Conflito na relação e covardia!
Atualizado dia 4/16/2017 9:52:32 AM em Psicologiapor Paulo Salvio Antolini
A conclusão que ela havia chegado é que ele estava criando uma situação que ao ficar insuportável a forçaria a pedir a separação. Ele sabia que ela faria isso e estava “forçando a barra”.
Um outro caso, um funcionário habilidoso e competente começou a se destacar dentro da organização. Seu superior imediato sentiu-se incomodado quando o diretor da divisão fez menções elogiosas ao seu subordinado. Passou a acreditar que essa pessoa era uma ameaça, pois em uma das conversas com o diretor, esse fez menção à possibilidade de promovê-lo. Tal promoção só poderia ser para a sua função, era isso que acreditava. Passou a tratá-lo muito mal. Passava atividades que depois dizia não ser o que pediu. Criava embaraços para seu funcionário sempre que podia. O mesmo estava se sentindo cada vez mais angustiado e não suportando mais tal situação apresentou sua carta de demissão. Seu chefe teve dificuldade em esconder dos demais seu contentamento, pois conseguiu o que queria: que ele deixasse a empresa sem ser ele fosse visto como o responsável pelo fato.
Muitos outros exemplos podem ser dados; com certeza, vocês leitores conhecem ou até já passaram por isso: a manipulação que gera resultados desejados, porém, não assumidos. A isso se dá o nome de covardia. Qualquer outra explicação não passa de meras tentativas de se isentar do feito.
A covardia revela fraqueza de espírito, falta de coragem e medo de responder pelos seus feitos, seus desejos. Também é considerado covardia quando alguém possui muita força física e/ou poder e a usa contra pessoas mais frágeis. É um grave desvio de caráter. O covarde é capaz de atribuir a inocentes a culpa de seus atos, visando se safar de suas responsabilidades. Se livrar do enfrentamento de suas decisões e opções. As marcas que deixam nas pessoas vitimadas por esses comportamentos são profundas.
A falta de honestidade e transparência fere e muito àqueles que passam por isso. Quando em uma relação isso ocorre, seja em relações afetivas ou profissionais, leva certo tempo até que a pessoa visada identifique o que está a ocorrer. Inicialmente, não entende o que está acontecendo, se percebe tratada como se tivesse feito algo muito errado e grave, tendo ofendido em muito a outra pessoa, que se manifesta ofendida e indignada. Ocorre como um torpor que a deixa imobilizada, mais lenta em suas reações, pois o não entendimento a deixa “sem chão”.
A essa senhora faltou-lhe perguntar a seu companheiro “o que é que você está pretendendo com essa sua atitude?”, e não permitindo a ele fugir da resposta. Saber que quem assim age vai tentar “explodir”. É importante o saber para não se amedrontar e recuar, pois é exatamente isso que ele quer.
O funcionário que apresentou seu pedido de demissão foi entrevistado pelo RH da empresa e explicou que não era mais possível conviver com ordens e contraordens de seu chefe. Meses após seu desligamento foi chamado pela empresa. Seu antigo chefe fora desmascarado e demitido. O convite era para ocupar o lugar dele. Não aceitou, pois estava em uma empresa onde, embora ganhasse menos do que lhe foi oferecido, tinha sido bem recebido e acolhido desde seu primeiro dia. Seu gestor o admirava e o incentivava em suas iniciativas que muito estavam contribuindo com os resultados da empresa.
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