Buscar uma postura mais adequada!
Atualizado dia 9/18/2017 8:24:45 AM em Psicologiapor Paulo Salvio Antolini
Tendo perdido seu marido muito cedo, vive de sua pequena pensão e um ou pequeno trabalho que às vezes realiza. Ela é tida no local onde mora como a “orientadora dos necessitados”. O extraordinário de sua vida é a paz e sorriso constante que sempre apresenta, mesmo em situações em que outras pessoas estariam aflitas.
Dona Maria tem um lema: “Viver um dia de cada vez e saber que tudo é obra de um Ser Maior”. Raramente fala o nome de Deus. Perguntada sobre isso, responde que estão deteriorando o nome Dele, usando-o para interesses mesquinhos e egoístas. Teve várias desilusões pelos locais de oração por onde passou, mas nunca perdeu sua Fé nesta Força Maior.
Tendo crescido em uma fazenda onde não tinha acesso à escola, aprendeu a ler e escrever com seus pais, sabe fazer contas e, em sua simplicidade toda aprendeu a interpretar os textos que lê como se fosse uma especialista.
Podemos dizer que Dona Maria é uma terapeuta nata. Nasceu com esse dom. Alguns de seus princípios: Não julgar o outro por pior que possa parecer seu comportamento; Acolhê-lo buscando se colocar no lugar dele e, como ela mesma diz: não distribuir sentenças.
Ela costuma dizer que o melhor que a vida lhe ofereceu foi sua capacidade de refletir, por isso, sempre que recebe alguém que vem desabafar com ela ou mesmo em busca de orientações, ela apenas escuta. Faz longas pausas, muitas vezes segurando as mãos da outra pessoa e olhando-a de frente. Não tem pressa em responder, pois sabe que falar por falar não ajuda ninguém, mas pode atrapalhar muito.
Quando não surge nada significativo para dizer sobre o apresentado, ela balança a cabeça e pede a pessoa que se escute mais e sem pressa, pois ela não identifica que seja o momento de ter a resposta adequada.
Poucos compreendem que nem tudo é na hora. Porém, muitos já voltaram para dizer a ela que realmente ela tinha razão: as respostas vieram no transcorrer do tempo. Perguntado a ela como conseguiu desenvolver tamanha paciência, disse que em sua infância foi muito estimulada por seus pais a observar a natureza, principalmente o desenvolvimento das plantas. Ia diariamente ver o progresso que suas escolhidas faziam. Angustiou-se várias vezes ao achar que elas estavam “sofrendo”, mas depois surgiam lindas e fortes. Associou essas experiências à vida e aprendeu que os apertos e dificuldades eram para fortalecer o homem. Fortaleceu-se com isso.
Aprendeu que tudo tem o seu tempo e que, até chegar esse momento, é necessário que se faça o que se pode fazer. Não se deve ficar de braços cruzados.
Dona Maria é a representante de muitas pessoas que em sua maioria passam despercebidas, pois não fazem estardalhaços e nem vendem imagens. Apenas são.
Em época de tantas competições, onde um quer ser mais que o outro, precisa ter mais que o outro e a paz interior já não se manifesta há muito tempo, refletir sobre Dona Maria e sua forma de ser pode ser útil na busca de maior tranquilidade interna, maior aceitação de nossas vidas e consequentemente, ao aceitarmos algo como esse algo é, podemos então identificar o que podemos fazer para modificarmos o que é possível.
Talvez um dia a vida nos apresente as realizações concretas do que vivemos virtualmente, ou seja, bastará desejar para acontecer. Será?
Uma coisa é certa, ainda não é agora, não é hoje e nem se revela acontecer brevemente. Então, termos uma postura adequada para irmos à luta em muito nos ajudará em nossas conquistas, sem desgastes desnecessários e com grande redução de estresses e ansiedades.
Busquem as vezes em que mesmo com situações de tensões vocês conseguiram se manter tranquilos, sintam a tranquilidade que viveram naqueles momentos. Foi muito bom, não foi?
Texto Revisado
Avaliação: 5 | Votos: 1
Visite o Site do autor e leia mais artigos.. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |