A MENTE E AS EMOÇÕES NA SAÚDE E NAS DOENÇAS I
Atualizado dia 10/22/2009 3:06:06 PM em Psicologiapor Osmar Francisco dos Santos
O que entendemos por mente é o fator decisivo para uma melhor qualidade de vida e sucesso ou, ao contrário, ficarmos sujeitos a fracassos e neuroses o que nos levaria a uma vida limitada, perdida e até à morte. Quando nos referimos à mente sempre nos lembramos do cérebro em sua estrutura física, seus neurônios, etc. Todos que viram uma foto, uma escultura ou uma peça real associam a mente ao cérebro. Isto acontece porque nossa memória associa conceitos a símbolos. Mas a mente a qual me refiro será mais bem compreendida se a associarmos a algo como uma "entidade ilimitada", sobre a qual conhecemos apenas uma pequenina parte, através da qual mantemos um padrão de comportamento na maioria das vezes repetitivo e pobre.
Essa parte da mente registrada em nossa memória desde o nosso nascimento, constitui uma espécie de padrão de controle, um programa que foi "gravado" em nós, o qual não escolhemos e que corresponde a um sistema de crenças, que usamos para viver. Procuramos nos manter dentro desse "programa", para gozarmos de iludida segurança, o que, no entanto, impede-nos de ousarmos mudanças que poderiam nos tornar mais ricos e criativos. Enriquecemos esse programa através da incorporação de informações de nosso interesse e vamos assim progredindo no aspecto intelectual e social. Esta é a mente cognitiva, racional, científica que constitui parte de nossa personalidade, que por sua vez, sofre influência da cultura compartilhada com a comunidade. A esse aspecto da mente damos o nome de "inconsciente coletivo", de onde advém inúmeras práticas supersticiosas e comportamentos grupais como modismo, etc. Esse modelo mental repete dogmas e rituais sem considerar o sentido, o "porquê", ocupando espaços da memória e impedindo, às vezes, uma tomada de atitude mais objetiva.
Essas funções mentais estão relacionadas ao lado esquerdo do cérebro, sendo todo ele o "aparelho" pelo qual a nossa mente se manifesta e nos dirige. Ocupamos praticamente toda a nossa vida com as atividades da mente objetiva, embora ela não consiga ultrapassar o limiar de nossos sentidos porque tem necessidade de lidar com a parte concreta das coisas. Ela precisa comprovar, julgar e comparar para entender; daí vir a máxima cartesiana:"só podemos considerar algo como real, se passar pelos nossos sentidos.
Toda a idéia cartesiana foi ultrapassada pela física quântica onde o observador é ativo, ou seja, em simples palavras: o fenômeno sofre a ação emocional de quem está envolvido nele. Assim, ao se estudar a dinâmica das nano partículas, descobriu-se um novo universo que está revolucionando nossas vidas. A descoberta das nono partículas só foi possível porque nossa tecnologia possibilitou a capacidade de sintonizarmos com a suas freqüências, mas elas sempre existiram, assim como a eletricidade e as ondas de rádio, apenas antes não tínhamos equipamentos capazes de identificá-las e usarmos suas energias.
Da mesma forma, nosso corpo, especialmente nosso cérebro, possui capacidades latentes para captar aspectos ilimitados de nossa mente. Só não conseguimos ainda porque nossa consciência da realidade está limitada à percepção sensorial, que também possui mais capacidade do que a manifestada, visto que alguns animais possuem certos sentidos muito melhores que os nossos, pois dependem deles para viver. Também o homem quando se vê privado de algum de seus sentidos, aguça outros para compensar.
A mente como "entidade ilimitada" ocupa o lado direito do cérebro, de onde vem toda criatividade, toda arte, toda descoberta. Essa parte da mente funciona segundo outros princípios diferentes dos da mente lógica descrita acima. Sua principal característica é a intuição que consiste em conhecermos algo sem que seja preciso raciocinar, deduzir. A mente ilimitada funciona enquanto a outra está parada, daí as práticas de meditação para paralisar os pensamentos.
Ao acesso da mente ilimitada chamamos de "insight", "satori", "luz". As ondas elétricas que produzem seu funcionamento são de freqüência muito sutil, que são produzidas pelo acesso às emoções elevadas, estados de êxtase que podem ser conseguidos através da música erudita, manifestações da natureza, estados de meditação profunda, experiência religiosa de contato interno com o "EU DIVINO" (nunca através de experiências místico-devocionais e muito menos as provocadas por alucinógenos), pois o sistema nervoso precisa estar intacto, livre de agentes químicos, caso contrário, teremos uma experiência relativa ao plano astral, bem diferente das do plano mental as quais me refiro.
Algumas vezes, os sonhos podem nos trazer experiências relacionadas à mente profunda, aos quais Jung deu o nome de "grandes sonhos".
A próxima etapa do desenvolvimento humano, que já se iniciou, nos levará a experiências relacionadas a nossa mente profunda, através da qual ampliaremos nossas possibilidades como seres humanos, reformularemos nossos valores e reformaremos o mundo. A primeira condição para isso é atualizarmos nossos "programas internos", a fim de diminuir a "tagarelice mental", que representa um verdadeiro "entulho" que nos impede o acesso à mente profunda. Toda linha de psicoterapia, depois de estabelecer o equilíbrio psíquico, deveria promover o crescimento através do acesso à mente profunda.
https://somostodosum.com.br/A++MENTE+E+AS+EMO%C3%87%C3%95ES+NA+SA%C3%9ADE+E+NAS+DOEN%C3%87AS+I++c20046.html
https://www.terceiromilenionline.com.br/ - Revista Holística de Qualidade de Vida - Ano8.Número 91 - Outubro-2009 Pag. 27
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•Participante do Núcleo de estudo Junguiano do Rio de Janeiro; •Palestrante e autor de trabalhos sobre Psicologia Junguiana publicados em revistas universitárias e outras; •Psicoterapeuta transpessoal da linha Junguiana; •Administrador de Empresas e Consultor de Qualidade Total na Área de Recursos Humanos. •Atuação em Consultório particular. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |