AMOR ILIMITADO
Autor Merit Rabanés
Assunto PsicologiaAtualizado em 6/3/2009 3:38:15 PM
Lama Gangchen Rimpoche nos ensina que cinco são os pensamentos ilimitados que nos ajudam a evoluir e a nos curar.
Vamos falar do primeiro. O amor.
O amor ilimitado parece ser algo muito difícil para nós, primeiro porque trazemos memórias inconscientes do passado, que limitam a nossa capacidade de amar, depois porque vivemos em uma sociedade que nos obriga a retribuir qualquer coisa: vamos a uma festa e temos que levar presentes, por exemplo. Confundimos amor com gratidão. Confundimos amor com paixão. Confundimos amor com qualquer outro sentimento nobre.
Se eu amo alguém e esta pessoa não faz o que quero, vou logo achando que ela não me ama, porque só vejo (limito) aquilo que quero não o que ela pode oferecer.
Se faço um favor a alguém e esta pessoa não o retribui quando creio que assim deveria ser, vou logo acreditando que a pessoa não gosta de mim.
A verdade é que não temos capacidade de medir o amor do outro apenas pelo que percebemos dele, no que ele dá, no que ele mostra.
Outra verdade é que costumamos confundir o amor com outros sentimentos, com sensações e com emoções que estão longe de ser o amor em si.
O amor ilimitado é o sentimento de afeto, de bem querer a tudo o que tem vida no planeta.
Quando amamos de forma ilimitada estamos respeitando o Criador, estamos demonstrando que entendemos sua criação, suas criaturas.
Como amar ao outro se não consigo amar a mim mesma? Por que não consigo gostar de mim como sou? A fé em Deus me daria a certeza de que sou legal do jeito que sou, não do modo como os outros gostariam que eu fosse.
Numa sociedade em que são valorizadas as pessoas que têm determinado padrão de beleza física, fica difícil para as demais se encaixarem em algum conceito que lhes faça bem.
Já dizia o velho ditado "por fora bela viola, por dentro pão bolorento" querendo nos ensina r de que não adianta nada sermos bonitos fisicamente, se espiritualmente acabamos assustando as pessoas.
Para exercitar o amor ilimitado precisamos nos conhecer intimamente e aí teremos condição de gostar de nós, depois gostar do outro.
Na sequência, gostar do outro implica em aceitar que ele pode fazer o que quiser, que não temos poder de modificá-lo, respeitando a lei do livre arbítrio. Aceitar o outro como ele é não significa concordar com a maneira que ele consegue ser.
Para aceitarmos o outro, precisamos exercitar a empatia, a oportunidade de nos colocarmos no lugar do outro e sentir o que ele sente, vendo da maneira que ele enxerga.
O processo de aceitação do outro é concluído com o exercício da compreensão, que é quando entendemos que nem sempre a outra pessoa pode ou sabe ser melhor do que achamos que deveria.
Exercitando, então, a empatia, a aceitação e a compreensão de nós mesmos e do outro estamos exercitando o amor ilimitado, sem condição.
Lembrando que JESUS ensinou que amar o amigo é fácil, então estas regras nós a aplicamos a todos os outros.
Ninguém está dizendo que é um processo fácil aceitar o outro quando ele quer "se matar" usando drogas, quando ele rouba, mata, violenta de qualquer forma, por exemplos.
Porém, não é impossível ver o outro como criatura de DEUS em evolução como nós, mas ainda carente de muitos aprendizados.
E você? Se ama do jeito que é?
O processo de se conhecer, de se gostar produz felicidade, que por sua vez gera uma série de outros benefícios para si.
Certamente quererá compartilhar o amor e ser feliz.
Eu quero.
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