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A INVEJA

Atualizado dia 9/3/2010 11:40:41 AM em Psicologia
por Merit Rabanés


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A origem latina da palavra inveja é "invidere", que significa "não ver".

Por isto, invejamos as pessoas: porque "deliramos".

Se vemos a mulher bonita com um carro importado e penso "por que não eu?" é que "não vejo" o que tem por trás da mulher e de seu carro.

Esta é uma estória verídica da mulher bonita, gostosona e bandida. O carrão, fruto de crimes e mais crimes.

O que invejei? O que vi? Quereria ser uma criminosa para estar naquela condição com o tal carro?

Se vemos um casamento de muito tempo, "deliramos" que a relação é aquela que desejamos. O que invejamos? O que queremos, não o que é, o que existe, porque o que existe no outro, quase sempre "não vemos".

Nós todos nos camuflamos. Somos obrigados a usar diversas máscaras para transitar pela sociedade, sua falsa moral e seu convencionalismo.

Invejamos as máscaras alheias, as coisas que vemos, queremos e não temos, mas não sabemos como o outro conquistou.

Às vezes nem queremos determinada coisa, mas damos um jeito de tê-la só para mostrar ao outro que temos, "delirando/acreditando", que o outro está tão preocupado com o que temos, quanto nós com o que ele tem.

Invejamos o que o outro é. Aqui o sentimento é mais intenso e destruidor, não para o invejado, mas para quem inveja.

Invejamos o sorriso, a alegria, o contentamento, a honestidade, a generosidade, a bondade, a compreensão, a inteligência.

Invejamos uma série de atributos que podemos conseguir sem pagar carnê, fatura, cartão de débito, de crédito, empréstimos, nada!

Invejamos o outro porque é mais fácil olhar para ele do que para o espelho.

Quando nos olhamos e nos vemos como somos, nas duas acepções do verbo olhar, física e metafísica, sofremos.

Sofremos com a nossa realidade. Mais fácil olhar a do outro, porque não temos responsabilidade sobre a realidade da vida dele. E temos sobre a nossa.

E "não olhar" o outro, só ver o que o outro é ou tem, não nos obriga a mudar nada, a conhecer nada, a fazer nada., a fazer alguma coisa.

Olhar a nós, olhar o que temos e o que somos implica em responsabilidades desgastantes: tenho que pagar o carro, a energia elétrica, a água; tenho que ser inteligente, honesto, bom, compreensivo, simpático, melhor do que sou, tenho que evoluir, não estou aqui a passeio...

Tenho que pensar, que refletir, que buscar recursos para me conhecer melhor e admitir meus defeitos de caráter e me regozijar com as minhas qualidades... só esta parte é legal... todo o resto é exaustivo, assustador.

Não é mais fácil invejar? Não é mais fácil "não ver" a realidade?

E quem nos ensina a não invejar, a olhar realmente o outro e a nós?

MERIT RABANÉS - [email protected]

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