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A maldade de perto

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Autor Andrea Pavlo

Assunto Psicologia
Atualizado em 07/02/2013 16:30:12


  Adoro assistir um canal da T

V a cabo chamado Bio*, onde tem um programa chamado "A maldade de perto". Lá eles contam casos de estupradores, serial killers e todo tipo de "gente do mal" e os crimes que cometeram contra pessoas próximas ou desconhecidos. Crianças, mulheres, tudo com muitos requintes de crueldade que nos deixa aterrorizados até de sair na rua. De fato, a maldade das pessoas nos assusta. Quando vemos alguém falando mal da gente, dá até um nó no estômago: como ele pôde? É como se as pessoas nas quais confiamos fossem desvinculadas do mal do mundo. A mídia também não ajuda. É só acontecer uma tragédia, a morte de centenas de pessoas, que ficam como urubus atrás da notícia. "Estamos levando a informação às pessoas" argumentam. Mas a verdade é que precisam dos seus empregos e pagar suas contas e fazem o que dá mais audiência. E é aí que começa a disparidade.

Não queremos pessoas ruins perto da gente. Não queremos motoqueiros que arrancam os nossos retrovisores, nem assassinos, ladrões e nem gente que fuma maconha ou usa qualquer coisa ilícita. Não queremos estas pessoas perto dos nossos filhos. Mas fechamos 20 pessoas que estão numa fila para entrar num shopping, só porque "não somos trouxas de esperar".

Você é do mal. Você tem um diabinho morando dentro de você que pensa seriamente em matar a maldita vizinha que adora um salto alto às quatro da manhã . Nunca me esqueço do dia em que fui assaltada perto da Avenida Paulista, em São Paulo, por um menino que, guardado o fato dele ser desnutrido, tinha aproximadamente seis anos de idade. Eu estava dirigindo no verão, de vidro aberto e ele colocou um caco de vidro na minha jugular e pediu dinheiro. Eu fiquei paralisada, não consegui reagir e a minha irmã entregou a ele os nossos últimos 50 reais. Engatei e saí. Dei uma volta e parei o carro. Saí do carro tomada pelo diabo. Eu gritava e jurava o menino de morte. Ele, do outro lado da avenida, me olhou como se visse o próprio capeta e se pôs a correr. Eu só não o alcancei porque minha irmã me segurou e porque o trânsito absurdo não me deixou atravessar. Eu teria, com toda a certeza, matado aquele menino na porrada.

E sou uma pessoa bastante pacata neste sentido (se bem que sou daquelas que dá um boi para não entrar na briga e uma boiada para não sair). Temos esse monstro dentro de nós. A famigerada sombra humana, misto de tudo o que não aceitamos em nós mesmos. A nossa raiva, o nosso medo, as nossas eternas revoltas e frustações. Naquele momento, tudo isso saiu e me possuiu. Por isso que devemos tomar muito, muito cuidado ao julgar os outros.

Sim, pessoas que cometem crimes devem pegar por eles. Porque se não deram conta de se segurarem uma vez, possivelmente não conseguirão outras (ou não). Mas precisamos saber muitas coisas sobre alguém para julgá-lo culpado ou inocente. Existem pessoas que se identificam com o mal nelas, por uma série infinita de possibilidades. E começam a usar isso como a verdade universal. Estas são, sim, as pessoas perigosas. Que se fazem de inocentes e usam, se aproveitam e, em casos mais extremos, roubam ou matam até entes queridos. E a nossa sociedade, cheia de regras morais e tentando sempre responsabilizar alguém pelo ocorrido, não percebe que cria ainda mais sombra. Cada vez que a luz é levantada, que a justiça é feita, uma pequena semente do mal se instala em outro local, em outra realidade. E é até por isso que Peter Pan queria a sua sombra de volta. Sem ela, não há luz!

O podemos fazer é aceitar. Aceitar essa realidade no mundo e em nós mesmos. Podemos entender que sempre haverão maus políticos, maus motoristas e gente que mata, estupra, assusta ou só puxa o seu tapete na empresa. É preciso estar atento e forte, saber em quem confiar e, principalmente, confiar que estamos e permaneceremos no lado claro da força, onde não precisamos das experiências ruins. A força é sempre a mesma, e ela age nos dois lados. Você é que precisa se trabalhar e se conhecer muito bem para saber de que lado você está.

 

*Eu só vi o BIO na Sky, canal 50.1HD. Consulte com a sua operadora. Vale a pena!


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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