tudo bem... Se pagar impostos e resolver o problema da minha família, então já fiz a minha parte”... Mas não é bem assim. Como consciências, enquanto existir uma só pessoa vibrando no medo e na separação, os problemas e dificuldades aparecerão na vida de todos. Por isso um desafio como o que aparece em nossa vida neste momento deve ser olhado com outro olhar, não mais procurando uma solução rápida que nos permita cada um voltar para sua zona de conforto, mas compreendendo que a reforma deve ser geral e começa dentro de cada um. Agora é o momento do “um por todos e todos por um”, é o momento de cada um arregaçar as mangas como pode e cuidar daquilo que fomos colocando de lado para ninguém ver, cegamente motivados pela crença de que devemos perseguir o sucesso pessoal apenas e quem não contribui com isso é vagabundo e não merece nosso respeito. Alguém já parou para pensar o que existe de ser de luz que encarnou para curar algum aspecto do inconsciente coletivo mas ficou preso em situações tristes e caóticas pela densidade do problema que encontrou aqui? O que verdadeiramente sentimos em nosso íntimo quando fechamos o vidro na cara de um morador de rua que pede nossa ajuda ou quando responsabilizamos o governo pelos que morrem sem atendimento nos hospitais? E quando no auge de nosso egoísmo vitimista e crença em nossa impotência enchemos a boca para criticar os ricos como se somente eles pudessem ajudar? Será que estamos mesmo tão certos quanto pensamos? Quantas crenças e filosofias inventamos para permanecermos fingindo que somos separados uns dos outros? Pois não somos, nunca fomos... E o sofrimento de cada ser vivo nos toca profundamente.
Sendo assim, atenção a quem estamos dando nosso poder e em quem são os heróis e salvadores que estamos escolhendo, pois mantendo este padrão inconsciente de submissão mental a um poder regulador, serão apenas mais do mesmo, novos representantes para as mesmas restrições de consciência, liberdade e verdadeira realização, assim como tem sido em toda história do nosso planeta. O externo sempre refletirá o interno e a consciência sempre será o único caminho para a verdadeira libertação.
Na medida em que mais e mais pessoas despertam e ancoram mais e mais luz para o uso e expansão de todos, a frustração e rompimento com os antigos paradigmas tornam-se inevitáveis. O importante agora, então, é estarmos conscientes do que se passa internamente e ancorados em nosso amor para que a nova realidade que se revelará após esta sacrificada transição, direcione-nos para a melhor versão de nós mesmos, para a verdadeira liberdade e realização de nosso pleno potencial coletivo e pessoal.
Somos todos Um.
Namastê!
Rodrigo Durante
Texto revisado
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