A Lente do Preconceito
Autor Jorge Menezes
Assunto PsicologiaAtualizado em 30/10/2008 16:54:57
A Lente do Preconceito deforma o que é visto. Pertence a pessoas que enxergam tudo errado. Por serem extremamente egoístas, distorcem as coisas, em função do que habita em suas almas doentes.
O preconceito é uma disfunção mental. Ele obscurece o olhar e deforma a alma. As pessoas preconceituosas vivem menos a alegria e isolam-se no medo. Mas a questão que trago não é apenas essa. O mais importante é refletir sobre como nos comportamos diante do preconceito. Salientamos a discriminação ou mudamos o papo toda vez que alguém discrimina outra pessoa, ou se diz discriminado?
Acredito que a única maneira de mudarmos essa “ótica” seja agir com Inteligência Quântica, pelo tanto que poderemos aproveitar a energia de que dispomos para o bem comum, nos TORNANDO UM, em semelhança de intenção.
A Inteligência Quântica é uma ferramenta que leva a abordar a vida pelo lado das realizações, não pelo lado da lamentação ou da demonstração de inferioridade.
Enquanto as pessoas esquecerem de “ser”, sentir, cooperar, ocupando seu campo mental com a preocupação em “ter”, competir, reclamar, o preconceito terá força, gerará injustiças sociais, e reforçará a ação dos políticos irresponsáveis.Precisamos de novos motivos para viver, que se espelhem no bem comum. e não em queixas. Precisamos de conversas bem humoradas, de troca de idéias e de diálogo, que é a atitude que nos torna fortes pela UNIÃO de campos que trabalham pelo Bem.
Pessoas preconceituosas dificilmente estabelecem diálogos? Falam de forma isolada, pois não escutam os outros.
Não espero milagres. Acredito em empenho, luta diária para fazer com que um maior número de pessoas obtenha mudanças de comportamento, forjadas em decretos pessoais, e até mesmo em treinamento, a fim de enfraquecer a lente do preconceito.
Não gosto de SEGREDOS, de fórmulas mágicas de sucesso. Escrevi em Inteligência Quântica 2: muito além da Lei da Atração que existem MUITAS COISAS ALÉM LEI DA ATRAÇÃO capazes de nos fazer melhores. Precisamos acabar com os estímulos que reforçam o individualismo, porque quem quer se utilizar de segredos quer, na verdade, ter privilégios sobre as outras pessoas, tentando fugir do trabalho que, esse sim, leva, com certeza, ao sucesso e à integração das pessoas.
Aprendi com meu pai a não salientar fraquezas para que elas se sintam desconfortáveis e por fim desapareçam. Ele e minha mãe, durante 30 anos, administraram o albergue do Dias da Cruz em Porto Alegre. Por conviver com muita gente, ele me mostrava as coisas boas que presenciava. Em uma ocasião, eu tinha 12 anos, e observávamos um negro de 83 anos conversando com outro negro mais jovem, que se queixava da discriminação que sofria por ser negro. Meu pai, Nilo Menezes, chamou-me atenção para a sabedoria do senhor. Ele disse:
— Nunca sofri preconceito racial.
— Como assim? Perguntou o outro.
— Com essa idade?
— É que não uso óculos com as lentes do preconceito. Não reconheço o preconceito nas pessoas. Não posso dar bola para o que diz um preconceituoso, senão dou razão a ele e faço propaganda de seu jeito errado de ser.
Temos tantas coisas boas em nosso caminho para valorizar. Por que reforçar a lente do preconceito?
Gosto muito da importância do Todo, e o sucesso do STUM mostra que a expressão SOMOS TODOS UM é fórmula de felicidade, que não tem segredo, senão ir fazendo a vida e aceitando as pessoas, sem deixar de estimulá-las ao crescimento, porque queremos deixar de lado a LENTE DO PRECONCEITO.
Um abraço
Jorge Menezes
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