Ações efetivas!
Atualizado dia 1/28/2013 7:09:40 AM em Psicologiapor Paulo Salvio Antolini
Se cada pessoa tirar um tempo para analisar se suas ações estão realmente voltadas para o que se pretende, a grande maioria ficará surpresa com o que vai encontrar como resposta. Mas tem que ser uma análise desprovida de posturas orgulhosas e prepotentes, que impedirão a verdadeira visão dos fatos.
Quantos esforços feitos e sem produzir efeitos, resultados. Lembro-me de estar em uma grande empresa conhecendo seus setores, acompanhado pelo gerente industrial e ao avistar um funcionário que vinha observando há vários dias, eu disse: "Aquele seu funcionário me parece que trabalha muito", e a resposta desse gerente foi: "É verdade, mas produz pouco".
Para termos resultados necessitamos de ações que nos leve a eles. Nos dias de hoje estamos vivendo uma grande dicotomia entre intelecto e ação. O mundo virtual com plena identificação em nosso campo mental tem se fortalecido acima de todos os esforços da ação humana, como se pudesse substituí-la nas realizações concretas.
Não basta imaginarmos que estamos saboreando apetitoso prato que se encontra à nossa frente. Se não movermos os braços para apanharmos o alimento e levá-lo à boca, morreremos de fome.
Nunca se diagnosticou tanto como portadores de Transtorno Bipolar pessoas que, de fato, estão apenas pagando o preço de não conviverem com frustrações, pois não foram preparadas para isso. Em qualquer dificuldade, eis que entram em depressão. Também o mesmo para a Síndrome do Pânico. Qualquer coisa que se tenham que enfrentar e pronto, entra-se em pânico. Mas basta pararem de olhar para o que os assusta e consideram desafiador para ficarem bem. Observem os portadores destes falsos diagnósticos como reagem positivamente ao serem convidados para uma ida ao shopping para umas "comprinhas básicas". Em realidade, puro despreparo para assumirem suas próprias vidas com todos os desafios que viver representa.
Mesmo em consultório nos deparamos com as resistências de nossos clientes que após identificarem o que é necessário fazerem, não o fazem.
Conversando com uma pessoa sobre o tema, ela me disse: "É como querer ir para a praia e na hora de pegar o caminho para a Rodovia Imigrantes, por ela estar congestionada, pega-se para a Rodovia Castelo Branco, mais livre".
Esse comentário exemplifica bem o que se tem feito para se atingir os objetivos: Indo pelos caminhos aparentemente mais fáceis, mesmo que não nos conduzam para onde dizemos querer ir. Depois ainda reclamamos por não ter chegado lá?
Que falta está fazendo o tempo de se brincar com caixinhas e pequenos objetos onde havia a necessidade de se imaginar o "caminhão" naquele toquinho, a boneca naquele amarrado de "trapos" e assim por diante. O ter tudo pronto, conquistas do progresso, deixou essa conseqüência para ser lidada: o ser humano está querendo que sua vida venha resolvida e alguns querem até que com manual de instruções.
Mas é possível cada um compor seu próprio manual. Basta parar para refletir no que se quer, ver o que é necessário para tanto e descrever quais serão os passos a serem dados, atingindo assim o resultado. Ao fazê-lo, considerem que haverá em alguns momentos a necessidade de correções, não parem por causa disso. É como se no "joguinho da vida" fosse necessário se repetir a fase em que se está para passar para a próxima.
Realizar ações efetivas, ações que realmente nos coloque onde queremos estar, exige que quebremos nossos condicionamentos. O esforço é o mesmo de quem quer deixar um vicio. Será preciso lutar para não fazer do mesmo jeito de sempre, jeito que não o levou para a praia, onde queria ir.
Texto revisado
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