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É feio ter raiva?

Atualizado dia 3/4/2011 6:12:44 PM em Psicologia
por Berenice de Lara


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Uma das emoções mais negadas pela maioria das pessoas é a raiva. Durante séculos, grande parte das doutrinas religiosas vem nos induzindo a simplesmente reprimir esse sentimento, considerando-o muito negativo. Acabamos nos emaranhando nessa teia de conceitos equivocados a respeito do que existe de mais verdadeiro em nós.

Mas, o que acontece de fato? A raiva nada mais é que uma das quatro emoções básicas do ser humano, junto com o medo, o afeto e a tristeza. Essas emoções estão programadas em nossas células. Ao negá-la, nós simplesmente vamos encarcerando a raiva dentro de nossos cofres interiores, em um perigoso processo de autodestruição.

Essas quatro emoções básicas não precisam ser classificadas como boas ou ruins. Elas existem e precisam ser reconhecidas pelo que são. Tudo depende do que fazemos delas.

No caso da raiva, em especial, ao reconhecermos seu poder, passamos a ter controle sobre a energia que ela gera. Desta forma, podemos canalizá-la até mesmo para alcançar a resolução de grandes projetos. Caso contrário, tentando negá-la, podemos acabar numa implosão cujos estragos podem ser imprevisíveis. “Prenda o que lhe prende” é o lema que eu dou a respeito.

O discurso de muitas correntes espiritualistas é que devemos tentar transmutar essa poderosa energia em amor puro e cristalino. Bem, no meu ponto de vista, esta é uma orientação muito difícil de ser seguida. Se nem nos autorizamos a reconhecer a legitimidade desse sentimento, como transmutá-lo?

Dentro dessa ilusão da transmutação o que acontece é, mais uma vez, a raiva ficar escondida nos porões da alma. Para mim, seria como tentar enfeitar a casa interior antes de limpá-la.

Acredito – porque isto é algo que há muitos anos oriento as pessoas a fazerem, com ótimos resultados – que podemos aprender a canalizar a energia que a raiva tem em potencial, para administrá-la na execução de melhores ações.

Por exemplo: uma cliente minha se sentiu muito humilhada e com raiva quando soube de um relacionamento paralelo que seu namorado mantinha com outra garota. De imediato, queria criar situações que pudessem atingi-lo, ou até mesmo destruir a outra relação.

Trabalhamos isto em terapia e lhe dei, entre outras,  a essência de Marfim, cuja principal qualidade é a de nos dar contornos mais positivos a respeito do que fazer da energia da raiva.

Eu digo que podemos “concentrar” a energia da raiva em um objetivo mais positivo, que nos gratifique de alguma forma. Com isto, ela decidiu fazer seu Mestrado, que há muito vinha adiando por causa do tempo que isto lhe tomaria no relacionamento.

Ao manipular e usar a energia da raiva a nosso favor, impedimos que ela se transforme em vingança, por exemplo. Ou seja, reconhecemos o sentimento como legitimo, mas deixamos de realizar qualquer coisa para atingir o outro.

Ao contrário, determinamos conscientemente para qual finalidade produtiva vamos canalizar a energia que ela nos dá. Saímos da ilusão e partimos para uma ação concreta e positiva. Para esse fim, a essência de Marfim é um auxiliar poderoso, porque ajuda na qualificação da energia gerada pela raiva.

Essa energia pode ser usada, por exemplo, para concretizar projetos que precisavam de uma ação mais decidida. Ou para dar à vida contornos nunca antes imaginados. Sob esse ponto de vista, nossos supostos “inimigos” podem ser os companheiros de jornada que mais nos impulsionam.

Isso, é claro, se formos capazes de romper o padrão do “ataca-defende”, tomando para nós a inteira responsabilidade dos caminhos que abrimos pela vida afora com nossa própria energia.

E então, é feio ter raiva?



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Conteúdo desenvolvido por: Berenice de Lara   
Terapeuta floral com pós graduação pelo IBEHE/UERJ e sintonizadora do sistema de essências de cristais e flores Florais de Lara. Autora dos livros Elixires de Cristais, A cura dos chakras com cristais, A essência dos cristais e metais, entre outros. Atendimento online, leitura das cartas terapêuticas e preparo de sua fórmula pessoal.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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