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Autoconhecimento, caminho para a plenitude

Atualizado dia 19/08/2016 09:12:06 em Psicologia
por Estrela da Manhã


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Nós que lidamos com saúde de um modo geral, profissionais de medicina, psicologia, enfermagem e de atividades parceiras no ofício de buscar a cura, em essência convivemos com o sofrimento. O sentimento de estar adoecido remete a uma condição de angústia e dor. Assim, diariamente adentram aos nossos recintos terapêuticos das mais variadas denominações e competências, pessoas que sofrem.

Em Saúde Mental, que é a nossa área específica de atuação, o sofrimento se instala em uma dimensão não visível, não palpável, apenas sensível, principalmente para o paciente. Em algumas situações essa dor que se processa no emocional, lança ramificações para o físico e passa a ter manifestações somáticas como alterações do sono, apetite, atenção, concentração ou até na disposição para realizar atividades do dia a dia.

O grande desafio para o tratamento é fazer o paciente perceber que o seu problema não tem origem ou não se esgota no físico. E, mais ainda, identificar a origem emocional de tal situação.

A pessoa que somos e que se apresenta, se mostra ao mundo, foi construída ao longo dos anos através de todas as vivencias e experiências estimulantes, fortalecedoras e também depressoras e devastadoras que tivemos ao longo da vida. É um exercício delicado e difícil, o de nos colocarmos no lugar da outra pessoa para tentarmos sentir as suas dores e as suas dificuldades. Podemos até tentar imaginar, mas a experiência vivida por cada um é única, pessoal e intransferível.

Com esse pensamento, ainda que estejamos lidando com patologias que tenham uma base orgânica, química, ou física, sempre oriento aos pacientes que me procuram a que busquem também o apoio de um psicólogo ou de outro terapeuta que favoreça a caminhada nessa trilha do autoconhecimento, facilitando a percepção do ponto, da vivencia em que se identificou a dificuldade em questão.

Tentando explicar eu diria, ninguém vai dormir seguro de si, confiante, e acorda no dia seguinte tímido, reservado, achando-se incapaz de enfrentar situações, com um quadro sugestivo de isolamento social. As coisas vão acontecendo gradativamente, lentamente... A grande questão é: essas alterações não se passam no físico, elas acontecem no emocional. Só eu sei que estou insegura, só eu sei que meu coração disparou e eu comecei a tremer. E eu me controlo, disfarço e ninguém percebe... E finjo estar tudo bem porque não quero parecer uma pessoa assustada e fraca.

O papel do terapeuta é exatamente de conduzir-nos por esse caminho, por isso muitas vezes precisamos falar dos nossos problemas, contar nossas histórias. Para alguns pacientes, falar sobre si é impraticável...

Nessas situações, podemos lançar mão de atividades artísticas como ferramentas terapêuticas. As expressões cênicas, a dança e outras atividades corporais, a música, a utilização de escultura e desenho favorecem e muito a exteriorização das angústias internas do paciente.

Em nossa experiência clínica, lançamos mão das duas possibilidades a fim de favorecer uma adequação ao paciente. Alguns preferem o contato em separado com o profissional de psicologia e fazem da terapia individual o suporte ideal. Para aqueles que necessitam de uma forma alternativa de trabalho, oferecemos os grupos terapêuticos que envolvem atividades artísticas. Os dois processos trazem resultados excelentes que se somam à terapêutica medicamentosa.

Particularmente, sou defensora ardorosa da equipe multiprofissional. Não acredito em mudança de fora para dentro. Recomendo a todos que me procuram com sofrimento emocional que busquem o autoconhecimento de alguma forma. Ele é a chave certa para abrir a porta que nos conduzirá à PLENITUDE.

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Musicoterapeuta, Arteterapeuta. Atendimento também com Reiki e Florais. Fone- 71-99411-0107 Contato [email protected]
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