Homossexualidade: “Torna-te quem tu és”
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Autor Marília Lopes
Assunto PsicologiaAtualizado em 06/08/2011 14:05:56
"Torna-te quem tu és", uma frase máxima de Nietzsche , que se encaixa perfeitamente em quem tá assumindo a homossexualidade, ser aquilo que se é de verdade. Falando assim parece fácil, mas não é. Ao se (re)conhecer como homossexual, algumas pessoas sentem um estranhamento e dificuldade para aceitar sua condição, apesar dessa mesma condição poder ser situacional, momentânea ou permanente.
Alguns entram em grande conflito ao se sentirem atraídos por pessoa do mesmo sexo, por não fazerem parte daquele padrão que a sociedade legitima e reconhece ( infelizmente) como verdadeiro: homem x mulher. Do momento em que a pessoa descobre, vivencia e aceita sua sexualidade sentimentos intensos podem surgir, tais como: vergonha, medo, tristeza, vontade de morrer entre outros. Outra dificuldade que, na maioria das vezes, faz parte dessa travessia, é a não compreensão e não aceitação da família. Os familiares esbravejam, choram, sentem-se envergonhados, impotentes e algumas vezes culpados. A "confissão" do ente querido de ser homossexual passa ser a causa de desarmonia do lar, sendo este o algoz de sua família.
A expressão sexual passa a ser núcleo da vida do sujeito, sendo esta sua principal maneira de se expressar. Infelizmente isto acontece, o homossexual é uma pessoa como outra qualquer, que tem sonhos, desejos, valores agregados ( e outros desagregados), não podendo ser definido e nem reduzido a sua sexualidade.
É importante salientar que a orientação sexual não é algo escolhido, desejar ou não o outro, seja ele homem ou mulher é algo que foge ao controle e independe da vontade. A psicologia não encara como doença e nem como coisa do diabo, como alguns pregam em nossa sociedade. Por isso, os psicólogos não trabalham com a cura da homossexualidade, eles tentam sim, auxiliar no processo de autoconhecimento e no fortalecimento emocional da pessoa. Acredito que ninguém precisa aceitar a condição do outro, mas respeitar é um grande passo a convivência pacífica com a diversidade.
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Marília Lopes Terapeuta. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |