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Amor Próprio

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Autor Raphael Mello

Assunto Psicologia
Atualizado em 10/10/2023 10:12:56 AM


Muito se fala sobre amor próprio né? Na contemporaneidade o que mais ouvimos é: "Ame-se primeiro para depois amar o outro";  "Você tem que se amar acima de qualquer coisa";  "Seja completo com você"; "Ame-se acima de tudo".

Primeiro ponto importante é a gente pensar nesse lapso, pequeno engano que existe nessa palavra "amor próprio". Inicialmente o amor nunca é próprio de nós mesmo ele é sempre do outro. E porque? Por que para que você pudesse entender o que é amor e se sentir amado, alguém em algum momento precisou te amar, te cuidar, te acolher. Quando nascemos, nascemos como objeto dos nossos pais ou de quem nos criou que nos cuidou. E é a partir dai que vem o primeiro momento do amor próprio. E mesmo que você não tenha sentido ou vivenciado isso, você nasceu a partir de um desejo - confia nesse desejo.

Segundo ponto importante dos discursos contemporaneo é pensar nessa obsessão de validar a todo o momento o individualismo.
Nas relações o que mais ouço em consultório é essa lógica de que você tem que se amar - auto amor, auto cuidado, auto aceitação, seja você mesmo, encontre seu propósito, primeiro se ame depois busque um relacionamento. Frases imperativas.

Esses discursos neoliberais, de blogueiras, coaches -  formam pessoas extremamente isoladas e solitárias que cada vez mais se defendem da possibilidade de conexão com o outro, afinal essa ritualização e obsessão pelo individualismo, pelo auto amor,  faz com que as pessoas criem uma espécie de fortaleza, uma armadura tão rígida, cheia de certezas, que não deixa nenhuma brechinha para uma luz entrar, para se vulnerabilizar e deixar um outro "entrar", pois outro se torna uma ameaça ao "mundo perfeito" do amor próprio, porém esvaziado de conexões reais. Não sobra espaço para dúvidas, para namorar algumas interrogações.

A vida não é um caminho de certezas, pelo contrário é um caminho de dúvidas e as certezas são apenas alguns tropeços que damos.

Fica cada vez mais difícil encontrar momentos de felicidade e bem estar, uma vez que discursos imperativos, estão cada vez mais fortes na sociedade.  

Amor próprio está muito mais ligada a lógica da incompletude, aceitar nossa condição humana e faltante. Onde não tem objeto e nem remédio. Mas talvez seja sobre abrir algumas "brechinhas" nessa muralha imperativa de auto amor e permitir que os outros nos amem, mesmo quando não nos sentimos tão dignos de amor assim.

Como disse a terapeuta Esther Perel: "a gente não aprende simplesmente a se a amar por conta própria. Para amar o outro, precisamos nos amar; e para conseguir se amar, é preciso se permitir ser amado pelo outro."

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Raphael Mello   
Olá, sou Raphael Mello, Sócio do Espaço Cântaros, Psicólogo & Psicanalista. Pós Graduado em Psicanálise Clínica e também em Saúde Mental, Psicopatologia e Atenção Psicossocial, além de Colunista de sites para autoconhecimento. Atuo em clínica desde 2015 e trabalho a partir do inconsciente e suas singularidades.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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