As dores passam, as marcas ficam!
Atualizado dia 16/07/2021 12:51:43 em Psicologiapor Paulo Salvio Antolini
Marcas que não são vistas, porém, que ficam atuando em nossa forma de ser, e só com um exame muito detalhado é que podemos identificá-las e, então, fazermos algo para modificar seus significados.
Sim, não é possível mudar o passado, mas é possível se ter uma nova compreensão sobre o que ocorreu. Não pensem que é ser “Poliana, fazer o jogo do contente”.
Tudo depende da interpretação que se dá aos fatos, às ocorrências.
Eis o grande ponto dos problemas: as interpretações. Cada pessoa tem uma forma de perceber e interpretar as coisas.
Nos dias atuais, as convenções, os significados das palavras são diferentes de pessoa para pessoa.
Então, prevalece a interpretação distorcida ou a que mais interessa a quem recebe.
É interessante que até as coisas mais simples e claras tem exigido serem ditas e desenhadas, para evitar essas distorções.
A comunicação parece ter perdido sua função. Em momentos tão conflitantes, onde as pessoas estão enfrentando tantos problemas e obstáculos, onde o bombardeamento de informações e contra-informações se fazem tão presentes, a paranóia se generaliza, tudo tem cheiro de agressão e critica.
Qualquer colocação feita apenas joga “gasolina no fogo”, onde a gasolina é o que é dito e o fogo é o que o ouvinte traz dentro de si.
A necessidade de tomarmos cuidado com o que dizemos é muito grande, assim como de quem escuta questionar de imediato o que entendeu.
Não deixar passar o mal-entendido, pois este vai crescendo, é o verdadeiro gerador de bombas. Em um momento irá explodir.
Esclarecer não é tirar satisfações e, sim, ter consideração e respeito por quem falou. “Eu não entendi bem, me explique melhor” evita muitos desencontros.
No momento do impacto ocorre a dor. Depois o que fica são as marcas que este impacto causou. Nem tudo é sobre nós ou vai contra nós! Pensem nisso!
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