Decreto Universal do Amor Próprio.

   

Autor Mariliz Vargas

Decreto universal do amor próprio.

Eu posso ser sem jeito, desajeitada, envergonhada, destrambelhada, mesmo assim, continuo a me amar.

Eu posso não saber o que fazer, não ter rumo nem direção, mesmo assim eu continuo a me amar.

Eu posso ser assim, totalmente “sem noção”, mesmo assim eu continuo a me amar.

Eu posso ficar perdida, sem fala, sem conversa, sem fazer nada, desperdiçando meus dias, mas mesmo assim eu continuo a me amar.

Eu posso ficar quieta, não falar com ninguém, não atender ao telefone, mesmo assim, eu ainda me amo.

Mas eu também posso falar, sorrir, chorar, me estatelar no chão, e continuarei a me amar.

Posso dar vexame, passar vergonha, dizer bobagens e burrices, ficar sem argumento, que mesmo assim, continuarei a me amar.

Posso ficar com medo, paralisar, emudecer, sorrir de nervoso, não importa, eu continuo a me amar mesmo assim.

Eu posso ser eu, e sentir o que sinto, e viver o que vivo, que assim, mesmo assim, me amo, me respeito e me aceito.

Eu não preciso ser a mais bela mulher, nem usar as roupas mais caras e sensuais, pois amo a mulher que eu sou exatamente assim, na verdade simples do meu ser.

Mesmo que me sinta invisível na multidão, que não haja nenhuma aprovação declarada à minha singela figura, me amo mesmo assim.

Posso envelhecer, engordar, encurvar, embranquecer os cabelos, pois mesmo assim, serei eu, a me amar como Deus me ama.

Minhas unhas podem estar roídas, meus cabelos sem lavar, meus olhos contornados por olheiras profundas, pois me amo assim também.

Posso não ter a resposta mais inteligente, não entender a piada manjada, não estar por dentro da última noticia, nem entender nada da política, me amo assim também.

Posso não ter sido convidada, nem  mesmo mencionada, posso até ter sido preterida ou rejeitada, mas o que me importa é que me amo, não me rejeito, me aceito.

Posso não dizer palavrão, fazer um texto sem pontuação, errar o verbo ou a conjugação, e fazer uma rima, por que não? Continuo a me amar, mesmo me arriscando a ouvir algum sermão.

A comida que fiz pode ter ficado sem sal, posso ter derramado vinho na toalha de linho, posso ter espirrado sem tempo de colocar a mão, desculpe, continuo a me amar assim também.

Posso não estar com a bolsa combinando com o sapato, usando tênis sem  cadarço, com um lenço no pescoço, moda em algum momento do século passado mas, eu sei, você  já sabe, me amo ainda assim.

E você, está disposto a se amar também, incondicionalmente?  Então continue a minha lista, e me mande a sua continuação. Façamos isto para  que o amor possa vencer o desamor, pra que a vida possa vencer a opressão, e pra que nós possamos vencer o inimigo íntimo que levamos conosco, implacável, destruidor, incansável inimigo chamado ego, a nos afastar do nosso direito Divino de viver esta vida no mais puro amor incondicional.

Mariliz

Avaliação: 5 | Votos: 12

     

Conteúdo desenvolvido pelo Autor Mariliz Vargas     Psicoterapeuta. Ministro cursos e palestras na area de desenvolvimento pessoal sobre: Ansiedade. Auto-estima. Desenvolvimento da Intuição. Espiritualidade. Força interior, entre outros. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui.