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As bobagens que cometemos

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Autor Andrea Pavlo

Assunto Psicologia
Atualizado em 06/03/2008 21:46:39


Este é quase um artigo de desculpas. Digo “quase” porque nada, nada mesmo, substitui olhar nos olhos do outro e dizer um desculpa com a boca e o coração bem cheios. Mas às vezes o tempo passa, as mágoas vão ficando entulhadas como um daqueles quartinhos de bagunça, e aí, não dá mais. Não dá mais para pedir desculpas porque as bobagens já foram feitas. As palavras já foram ditas, as malas estão prontas, a pessoa está em outro continente (físico ou emocional) e, simplesmente, não tem como voltar atrás. E, um dia, a gente olha e vê: sim, cometemos muitas bobagens.
Por bobagens vamos entender tudo aquilo que, absolutamente, não era necessário. Não era necessário dizer para sua mãe, num acesso de raiva, que ela é uma velha frustada. Não era necessário dizer pra o homem da sua vida que ele é imaturo demais para ficar com você. Imaturo? Legal! E quem é o imaturo quando dizemos isso numa crise de relação das brabas quando ele simplesmente não te deu o que você quis? Não era necessário desaparecer porque se sentiu magoada demais para conversar. Não era necessário cometer tantas bobagens.
Se formos fazer uma lista das nossas conquistas e das nossas bobagens, com certeza a primeira ganha. Mas as que ficam mesmo com a gente, e nos atormentam anos a fio, são as coisas que dizemos e fazemos sem pensar. Quem diz e faz, claro, não somos nós. Mas a nossa porção criança, mimada e que não conseguiu o que queria. É, caros amigos, todos nós temos essa porção. Alguém magoado, lá no fundo, que em determinado momento resolve “se vingar” de tudo o que já passou. Se vingar de todas as injustiças sofridas, se vingar dos xingamentos do colégio, das noites mal dormidas, de tudo que não deu certo, do pai, da mãe, dos professores insensíveis. E essa criança simplesmente joga tudo em cima de alguém. Uma única pessoa que passa a ser a culpada por todas as nossas angústias, os nossos medos, as nossas vergonhas mais íntimas e remotas. Projetamos e entendemos, mesmo que por poucos instantes, que aquela pessoa é a única responsável por aquela sensação ruim que toma conta de nós.
Pois é, mas não é. E quando a raiva e a mágoa passam vem a lucidez do nosso adulto. Que vê, enxerga, analisa e percebe: fizemos uma bobagem. Cometemos um erro que não era necessário. E aí vem a culpa. Uma imensa, enorme culpa por ter feito quem amamos tanto, tanto, mas tanto, sofrer. De ter dito e feito coisas que nosso estado normal e adulto não faria.
No fundo, tudo não passa de uma imensa crise de “criancice”. Isso mesmo. Uma imaturidade que todos nós, neuróticos, levamos a termo em algum momento de nossas vidas. E no fundo, no fundo mesmo, não passa de amor. Porque confiamos tanto naquela pessoa que deixamos essa criançinha sair e dizer tudo o que está pensando, esperando uma compreensão cega, surda e muda. Mas o outro também tem a sua criancinha magoada. O outro também se machuca e percebe a nossa dor. E aí precisamos dos pedidos de desculpas.
Então, hoje, eu peço desculpas. Por todas as minhas criancices. Por todas as conversas desnecessárias, por todos os ataques de ódio (cujo complemento é o amor), por todos os pensamentos malévolos, por toda a mágoa que causei inconscientemente. Hoje, mais madura, percebo o que fiz. Mas não sinto culpa. Sinto que precisava disso para crescer, precisava entender como as coisas funcionam e, com certeza, aquelas pessoas não estavam na minha frente à toa. Vou é me desenvolver e crescer cada vez mais, para que a minha criança fique feliz, cheia de mim, e não precise mais fazer bobagens, cometer erros que magoem os outros e pedir desculpas.

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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