Construindo sua imagem pessoal de sucesso
Atualizado dia 01/07/2008 10:26:42 em Psicologiapor Alex Possato
Se eu pedir para você imaginar uma bola, você poderá dizer: pronto! É simples! Já imaginei uma bola. Então, eu pergunto: a sua bola é igual à bola do colega que está lendo este texto ao mesmo tempo que você? E você diria, talvez: Bem... bola é bola. No fundo é tudo igual. Mas você sabe que não é tudo igual. Existem bolas de couro, de plástico, de meia, de golfe, de tênis, de boliche. Bolas murchas e bolas cheias. Ficaríamos discutindo “bolística” o tempo todo e não chegaríamos a uma conclusão “redonda”. Isso quer dizer que a imagem que você tem de uma bola é exatamente a que você determinou, através do seu conhecimento de bola e sua livre escolha.
Imagem é uma representação, não é a realidade. O homem, desde criança, é ensinado sobre o que é certo e o que é errado. Todo mundo, a começar pelos nossos pais, passando pelos professores, religiosos, parentes e colegas gostam de afirmar a verdade sobre o mundo. É assim, dizem eles. Isso é real! O mundo é isso! E a mente humana, que possui uma característica interessante – a de se condicionar - acredita que é possível saber o que é realidade e o que não é. Passamos a acreditar numa verdade, embora, como você viu acima, não consigamos nem determinar a imagem de uma bola.
O que os outros vêem de você?
A programação neurolingüística estudou a fundo a relação entre aquilo que se percebe e o efeito que isso causa em si mesmo e nos outros. O que acontece em mim mesmo se tenho a minha própria imagem pessoal como a de uma pessoa incapaz, tímida e lerda? Será que o outro também vê a mesma coisa que vejo de mim mesmo? E aquela pessoa que eu vejo como arrogante e gananciosa, será que ela se vê da mesma forma?
Bem, como expliquei que imagem é uma representação, é óbvio que não. O julgamento que os outros fazem de você são baseados em poucas características e posso garantir que 100% das conclusões que tiram a seu respeito tem a ver com o que eles acreditam que é certo ou errado. O seu certo e errado não tem a ver com o certo e errado do outro. A sua bola é diferente da bola do outro. Mesmo que você se ache incapaz, lerdo e feio, você pode ser uma pessoa simpática e isso fará da sua imagem pessoal algo agradável.
Mas, vamos pensar uma coisa: se imagem é uma representação, na verdade, ao afirmar que sou lerdo, feio e incapaz não estou falando a realidade, mas sim um julgamento que fiz baseado, às vezes, em conceitos inexistentes. Pergunte a si mesmo: feio em relação a quem? Lerdo comparado a quê? Quantas vezes conquistei coisas na minha vida? Isso é ser incapaz?
Brincar de dar certo na vida
A nossa vida é absolutamente virtual. Isso significa que não vivemos uma realidade, exatamente, mas vivemos uma imagem do que achamos que é realidade. Interpretamos tudo: a nós mesmos, nos julgando o tempo todo, para o bem ou para o mal, interpretamos o outro, os parentes, o saldo bancário, nossas qualidades e defeitos... Olhamos um dia de sol e podemos decidir que será cansativo por causa do calor, ou maravilhoso por ser um dia de sol.
A vida não é séria, é uma brincadeira, um jogo, e podemos jogá-lo com prazer ou achar que tudo é sério demais, sofrido demais... É exatamente por este motivo que existem pessoas que partem em busca da sua realização pessoal e, a partir dessa decisão, começam a brincar de “dar certo”. E sabe o que acontece? Quando alguém começa a brincar de dar certo, a tendência é que os outros acreditem que ele é vitorioso... e isso acaba se transformando em realidade.
Você poderia me perguntar: mas é tão simples assim? Brincar de dar certo? Como alguém que está brincando pode convencer os outros? Eu respondo: é simples assim. Por que convence? Porque a maioria esmagadora da humanidade leva a vida de uma forma séria e sofrida, acredita que a imagem que tem de si e do mundo é a realidade e, o pior, ao invés de construir uma imagem positiva, carrega nos ombros uma imagem dolorosa e sofrida. Inventa centenas de crenças para desculpar não dar certo nesta vida: na outra vida eu evoluirei! Não nasci em berço de ouro! Não tive estudo suficiente! Não tenho sorte! Não está tão ruim assim! Tenho o suficiente! Esta maioria da população, quando vê alguém feliz, brincando de viver e dando certo, também aspira ter esse mesmo estado de espírito. Logo, são atraídos por essas pessoas “diferentes”...
É necessário escolher o lado. Com diz o ditado um pouco desgastado pelo uso, “nesse mundo há os que choram e os que vendem lencinhos...”. Por melhores e maiores justificativas que se tenha para não andar para a frente, é até melhor sofrer buscando progresso do que sofrer e ficar parado. E eu garanto: não é necessário sofrimento. A primeira fase para mudar uma vida é perceber que as crenças que temos sobre nós mesmos não são realidade. Nós construímos o que queremos, sobre nós mesmos. A realidade é aquilo que eu determinar. De agora em diante, sou lindo, eficiente, capaz! Quem disse que não? E se disser, vá catar coquinho! Continuo lindo, eficiente e capaz!
A imagem pessoal forte, começa agora! É como mudar de canal. Em apenas um toque no controle remoto da nossa mente, tiramos o filme de terror e colocamos o de aventura e ação. Não precisa apagar nada da mente, até porque nada se apaga. Não precisa evoluir. Não precisa estudo, berço, dinheiro no banco. Basta apertar o botão e mudar de canal. E então, comunicar aos outros que você é um sucesso. Mas isso não é arrogante? Não! Arrogância também é uma crença que serve de desculpa para o fracasso. Existem formas de mostrar que você é bom, sem precisar ofender ninguém. Mas, para falar a verdade, é melhor um arrogante vitorioso que um humilde fracassado. No final da jornada, os dois irão para o mesmo pedaço de chão.
Existem técnicas para se trabalhar a imagem pessoal. Existem algumas regras que determinam o porquê de alguém conquistar pessoas e outros não. Irei comentar algumas regras e técnicas em texto futuro. A idéia que quero deixar neste texto é simples: você determina a imagem pessoal que quer passar para os outros. Se for bem sucedido nessa comunicação, você terá sucesso. E a partir dessa decisão de “mudar o canal”, também é importante assumir as conseqüências: você não será aceito por todo mundo e, inclusive, será criticado. Por quê? Porque assim é a humanidade. E tudo isso faz parte da brincadeira... não leve a sério. Divirta-se! Até com o mau humor dos outros!
"Seja a mudança que você deseja no mundo."
Gandhi
Alex Possato é professor de constelação familiar sistêmica e terapeuta sistêmico. Saiba mais sobre o Curso Imagem Profissional, clicando aqui
Texto revisado por Cris
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Terapeuta sistêmico e trainer de cursos de formação em constelação familiar sistêmica E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |