AS MUDANÇAS NOS RELACIONAMENTOS ENTRE HOMENS E MULHERES

AS MUDANÇAS NOS RELACIONAMENTOS ENTRE HOMENS E MULHERES
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Autor Rita Maria Brudniewski Granato

Assunto Psicologia
Atualizado em 14/10/2004 18:37:59


Os relacionamentos entre homens e mulheres atualmente vêm sofrendo muitas modificações como efeito das mudanças culturais, dos modos de vida, de se comportar, de ser e estar que foram se alterando, adequando-se às exigências do próprio tempo.
Durante séculos ressaltou-se o domínio do masculino sobre o feminino. A mulher era considerada mais frágil, enquanto que o homem tinha, na imagem sócio-cultural, sua clara supremacia.
Homens e mulheres deveriam restringir-se ao seu papel social, de acordo com a sua identidade biológica de macho e fêmea.

Com a saída das mulheres do espaço privado para o público, como decorrência das guerras mundiais, da industrialização e do movimento feminista, houve uma redefinição dos papéis sociais estabelecidos até então pela norma sexual e moral burguesa, tanto para os homens como para as mulheres. À medida que essa discussão saiu do poder do masculino, tornou-se mais delimitada e fortalecida a representação da mulher enquanto “ser social”.

Com a diversidade de culturas, crenças e pluralidade de identidades psicológicas, sociais, de gênero e sexuais na contemporaneidade, é impossível conceber os mesmos antigos padrões de relacionamento entre homens e mulheres. Por isso vêm sofrendo mudanças e a cada década essas alterações foram se adequando às exigências do próprio tempo.

O Homem contemporâneo está a caminho de aprender a respeitar a singularidade, construída através da história sócio-cultural em que vive, aprendendo a respeitar a subjetividade inerente ao ser humano.
Os homens e mulheres diferem em todas as áreas de suas vidas. Eles pensam, sentem, percebem, reagem, respondem, amam e apreciam tudo de forma diferente. Esta compreensão das diferenças psicológicas ajuda a resolver muito a frustração em lidar e tentar entender o sexo oposto.

Narcisicamente, o ser humano se projeta no outro que ama e espera que ele se comporte da mesma maneira que ele reage e se comporta.
Os homens esperam que as mulheres pensem, falem e reajam da mesma forma que eles e as mulheres idem, esquecendo-se que são diferentes. Como resultado disso os relacionamentos ente os sexos ficam permeados de conflitos.

Um exemplo de diferença significativa: o sentido de si mesmo para um homem é definido pôr sua habilidade de alcançar resultados e para a mulher é em função de seus sentimentos e pela qualidade de seus relacionamentos.
A própria linguagem: ambos os sexos podem utilizar as mesmas palavras, mas a interpretação simbólica é diferente. Pôr ex: quando a mulher faz uma reclamação de que não está sendo ouvida, significa que o homem não consegue perceber o que ela está sentindo.
Ë importante para o Homem também notar que faz uma diferença positiva na vida de alguma pessoa. Sendo difícil para ele ficar motivado quando não se sente necessário, precisa se sentir apreciado, captar que tem a confiança da companheira e que é aceito. Não se sentir necessário é a morte para ele.

As teorias, as influências socio-culturais levaram a mulher a acreditar que era inferior, com pouca força física e desprovida de níveis abstratos de pensamento. Essas teorias, nada mais são do que mitos, a influenciarão a ser um ser relegado ao espaço do lar, aos assuntos da procriação e dos filhos, ausente da vida pública e política, discriminada para estudar e para crescer profissionalmente.
O século passado veio desfilar sobre a mulher afirmações que sexo não a interessava e nem a agradava.

Todas as influências sócio-culturais tiveram anos de impacto formativo e deformativo sobre a mulher, como se fizesse parte da natureza dela ser assim. Mas na verdade a natureza humana só traz a anatomia e a fisiologia, tudo mais foi produto da cultura de cada grupo social.

A principal fonte de segurança para um a mulher adulta nas camadas predominantes da sociedade, o que se espera dela, ainda é exercer o papel de esposa e de mãe, por isso quando se libera, fica independente, sente um mal estar interno. Sendo assim a sociedade moderna a colocou num paradoxo: leva-a ao trabalho, como elemento produtivo, ao mesmo tempo que a vê com maus olhos, como se tivesse abandonado os filhos para poder trabalhar, gerando culpa, tensões, doenças psicossomáticas e até depressão. E esse mito se estende para a área sexual, onde há submissão da mulher ao poder patriarcal, machista.
Quanto ao homem, macho, dificilmente se dirige à mulher para participar com ela do ritual mais antigo e poético que a humanidade possui: o ato sexual. Dirige-se a ela para se afirmar, para dizer a si mesmo, “estou aqui“. Só depois disso, do ato, é que ele se transforma em homem e se dispõe a participar com a mulher da troca recíproca de prazeres eróticos.
Centrado na ereção, o homem supõe não ser homem quando essa não se realiza ou não corresponde às suas expectativas.

A mulher, ao perceber que o homem está concentrado no estado do seu pênis, se sente excluída, desamparada desse vínculo peculiar entre o homem e seu genital... Muitas vezes a mulher se sente frustrada pois, depois da ejaculação, ela sente que ele “desaparece”, junto com as carícias, as palavras de ternura, etc.
O desejo da mulher é muito mais continuo, permanece após o orgasmo. Por isso fica frustrada, magoada com o afastamento do homem que fere essa aspiração de continuidade.
Assim no homem, a maior parte do ser está comprometida na ereção, a mulher só passa a ‘sentir’ depois de ter sido considerada, admirada como um todo.
A mulher é um ser total, não separa ternura, emoção e erotismo. Já para o homem sentimento e erotismo são fatores que podem não se misturar, podem permanecer dissociados.

Atualmente a mulher está tentando se diferenciar, não vivendo uma relação de forma total e continua, mas isto é muito difícil de se concretizar, pois em cada experiência ela se entrega, deixa fragmentos de si mesma. É quase visceral para ela viver a experiência sexual de continuidade. Se o faz – se diferenciar - sente-se mal, com um tremendo vazio causando sentimentos de baixa auto-estima, como se ela estivesse “perdendo a linha”, como dizem os mais jovens.
Num relacionamento, o sexo é parte integrante, mas precisa vir sempre amparado de uma “mágica” que é o sentimento de confiança no parceiro, no seu comportamento e nas suas atitudes, pois amar pode implicar em depender, estar na mão da pessoa amada, e se isso não acontece, a mulher se sentirá irresponsável consigo mesma.

Dra. Rita M. B. Granato    www.ritagranato.psc.br
PSICOLOGA CLÍNICA
TERAPEUTA DE CASAIS
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Rita Maria Brudniewski Granato   
Sua metodologia atual de trabalho combina diversas áreas da Psicologia tradicional e moderna, com resultados altamente eficazes comprovados pela recuperação de centenas de pacientes ao longo dos seus mais de 30 anos de profissão Especializou-se em atendimento a adultos, adolescentes, crianças, casais e família.
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