Amar ao próximo como a si mesmo. É possível?
Atualizado dia 05/03/2012 14:50:35 em Psicologiapor GUARACIARA ROMA
O que eu constatava era que existia uma total desconexão delas consigo mesmas, com o que pensavam e diziam. O que falavam não correspondia com a forma como agiam. Ficava pensando, por que elas não se davam conta dessa incoêrencia? Como acreditavam amar a outros como a si mesmas se não conseguiam dar-se conta do que faziam e do que sentiam?
Anos se passaram e ainda hoje observo isso nas pessoas de forma geral. Elas se comportam como se fossem duas pessoas ou mais pessoas dentro de uma só. Hoje entendo que são partes de um ser, que não consegue se perceber como um todo. São partes que vivem mas não interagem. Como se fossem figura e fundo, luz e sombra. Por isso a desconexão.
Percebo também que amar aos outros não é tarefa nada fácil. Como podemos amar quem nos faz ou fez mal? Afinal, inimigos são inimigos, não importa se a inimizade é por causa de uma disputa ou pelo fato do inimigo ter tirado a vida de nosso filho. E, então, como entender a mensagem de Jesus e de tantos outros mestres, que falam de perdão e compaixão?
Na minha opinião, esse entendimento se dará através da empatia. E o que é a empatia? "Na psicologia e nas neurociências contemporâneas a empatia é uma "espécie de inteligência emocional" e pode ser dividida em dois tipos: a cognitiva - relacionada à capacidade de compreender a perspectiva psicológica das outras pessoas; e a afetiva - relacionada à habilidade de experimentar reações emocionais por meio da observação da experiência alheia". (Wikipedia)
Ou seja, quando nos colocamos no lugar do outro, procurando ver através da sua lente e não da nossa, podemos entender o porquê de suas atitudes. Ao entendermos, abrimos caminho para a compreensão e consequentemente para a aceitação e o perdão.
Parece fácil, não é mesmo? Mas não é.
Voltemos novamente ao começo. Como podemos nos colocar no lugar do outro se não enxergamos nem a nós mesmos? Para chegar a esse ponto tão almejado e estimulado precisamos incialmente nos conhecer, aceitar nossos limites e dificuldades e amar a nossa humanidade perfeitamente imperfeita. Só assim, poderemos: nos colocar no lugar do outro, amar o diferente e amar quem nos faz sofrer. Por quê? Porque amaremos a nossa humanidade que está dentro dele, amaremos a nossa imperfeição que está ali espelhada. Não se trata de amar aquela pessoa propriamente dita, mas amar esse outro que é parte de nós, essa parte nossa que se encontra no outro. Afinal, somos todos um, não é mesmo?
Várias ferramentas estão à nossa disposição para darmos esse passo em direção a nós mesmos, são diferentes terapias, técnicas, meditação, oráculos, enfim, instrumentos colocados à nossa disposição. É só perder o medo e se permitir.
Até a próxima!
Texto revisado
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Psicóloga, Terapeuta de Vida Passada, Frequências de Brilho e Cura Reconectiva® / Reconexão®. Especialista em Cuidados Integrativos pela Unifesp, com MBA em Gestão Avançada de Recursos Humanos, Conferencista, escritora de diversos artigos, consultora, facilitadora de Oficinas de Sentimentos, de treinamentos, cursos, workshops. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |