Ecologia Humana: A Humanidade Colapsada
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Autor Paulo Rubens Nascimento Sousa
Assunto PsicologiaAtualizado em 9/29/2017 12:30:24 AM
Por Paulo Rubens
Quando falamos em ecologia logo nos vêm à mente a ideia de preservação da natureza e todas essas questões ligadas à sustentabilidade natural como os mananciais de água, segurança alimentar, aquecimento global, poluição dos mares, rios e do meio ambiente como um todo, mas raramente pensamos na humanidade como agentes de transformação do planeta e de nossa própria organização social como sendo parte integrante da fauna do planeta que se diferencia de todo o reino animal pela peculiaridade do homo sapiens, que pensa e possui mãos adaptadas para a manipulação e confecção de utensílios que desde o Homo habilis vem mudando gradualmente a crosta terrestre e causando grande impacto à biosfera colocando o planeta em perigo no que diz respeito à sobrevivência do próprio homem em rádio espaço de tempo se não nos voltarmos para nossa própria ecologia.
A palavra “Okologie” deriva da junção dos termos gregos “Oikos” que significa casa, e “logos” que significa estudo. Foi criado pelo cientista alemão Ernest Haeckel para designar a ciência que estuda a relação dos seres vivos entre si e o meio ambiente. Sendo a ecologia humana o ramo de estudo científico entre o homem e o meio ambiente, incluindo às condições naturais, as interações, e os aspectos econômicos, sociais, psicológicos e culturais. A preservação do meio ambiente é de grande importância para a conservação da biosfera, mas, mais que nunca, a humanidade vem chamando a atenção para aspectos psicossociais que assolam a organização humana nos colocando em alerta quanto a continuidade de nossa espécie. Hoje mais que o impacto que o homem vem gerando no meio ambiente, através de suas tecnologias, seus processos produtivos e de consumo, são as ideologias que levam o homem a uma psicastenia que corrompe todo o tecido social mudando as relações humanas e sua organização, principalmente no que diz respeito à crise e deterioração do modelo de organização humana que é a família.
Somos solavancados por ideologias e mensagens de massa que nos valida a ideia de que o matrimônio é coisa ultrapassada e que virtualmente a ideia de família é um modelo incabível incluindo novos modelos familiares e a estimulação da paternidade fora do casamento. Estudos estatísticos em toda parte do mundo demonstram o declínio do casamento e da heterossexualidade. Estatísticas sobre o divorcio nos mostram dados que dizem que caiem as taxas de divorciados, não pela diminuição deles e sim pelo número de pessoas casadas que vem diminuindo consideravelmente há algum tempo. Com poucos pais se casando o que se vê nas tabelas estatísticas como o divórcio precoce é agora a separação não registrada de casais separados que coabitam com filhos de outros relacionamentos. As taxas de nupcialidade para 2001 recém-lançadas pela Eurostat mostram quedas na Suécia e na Dinamarca quedas nunca antes vistas na história. Em seus estudos sobre famílias norueguesas na década de 90, por exemplo, Christer Hyggen mostram um significativo declínio desta instituição. Considerando que a organização familiar vai de mal a pior nestes países e no resto do mundo.
O índice de dissolução familiar é diferente da taxa de divórcio, sendo, portanto, muito difícil de quantifica-los devido ao crescente número de pais que criam seus filhos fora do casamento e na maioria das vezes constituindo novos arranjos familiares com outros parceiros, sendo pouco importante a análise da taxa de divorcio como parâmetro para estudarmos o enfraquecimento e a dissolução do modelo de família. Estatísticas precisas sobre a dissolução familiar são imprecisas, desse modo, pesquisas frequentes de coabitação e natalidade fora do casamento servem para a análise da dissolução familiar. Entre 1990 e 2000 a taxa de natalidade na Noruega aumentou de 30% para 50% enquanto na Suécia esse aumento foi de 47% para 55%. Na Dinamarca os nascimentos fora do casamento mantiveram os níveis durante os anos 90 ( no início desse período eram de 46% e no final foram de 45% dos nascimentos. Mas o acréscimo se deve a fecundidade entre os casais mais velhos, que se casaram após o nascimento de um outro filho, essa mudança mascara em 25% as estatísticas de coabitação e paternidade de solteiros durante os anos 90 entre casais Dinamarqueses. Cerca de 60% de crianças primogênitas dinamarquesas são hoje de pais solteiros. O aumento do numero de famílias fragilizadas baseadas na coabitação e na maternidade fora do casamento demonstram que, durante a década de 90, o índice de dissolução familiar total na Escandinávia, cresceu significativamente.
De acordo com estudos, o Brasil tem 67 milhões de mães, segundo pesquisas do Instituto Data Popular. Dessas, 31% são solteiras e 46% trabalham. Com idade média de 47 anos, 55% das mães pertencem à classe média, 25% à classe alta e 20% é classe baixa. No Brasil as pesquisas são pouco precisas, mas é notório cada o aumento crescente de famílias recompostas, pluriparentais e das mães solteiras. No Século passado acreditavam que uma pessoa só podia ser feliz se constituísse família, assim como também atribuíam a mulher o dever de colocar a comida na mesa, cuidar das atividades domésticas dos filhos enquanto, os homens tinham o papel de prover, levar o dinheiro para casa e proteger a prole. As mães do século 21 repudiam completamente este modelo de organização familiar, com pouca habilidade para a vida doméstica, para a maternidade, apresentando características comportamentais masculinizadas, andrógenas e experimentam a maternidade com dois ou mais companheiros, apresentando uma característica de incontinência sexual diferenciando-se da mulher dos séculos anteriores pela busca de empoderamento e dominação do homem.
Como podemos perceber a grande problemática de nosso tempo está na ecologia humana, mais precisamente no que diz respeito nas dinâmicas sociais, que se traduzem hoje, nas relações de gênero, masculino e feminino. Desde que a mulher entra para o mercado de trabalho, por volta de 1700, quando Lutero traduz a Bíblia para o alemão, instituindo a educação da mulher, foi daí que se deu o momento de partida do pensamento feminista que busca através do trabalho colaborar com a complementação da renda familiar para ajudar o homem que vinha sendo esmagado e reduzido pelas exigências do modelo industrial que ganhava poder através da opressão do homem, sendo assim, necessário o concurso da contribuição da mão de obra de mulheres e crianças para a subsistência da família, assim podemos dizer, que a crise da família vem numa crescente, a partir valorização da mulher e desvalorização do homem, muito clara nas práxis jurídicas que privilegiam um gênero em detrimento a opressão de outro.
Assim as mulheres vieram tendo mais possibilidades de escolha, há uns 60 anos atrás o feminismo toma a forma que o conhecemos hoje, querendo ocupar as funções que são antropologicamente exercidas pelo homem, quer dizer, “o poder político”, o homem como representante de sua classe, de seu grupo, de seu clã, da família. Deste modo as mulheres passam a ocupar este alvéolo político, sem sequer, refletir o equilíbrio social que é quebrado com a exigência de privilégios que denota que elas não querem fazer escolhas, elas querem tudo. Biologicamente elas são constituídas para produzir novos seres e reproduzirem e por assim darem continuidade à espécie humana, mas elas querem mais que isto, não querem escolher entre isto, e outra possibilidade, então o resultado é, elas querem por filhos no mundo, exercerem papéis políticos e profissionais, e isto não dá, porque uma coisa ou outra vai sair malfeito. Por conseguinte, elas põem filhos no mundo, em concomitância com tudo o mais que elas querem exercer numa vida só, criando seres carentes, levando a uma deterioração dos filhos, homens carentes, fracos, tendenciosos a delinquência, potenciais jovens drogados, que buscam “viajar”, para fugir da sua realidade caótica de um status quo social deplorável.
Com tudo isto, tornamo-nos uma sociedade pueril, uma sociedade que ainda se encontra na adolescência, não amadurece para tomar responsabilidade por si, e pelo grupo, como se esperasse de um “pai” a solução de seus problemas. Desta forma estamos criando uma sociedade que mais quer fugir das responsabilidades da vida, do que ser uma humanidade pensante, sustentável. Chegamos ao ápice da civilização e nos tornamos “puer aeternus”, na psicologia Junguiana é o arquétipo da criança, do eterno jovem, para aquele que não quer crescer, não quer assumir responsabilidade pelo seu crescimento, desta forma ao invés de nos tornarmos uma classe de homens pensantes estamos nos tornando numa humanidade delinquente, imatura.
Originalmente publicado em: https://www.equilibriocdh.com.br/2825/ecologia-humana-a-humanidade-colapsada/
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