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ESPERANDO A MORTE CHEGAR

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Autor João Carvalho Neto

Assunto Psicologia
Atualizado em 9/9/2010 9:41:37 PM


A morte tem sido, em toda a história da humanidade, motivo de curiosidade e temor. Muitos se inquietam por desvendar os mistérios que se escondem pelos caminhos abertos com as portas do túmulo. Outros se entregam à convicção nefasta de que nada lhe sobrevive. E existem aqueles, talvez a maioria, que se nega a pensar em tal assunto, demonstrando intenso temor face ao inevitável processo de extinção da vitalidade orgânica. Em todos esses casos sobrevem a ignorância a movimentar fantasias numa extensa mitologia dos tempos modernos, com seus personagens e suas regiões alegóricas.
Mas, movido por essas forças arquetípicas, o ser humano acaba por formar um outro grupo com uma diferenciada postura diante da morte. São aqueles que estão esperando a morte chegar. Isso mesmo, esperando a morte chegar! Não quero dizer que nós todos não estejamos no mesmo caminho. Mas enquanto tal não se dá devemos agilizar as possibilidades que temos nas funções em nosso alcance. Contudo, muitos passam a agir na vida em função do momento final de suas existências, como quem espera um anjo bom que lhes liberte da incapacidade de construir sua própria felicidade. São quase sempre pessoas sem ocupação profissional, aposentados ou amparados financeiramente por outros, sem ideais e perspectivas de realizações, frágeis diante dos obstáculos inevitáveis, catalogados nas psicopatologias humanas como prováveis deprimidos.
O homem, personagem de ativa participação na economia do universo, é por excelência um ser criativo, com possibilidades de transubstanciar a energia cósmica primitiva em obras de desdobramento da criação divina. É um ser co-criador na sua relação filial com o Poder Criador Maior.
Essa realidade ultrapassa as questões da filosofia para ingressar no campo das ciências psicológicas, quando vemos o potencial energético de nosso psiquismo percorrer as estruturas físicas na busca de uma finalidade útil, no cumprimento de suas funções inexoráveis. Em tal mecanismo, o homem encontra adequado direcionamento para as suas forças, imunizando-se de criar zonas de desequilíbrio em função da estagnação de energias que se tornariam deletérias. Mas quando ocioso, descaracteriza sua herança evolutiva, que é a do trabalho.
O Poder Criador, por excelência, é incessantemente e transfere sobre nós o determinismo da ação. Quando isso não se dá, estamos rumando em desacerto com as leis do cósmicas da vida que se encontram impressas em nosso inconsciente. Ao detectar a disfunção entre o que se faz – ou deixa-se de fazer – e o que dita a consciência, nosso psiquismo estabelece mecanismos de retorno à harmonização interior, convidando-nos, através da dor física ou moral, para a reflexão sobre o que está errado.
Muitas pessoas são prisioneiras desse processo de desajuste, conduzidas a ele por uma cultura que vem privilegiando um conforto sedentário, improdutivo e sem ideais. Acabam por assumir uma acomodação viciosa à lei do menor esforço que desestimula e incapacita a ação humana no ambiente onde vive.
Um homem sem ideais é um homem que não busca exercitar sua mente na construção das idéias.
Um homem sem idéias não encontra motivos para agir, rumando para a atrofia de suas sinergias físicas e espirituais, tornando-se enfermo.
É este homem que, angustiado, senta-se em sua poltrona, hipnotizado pelos convites alienantes do modismo irrefletido, esperando a morte chegar. Triste fim de um ser que foi criado pelo Poder Supremo do universo para participar da renovação constante que se opera no cosmos.
Para os que estejam identificados com estas reflexões, um convite: sacudam a poeira porque o mundo estua de energias alvissareiras aguardando a manipulação de mãos operosas.
Nesse momento, em algum lugar, existe alguém que espera por você. Alguém que poderá ser mais feliz com a sua presença, mas que em contrapartida fará de você um ser também mais feliz pela oportunidade de servir. Mãos à obra e seja feliz!

João Carvalho Neto
Psicanalista, autor dos livros
“Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal”.
www.joaocarvalho.com.br

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor João Carvalho Neto   
Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Astrólogo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal"
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