As Paredes e o Emocional!



Autor SPAÇO NATUREZA & TERAPIAS
Assunto PsicologiaAtualizado em 04/05/2012 19:52:33
AS PAREDES E O EMOCIONAL
Por Silvio Farranha Filho, psicanalista
Por algum tempo procurei, sem encontrar, por um quadro para colocar na parede do meu consultório. Durante a procura eu me perguntava: afinal de contas quem deseja realmente o quadro: sou eu ou é a própria parede? Após a compra do quadro concluí que era realmente a parede quem desejava se enfeitar.
Por Silvio Farranha Filho, psicanalista
A parede atuava através de mim, quando a contemplava, ela me sensibilizava através daquele meu sentimento de insatisfação. Olhando os modelos e não me interessando por nenhum, eu estava materializando a vontade da parede.
O processo da compra foi assim: Ao passar por ele, senti na minha primeira impressão uma pontada de reconhecimento dizendo-me ser ele. Depois vim a saber que o quadro sempre esteve lá, mas eu não o percebia. Diante dele perguntei-lhe se desejava enfeitar a minha parede, aguardando a resposta. Também fiz o mesmo com a parede, comentando-lhe que encontrei um quadro e também aguardava o seu retorno. A resposta viria no próprio resultado da negociação. Repeti o procedimento algumas vezes.
Um dia procurei pela dona do quadro e surpresa com meu pedido, pois não comercializa suas obras, informou que iria pensar no caso (pensar?) avisando-me de sua decisão. Dirigi-me ao quadro e à parede, dizendo-lhes que agora era com eles. A dona decidiu-se pela venda e lá foi o quadro para o meu consultório.
Parece estranho, não é? Como pode a parede comandar tal situação?
Comecei a entender que a parede apesar de mostrar-se sem vida, tem em seu interior, seres encantados que absorvem o nosso emocional. Tais seres formam a "inteligência" da parede, dando-lhe vida. Podemos fazer perguntas e obter respostas das paredes. É possível reeducar o nosso emocional com o auxílio delas. As respostas são obtidas pelo nosso sentir, pela forma de se relacionar com elas, respeitando a maneira própria de cada um.
Observei que ao contratarmos um profissional para executar um serviço na parede, é a própria quem seleciona a pessoa, e a contratada foi escolhida por se afinar com a vibração das paredes da casa, por conseguinte com a nossa própria emoção.
As paredes da nossa casa refletem o nosso emocional, principalmente os conteúdos mal resolvidos em nossa sombra. Se tivermos uma criança interna em nossa personalidade que está mal resolvida, a pessoa atraída tem um pai mal resolvido. Pessoas que adentram a casa contendo dentro de si aquilo que também está mal resolvido no dono, vão se identificar com o ambiente e se sentirão bem. No simples gesto de bater um prego se a parede não aceitar aquele prego, ele cai, entorta, até machuca-se o dedo. É daí que vem a pratica de pedir permissão às paredes para se executar qualquer coisa nelas.
Há um cômodo da casa em que mais nos sentimos bem, esse cômodo é o nosso altar natural, pois ali os seres encantados efetuam as nossas trocas de energias. Estando cansados, neste cômodo relaxamos. Estando ausente, as paredes ficam tristes e saudosas. Tudo são energias. Uma pessoa depressiva torna a casa depressiva, através de suas falas internas. As paredes captam essas falas e refletem a depressão através da decoração, também depressiva.
Realizar a reforma emocional, isto é, reavaliar nossa forma de ver, sentir e compreender a Vida e suas Leis Espirituais é o objetivo da nossa existência. As pessoas que realizam o despertar de suas consciências para este objetivo de vida decidem, na seqüência, reformar suas residências, mudam de casa ou de lugar e as pessoas ligadas a elas, também iniciam a reforma de suas casas, demonstrando o poder mágico das paredes e do nosso emocional.
Obs.: A imagem ilustrativa do texto é a do quadro citado no artigo. Ele continua absoluto na parede.









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